tag:blogger.com,1999:blog-28576044191138678372024-02-07T17:09:04.985-08:00Mundo Raimundo BlogMundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.comBlogger30125tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-13010670859462697642013-10-13T17:47:00.002-07:002013-10-13T17:49:29.031-07:00Os civilizados<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHNDk4VHpuxsYrGGl0WQFssXJHLH8iMfuFV9-lGfMJA2SanFDfPD5mGM5P0jbVg3QkSzxF-FgqEU048bCZ66LxS0Rlwa4F9H5YH-NMaeTfWdOcwhObB1qpS8JY_3puYD48HERnbA8LXu4/s1600/Os+civilizados.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHNDk4VHpuxsYrGGl0WQFssXJHLH8iMfuFV9-lGfMJA2SanFDfPD5mGM5P0jbVg3QkSzxF-FgqEU048bCZ66LxS0Rlwa4F9H5YH-NMaeTfWdOcwhObB1qpS8JY_3puYD48HERnbA8LXu4/s320/Os+civilizados.png" width="224" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Olá, prezadx leitorx</span><br />
<br style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;" />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Mudando de saco pra mala: esta é minha introdução no mundo da literatura, cuja obra é assinada pelo pseudônimo de </span><i style="background-color: white; border: none; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Valentina Guadalajara</i><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">. Muito obrigada pela leitura deste conto que se chama <b style="background-color: transparent; border: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Os civilizados</b>.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Os </span></b><b><span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">civilizados</span></b><b><span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A tribo vivia em frente ao mar. De um lado e de
outro – porque as noções de esquerda e direita são muito imprecisas - e contra
o mar havia morros. Não eram demasiado altos, no entanto estabeleceu-se por
desempirismo que ali era o fim do mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A gente daquele lugar não precisava cruzar
aqueles morros. Como fariam para levar suas cumbucas, jarros e caldeirões? Como
as crianças poderiam subir a parede verde? Como se protegeriam da potente luz
solar que se escondia ali todos os dias? Acaso morreriam queimados? Com que
objetivo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Eles observavam o fim do mundo todos os dias, e
não o temiam. O fim do mundo está, como está o fim dos homens e de todas as
coisas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Enquanto eram levadas a cabo tarefas rotineiras
conforme a vontade de cada um, um menino atravessou a aldeia, correndo e gritando
entre as casinhas de palha. Ele bradava algo incompreensível, nomeava algo que
jamais fora visto antes no mundo. O rebuliço causou espanto e todas as mulheres
se mobilizaram para encontrar aquilo que explodia da boca do menino. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ele avistara, descendo um dos morros, ferido, sujo
e sedento, um bicho estranho. Esse bicho era branco e não tinha pelos, apenas
alguns que saiam de sua cabeça como fogo. O bicho vinha cambaleando, lá de onde
termina tudo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Uma vez capturado pelas mulheres, o animal
raríssimo desmaiou. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Após dias e dias de chás, poções e cuidados, o
homem abriu os olhos. Enquanto era observado por um grupo de crianças mudas e
curiosas, contara que vinha de longe, que o mundo era muito extenso, que ia
muito além daqueles morros verdes. As crianças correram para chamar os adultos,
afinal alguém mais deveria ser testemunha de tão exótico relato. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Com a chegada das anciãs e anciãos, e recobrando
a consciência completa, perguntara por estranhos trapos que trazia sobre seu
corpo. Quando se formou o burburinho e não houve resposta alguma, apenas olhos
arregalados a observá-lo, ficou um pouco envergonhado e irritado. Defendia-se
de algo, foi a conclusão a que chegaram as sábias. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Com o passar dos dias, animou-se a contar as
novidades do lado de lá. Dissera que do outro lado existia algo chamado
“família”, e que cada mulher, cada homem e seus filhos formavam um pequeno clã.
Também relatava a existência de frutos diferentes, e que o ar também era outro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A tribo, escutando tudo atentamente, estranhou
muito toda a conversa do bicho branco. Primeiro perguntaram o porquê de ele ter
saído de onde vivia para descobrir algo que não pode usar. Segundo o bicho, o
mundo era vasto e grande. Sendo assim, a tribo não via necessidade de ir a
outro lugar. Se o mundo fosse pequeno demais, se o espaço não fosse suficiente
para morar, plantar, viver ali, nesse caso seria útil e necessário, do
contrário não. Essa lógica lhes pareceu muito estranha e contraditória. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Outro mistério era a preocupação com a tal “roupa”
e a moléstia que o homem sentia de não tê-la consigo. No mundo, nada estava com
ninguém, as coisas iam mudando, dali pra cá, de cá pra lá. Contudo o bicho disse
que as roupas, lá de onde ele vinha, eram necessárias por causa do ar, era
outro, fazia frio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">- O que significa “frio”?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">- Um ar que dói quando bate na pele. Dói tanto
que precisamos nos cobrir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">- Mas dói por quê? É como quando há muito vento
e a areia bate na pele?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">- É como quando há vento, mas vento mais frio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">- O que significa “frio”?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O bicho explicou o que era e como funcionava uma
“família”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">- Se há apenas um homem e uma mulher e seus
filhos, como saber se os filhos são daquele homem?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">- Por que a mulher e o homem apenas têm relações
entre si, é proibido que tenham com outra pessoa. Ter relações com outras
pessoas é uma atitude reprovável e castigada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">- Mas o que são “relações”?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">- Quando o homem coloca seu palito dentro da
mulher, dentro daquele buraco, assim embaixo, por onde saem os bebês.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">- As mulheres não podem nunca tocar em outros
homens? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">- Podem tocar desde que não seja com função de
ter relações, podem abraçar, e podem beijar apenas no rosto. Ela apenas pode
ter relações com seu marido, e os dois podem abraçar e beijar livremente apenas
seus filhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">- E qual é a diferença entre “ter relações”, “
beijar” e “abraçar”?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O bicho branco tentava explicar todas as nuances
do contato físico e os diferentes tipos de abraços e beijos. A tribo entendeu,
mas achou tão aleatório e complexo, e, sobretudo, tão desnecessário, que
resolveu mudar de assunto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">- E se uma mulher e um homem tiverem muitos
filhos, quem poderá cuidar de tantos filhos sozinhos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Foi o forasteiro que não entendeu a pergunta.
Ele nunca havia pensado que todos podiam cuidar dos filhos uns dos outros e que
isso aliviaria o trabalho dos adultos, bem como as crianças teriam atenção e
cuidado por mais tempo. Entretanto, o bicho dava valor demais àquilo que ele
pensava novo, não estava interessado em escutar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ao fim de uma semana de tanto relato, o bicho
branco resolveu continuar encontrando mais mundo, e como considerava que
naquela tribo havia bons ouvintes, convidou alguns para participarem da sua
aventura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Seu pedido soava quase tão ridículo quanto tudo
que havia contado sobre o lugar de onde viera. Apesar de todas as diferenças incompreensíveis,
absolutamente todos os bichos brancos se tocavam, tinham relações, se amavam,
caçavam, cozinhavam, tinham bebês. Todos eles trabalhavam e descansavam,
festejavam e lamentavam. Sem exceção compartilhavam ideias à beira do fogo,
contavam histórias e repartiam uma bebida. Apesar do vento e da comida, eram
muito parecidos ali no mundo e no mundo muito maior. Todos bichos, uns marrons,
outros brancos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A tribo sabia que todas as coisas são
desprovidas de sentido. Qual é a razão do mar? É estar ali, existindo. A razão
de uma árvore era crescer, dar frutos ou não, e talvez um dia morrer ou ser
arrancada pelo vento, que sempre volta e volta. O que faz o mar, a árvore e o
vento bonitos ou feios, bons ou maus, somos nós. Tudo é igual aqui que em outro
lado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Para o bicho branco não restava outro remédio
que continuar sua viagem sozinho. Na manhã seguinte ele se foi, enrolado em uma
folha de bananeira, sob o olhar compadecido da tribo. Lá vai ele levando sua
chama na cabeça. A chama de buscar mais mundo que não viver.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</span><br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Valentina Guadalajara<o:p></o:p></span></b></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-40873401639754392682013-10-13T17:30:00.001-07:002013-10-13T17:31:13.108-07:00Espelhos<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSiXIC4qJzHvOGXGEv7CDBbFwLLOQ-JRW7gmoJhP0BEfrYLEeVn6jhMarlBdTzLphZmBUNzYpIJj4J8wZYg5_10o1u3z6zf4xsULcX7j1D_yFv8Pw16WvYLpMYf8N1qF3l0atBSxcpgn8/s1600/Espelhos.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSiXIC4qJzHvOGXGEv7CDBbFwLLOQ-JRW7gmoJhP0BEfrYLEeVn6jhMarlBdTzLphZmBUNzYpIJj4J8wZYg5_10o1u3z6zf4xsULcX7j1D_yFv8Pw16WvYLpMYf8N1qF3l0atBSxcpgn8/s400/Espelhos.png" width="282" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Olá, prezadx leitorx</span><br />
<br style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;" />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Mudando de saco pra mala: esta é minha introdução no mundo da literatura, cuja obra é assinada pelo pseudônimo de </span><i style="background-color: white; border: none; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Valentina Guadalajara</i><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">. Muito obrigada pela leitura deste conto que se chama <b style="background-color: transparent; border: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Espelhos</b>.</span><br />
<br />
<br />
<br />
<div class="WordSection1">
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 106.15pt; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Espelhos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
</div>
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: always;" />
</span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Entro
no quarto, e desde a porta o vejo deitado ali na cama, tão distraído com seus
brinquedos. As bochechas rosadas, a roupa que comprei. Percebe a minha
presença, candidamente ri. Faz-me um gesto, creio que me chama para que me
aproxime. Deito-me ao seu lado. Estende-me os braços e o pego, o protejo, o
cuido. Sinto a felicidade de seu corpo, sua inquietação. Tenho que vestir-me,
abro o armário, ele vem engatinhando atrás de mim. Me segura pelas pernas, me
chama. Vejo que ele precisa de mim. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sentado
do lado esquerdo da cama, de frente para o guarda-roupa, com ela em meus braços.
Acaricio sua pele delicada. Os olhinhos quase se fechando, de repente um
sorriso. Olho-me no espelho do roupeiro, e a ela também, tão pequenina, tão
indefesa. Levanto-me e caminho pelo quarto. Dou a volta na cama e paro em
frente à janela, bailando com ela. Olhamos os dois este futuro que nos é
desafiador e estimulante. Canto pra ela. Seu corpinho tão leve, a embalo. Contra
meu corpo a aperto, um perfume adocicado, fecho os olhos. Abraço-a, beijo-a,
admiro-a. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quando
Maria e João se conheceram, foram morar juntos. Eles preencheram alguns espaços
dentro do outro. Na sua intimidade, eles brincam de ser aquilo que lhes faltava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Valentina Guadalajara<o:p></o:p></span></b></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-52947391861398831672013-10-13T17:26:00.003-07:002013-10-13T17:26:47.836-07:00Norma e Clara<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0xAgIEK0RPvZukDFvVZkdcmSzjJBQH_yOSSUUXSFnQf1ZH04JDkXeNCfRjkp2lYnQVAsq4VZ5j3D8CTHexf7xfbDy9klymoD7T2fiAIjUv1rpGT9KoIqvjcT_S3BU-i3wbeBNUm-LEsc/s1600/IMG_0758.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0xAgIEK0RPvZukDFvVZkdcmSzjJBQH_yOSSUUXSFnQf1ZH04JDkXeNCfRjkp2lYnQVAsq4VZ5j3D8CTHexf7xfbDy9klymoD7T2fiAIjUv1rpGT9KoIqvjcT_S3BU-i3wbeBNUm-LEsc/s400/IMG_0758.JPG" width="300" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Olá, prezadx leitorx</span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Mudando de saco pra mala: esta é minha introdução no mundo da literatura, cuja obra é assinada pelo pseudônimo de </span><i style="background-color: white; border: none; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Valentina Guadalajara</i><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">. Muito obrigada pela leitura deste conto que se chama <b>Norma e Clara</b></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Norma e
Clara<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.5pt;">Era uma tarde ensolarada e agradável. Clara
observava atentamente a vegetação do bosque, mal podia crer que há alguns meses
aquelas árvores estiveram completamente desnudas e estéreis, e antes disso, com
as folhas amarelas, e ainda antes haviam estado grandiosas e cheias de
imponentes flores, da mesma maneira como as estava vendo agora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.5pt;">Clara fixou sua visão em uma pequena árvore, uma
árvore menina, árvore criança. Encontrava-se tão exposta, no meio de muitas outras
grandes árvores. Parecia tão frágil, desprotegida, com algumas folhas um pouco
murchas. Clara conhecia a possibilidade que a pequena morresse, mas sabia que
não. Sabia que esse arbustinho ia crescer e crescer, até vê-la de cima. Clara
sentada, olhos nos olhos com a planta, agora elas tinham a mesma altura, a
mesma solidão e o mesmo desamparo. Ambas descolocadas no mundo. E se Clara
talhasse seu nome no fino tronquinho? Certamente a machucaria. Mas, “e se eu
escrevesse?”, pensou. A arvorezinha iria crescer, porém a marca estaria sempre
ali, a dez centímetros do chão. Uma dor registrada a um palmo de distância do
solo. Essa imagem a deixou melancólica: “Que coisa, as dores estão sempre ali
onde foi aberta a chaga. A gente esquece só porque cresce pra cima.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.5pt;">Outros pensamentos e memórias foram visitando a
mente de Clara enquanto esperava Norma. Depois de vinte anos, esta iria voltar
à sua cidade natal, da qual havia fugido para casar-se com alguém de fora, para
tentar a carreira de atriz na capital, para ter um bebê na casa de alguma tia
distante, para escapar da polícia ou talvez para distanciar-se da sua família
por algum incidente sinistro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.5pt;">No dia quatro de fevereiro de 1970, um dia antes
da fuga, Norma e Clara, fizeram um piquenique na beira da cachoeira. Norma descobriu,
escondido entre as folhagens, um pedaço de arco-íris. Tinha o tamanho de um
cartão postal. Estava um pouco seco, levemente desbotado e mofado em uma das
pontas, mas sem dúvida era um arco-íris. As meninas estranharam que nenhum
desenho se parecia de fato ao verdadeiro, porque as gravuras traziam sempre uma
linha separando as cores umas das outras, e o autêntico apresentava-se em <i>degradê</i>. O verdadeiro parecia muito mais
natural e singelo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.5pt;">Norma insistiu que Clara escondesse o objeto em
sua casa como o mais alto símbolo da sua amizade e confiança. Norma não soube
mensurar o que havia descoberto. Milhares de pensamentos tenebrosos infiltraram-se
em sua cabeça. Imaginava com horror que sua mãe, mulher luxuriosa e vulgar, poderia
exibi-lo obscenamente, o que seria um espetáculo vexatório e provocaria a repugnância
e o definitivo rechaço na população da pequena cidade onde viviam. Também temia
que seu pai, homem extremamente severo, ao meio-dia depois da missa, expusesse a
filha junto ao pedaço de arco-íris em praça pública, difamando-a, incitando na
multidão brados de insultos violentos e todo o tipo de maltrato, consentindo e
fomentando assim, a mais ultrajante das humilhações. Vergonha coletiva ou
individual, era, portanto, perigosíssimo manter em seu poder o modesto pedacinho.
Pensando na amiga, Clara aceitou preservá-lo e mantê-lo distante da ciência pública.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.5pt;">No dia seguinte, Clara tomou conhecimento de que
a amiga havia desaparecido sem explicações nem despedidas. Sentiu-se triste,
traída, desolada. Então colocou aquele signo de afeto numa caixinha adornada e,
desde então, contemplava-o sempre que seu coração se inflamava de saudades. Um
arco-íris metáfora, Norma. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.5pt;">Agora, depois de tantos anos, Norma telefona e avisa
que em dois dias estará voltando à cidade natal. Clara, como quem vê pela
primeira vez o mar, delira com o encontro. Marcaram naquele lugar onde haviam
descoberto o arco-íris anos atrás. Conversaram sobre como havia sido a vida de
cada uma e finalmente chegaram ao tema da desaparição de Norma. Ela confessa que
fugiu por pura covardia de havê-lo descoberto, já que, com simplesmente
imaginar as consequências de estar associada a esse belo pedaço de cores, seu espírito
se enchia de espanto. Norma perguntou se Clara ainda guardava o objeto, e Clara
lhe contou-lhe toda a história.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.5pt;">“Depois de oito anos guardando o arco-íris,
minha irmã acabou por descobrir o segredo. Tomada pela ira, gritando e babando,
ameaçou-me de mostrar a todos o que eu guardava na minha antiga e querida
caixinha enfeitada. Frente ao dilema e a vergonha, coloquei aquele pedaço de arco-íris,
já completamente seco e esfarelento, dentro da boca e o devorei como se há
muito não comesse. Eu não tive escolha, precisava ocultar a prova, mas ao mesmo
tempo guardá-la comigo. Neste momento não havia outra opção para mim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.5pt;">Depois desse dia, tossi sem cessar por seis
meses. Tossi tanto que chorei, chorei muito. Durante este tempo, parava de
tossir e chorar apenas três horas por dia para dormir. Você não sabe o que é
tossir e chorar por meses, você fugiu, você me abandonou. Depois da tosse,
vieram outros sintomas. Meus dedos, que eram tão longilíneos, delicados e
hábeis, ficaram roliços e pequenos. Minha voz, antes aguda, ficou rouca. Minhas
atitudes, antes de mulher tão ousada e atrevida, foram retraindo-se, e hoje sou
uma pessoa muito tímida. O mais grave começou a acontecer quando um dia vim
aqui, exatamente aqui, porque precisava chorar. A partir desse dia, todas as
vezes que chorava ou suava, mudava de cor. Eu já não podia mais negar nada.
Perdi o emprego e fui expulsa de casa. Eu provocava aversão, assim me disseram.
Algumas pessoas me recomendaram trabalhar no circo. Você pode imaginar o que se
sente quando alguém diz pra você ir trabalhar no circo, Norma?! Desde esse dia
em que mudei de cor pela primeira vez, fui vítima de uma avalanche de
comentários, de risos e da ojeriza de toda a gente. E você fugiu, Norma, você
me deixou aqui pra pagar esse custo sozinha!” – desabafou Clara.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.5pt;">Já completamente alaranjada, disse que por todos
esses anos guardou o arco-íris dentro dela, que poderia ter-se desfeito do
incômodo. No entanto ela nunca foi capaz de separar-se desse símbolo, emblema de
um sentimento tão profundo que ela nunca havia esquecido. Desta forma, honrou
sua promessa à especial amiga e bravamente sustentou esse segredo durante vinte
anos. Porém, agora, com Norma de volta, Clara já podia dividir com ela sua
inquietação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.5pt;">Ao final de seu depoimento repleto de mágoa, Clara
abraçou fortemente Norma, beijou-a e vomitou uma parte do arco-íris em sua boca
sem que Norma pudesse reagir. Agora Norma, vermelhecida, finalmente irá
compartilhar e dividir aquilo que sempre foi dela também. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.5pt;"><br /></span></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.5pt;">Valentina Guadalajara<o:p></o:p></span></b></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-43456243648310191422013-10-13T17:26:00.000-07:002013-10-13T17:26:13.308-07:00Muito Pequeno<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvDJXPQubdIL-6xJ24y-lI7u9hloUUrORm0gfLLk0NwvHb36O2OnsNeTdbQe2ILYwGQ0lbAOaRFa-Jx4i_ezrw_ctFWJsH1GZ_iLpkRYlLfd1pSigbUO-0EduGgJAhJc-4HUGKSG9WCyk/s1600/Muito+pequeno.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvDJXPQubdIL-6xJ24y-lI7u9hloUUrORm0gfLLk0NwvHb36O2OnsNeTdbQe2ILYwGQ0lbAOaRFa-Jx4i_ezrw_ctFWJsH1GZ_iLpkRYlLfd1pSigbUO-0EduGgJAhJc-4HUGKSG9WCyk/s1600/Muito+pequeno.png" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;">Olá, prezadx leitorx</span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;">Mudando de saco pra mala: esta é minha introdução no mundo da literatura, cuja obra é assinada pelo pseudônimo de </span><i style="background-color: white; border: none; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Valentina Guadalajara</i><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;">. Muito obrigada pela leitura deste conto que se chama <b>Muito Pequeno</b></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;">.</span><br />
<br />
<div class="WordSection1">
<div class="WordSection1">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Muito Pequeno<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">Era uma tarde
de domingo pouco prometedora. Abriu a garrafa, e descobriu mais uma daquelas
promoções. Preferiria ter ganhado um ioiô, uma camiseta ou um daqueles cupons
para trocar por outro do mesmo produto. Lembrou-se de quando era menino, adorava
essas técnicas de aumento de vendas, principalmente as de picolé que podiam até
chegar a oferecer um patinete ou uma bola de futebol oficial. Mas desta vez,
ele não estava muito animado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">Um enorme ser
saiu de supetão do recipiente. Colossal, musculoso, flutuava no meio da cozinha.
Gilmar via com estranhamento aquela imagem cintilante como a de um sonho junto
à janela. Trazia um turbante na cabeça, colares de ouro, os braços cruzados e
grandes pulseiras grossas, de todas as cores. Gilmar não pôde entender de que
matéria era feito o gênio, já que o galho da árvore dos fundos entrava bisbilhoteiro
pela janela e transpassava a sua massa etérea, “o que eles não inventam?”-
refletiu. Pensou que talvez essas promoções começassem agora nesta época justo
porque nos preparamos para o verão, a época de morrer de sede, sendo assim, em
alguns poucos meses, já teriam toda uma horda de consumidores adestrados e afeitos
a adquirir a bebida x ou y. “Globalização, que grande engodo!” – concluiu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Muito prazer,
querido amo. Eu sou o gênio da garrafa e o senhor tem direito a um pedido. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Ah, essa é
fácil: eu quero ser o homem mais rico do mundo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Amo, o
senhor deve ler o que diz a tampinha, eu só posso conceder um tipo de desejo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">Gilmar lê a
tampa que diz: “Parabéns, você ganhou! O gênio da garrafa vai lhe conceder um
desejo. O seu código é 462NKLm3oP098. Divirta-se e siga tomando <i>Kutirrut</i> para ganhar mais prêmios.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">Gilmar, um
pouco indiferente, dirigi-se ao gênio:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Ok, meu
código é quatro, seis, dois, ene, cá, ele, eme, três, ô, pê, ô, noventa e oito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Código
incorreto, senhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Vou repetir:
quatro, seis, dois, ene, cá, ele, eme, três, ô, pê, ô, nove, oito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Código
incorreto, senhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- impossível:
quatro, seis, dois, ene, cá, ele, eme, três, ô, pê, ô, nove, oito!!!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Código
incorreto, senhor. Permita-me uma intromissão: o código tem maiúsculas e
minúsculas?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Eu não posso
acreditar! Ok, mais uma vez: quatro, seis, dois, ene maiúsculo, cá maiúsculo,
ele maiúsculo, eme minúsculo, três, ô minúsculo, pê maiúsculo, ô maiúsculo,
nove, oito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Código
incorreto, senhor. Por favor, leia esse manual de ajuda com perguntas úteis
feito especialmente para os premiados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">O gênio retira
debaixo do turbante o manual um pouco amassado, amarelado, com as pontas
dobradas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Está todo molhado
isso... que nojo, é suor?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">O gênio fica
um pouco envergonhado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Perdão, amo,
mas hoje faz 28 graus. E dentro da garrafa fazia mais porque o vidro conserva o
calor, e mesmo que a bebida esteja...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">Gilmar deixa
de dar atenção e senta-se num banquinho. Pega o manual com o pano de prato e, mais
indignado que ansioso, começa a lê-lo. Encontra a sessão de erros de código
logo após a sessão de problemas com gênios que falam uma língua estrangeira sem
legenda. Descobre o erro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Vamos de
novo: quatro, seis, dois, ene maiúsculo, cá maiúsculo, ele maiúsculo, eme
minúsculo, ô minúsculo, pê maiúsculo, zero, nove, oito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Código
correto, senhor, muito obrigado. Aguarde um instante que em seguida lhe
revelarei qual o seu tipo de pedido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Ah, eu quero
fazer uma reclamação. Não pode ser que vocês coloquem zero e a letra ó, porque
a gente se confunde!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Aguarde um
minutinho enquanto registro a sua reclamação e a repasso ao setor
correspondente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">Gilmar serve
um copo da bebida enquanto observa o gênio que, piscando repetidamente os olhos,
vai mudando de tonalidade, fazendo ruídos curiosos. Finalmente a cozinha toda
se ilumina e o gênio fala com tom grandiloquente:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Meu amo, lhe
é concedido fazer uma viagem no tempo e poder alterar um fato no passado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">Um punhal
transpassa-lhe o peito. Gilmar, estupefato, abandona o gênio na cozinha e
senta-se no sofá. Meu Deus, o que ele poderia mudar?! Matar Cristovão Colombo?
Napoleão? Hitler? Desmentir a bíblia? Revelar os segredos da construção das
pirâmides? Tudo isso seria uma grande obra, certamente. No entanto, quem
acreditaria no reles Gilmar se ele revelasse algum grande mistério? E ainda,
teria ele coragem de matar alguém? E se matasse, não surgiria outro que
cometesse o mesmo desastre? Cabeça baixa, punho sustentando o queixo, boca
contraída, olhos apertados atravessando o chão da sala. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">Passam-se
alguns minutos e lhe vem à mente sua situação atual. Está sofrendo há alguns
meses pelo término de uma relação. Ele se sente só. Lembra-se da cena final,
uma choradeira em frente à porta da casa dela, fazia frio. Queria abraçá-la, cercava
seu corpo, mas não podia senti-lo pela quantidade de casacos que vestia, queria
experimentar mais uma vez o cheiro, mas tinha o nariz constipado. “Claudia”,
repetiu triste depois de um suspiro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">Poderia voltar
à semana anterior ao término, quando estavam abraçados na cama. Porém, antes
daquela noite haviam tido uma briga, dessas que se discute e nunca encontra um
final. O motivo da discórdia: maldita Manoela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">Ele conhecera
Manoela numa tarde. Encantara-se quando ela lhe pediu fogo e começou a discorrer
de maneira poética sobre o vício e a condição humana. Depois dessa, muitas
tardes de domingo. E sem motivo aparente, Manoela foi desaparecendo. Ele, inconformado,
a seguia insistentemente nas redes sociais. Noites e noites no Facebook
curtindo, compartilhando e comentando todos os <i>posts</i> dela, e assim sua tristeza foi ficando aparente: dedos
inchados, as unhas roídas, os cigarros amontoados no cinzeiro, miopia
aumentando. Claudia descobriu, mas insistiu. Manoela se foi definitivamente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">E se talvez
ele nem sequer tivesse começado a relação com a namorada e estivesse livre no
momento em que Manoela aparecesse? Uma possibilidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">Fazia quase um
ano, Gilmar havia ido veranear com um casal de amigos. Havia feito aquela
viagem sem nenhuma pretensão, já inclusive arrependido, pois saía de férias com
um casal que fala com voz de bebê. O que ele não esperava era que sua amiga
encontraria uma velha colega da escola: Cláudia. Esta passou a sair com os três
amigos todos os dias e Gilmar e ela se apaixonaram. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">Como seriam essas
férias sem Cláudia? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">De repente,
tudo tomou forma e os olhos arregalaram-se. Gilmar levanta-se do sofá muito
decidido, marcha até a cozinha, encara o gênio e profere: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Quero voltar
ao dia de ontem, exatamente às 18h35, na rua Canin 656.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Seu pedido é
uma ordem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">Um vento muito
forte começa a soprar, tão forte que Gilmar tem de fechar os olhos. Seu corpo
começa a flutuar, perde o equilíbrio e cai. Quando abre os olhos, alguns
transeuntes o estão levantando da calçada, olha para a direita e vê “656”. Recompõe-se,
agradece às pessoas, e caminha em direção ao supermercado. Ao passar pela
porta, cruza-se com um espelho e se vê com a roupa que vestia no dia anterior. Alguns
metros depois, intercepta uma distraída senhora que procura em uma lata a data
de validade:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- Com licença,
a senhora tem horas?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">- São seis e
trinta e sete. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif";">Gilmar, certo
de que seu pedido fora realizado, encaminha-se ao corredor de bebidas. Olha de
soslaio a garrafa de <i>Kutirrut,</i> e, orgulhoso,
leva uma de água mineral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Valentina Guadalajara<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 106.15pt; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span></b>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-85498261887401804652013-10-13T17:13:00.000-07:002013-10-13T17:27:07.272-07:00Dona<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSlIZ6rV2gQgdytxmZNYIXxaq-uR5UXfu5utYMrSVVSIFVjoWJDQ3WMgxu0MIC9sa0huTgx4NtrgFCVZST_oMQDKUq119E4Hmsxo89a9yRotATi8Y45LifWfwwRY1hLk61xeHvpsbSrfE/s1600/Dona.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSlIZ6rV2gQgdytxmZNYIXxaq-uR5UXfu5utYMrSVVSIFVjoWJDQ3WMgxu0MIC9sa0huTgx4NtrgFCVZST_oMQDKUq119E4Hmsxo89a9yRotATi8Y45LifWfwwRY1hLk61xeHvpsbSrfE/s640/Dona.png" width="296" /></a></div>
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;">Olá, prezadx leitorx</span><br />
<br style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;" />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;">Mudando de saco pra mala: esta é minha introdução no mundo da literatura, cuja obra é assinada pelo pseudônimo de </span><i style="background-color: white; border: none; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Valentina Guadalajara</i><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;">. Muito obrigada pela leitura deste conto que se chama <b>Dona</b></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;">.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;"><br /></span>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: -42.5pt; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Dona<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“toc toc”, escutou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ao fundo ouvia alguém chamar, bem
longe. Depois vinham essas batidas, toc toc, toc toc toc, parecia que batiam na
madeira. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Sentiu-se úmida, pegajosa, quente,
protegida. Tentou espreguiçar-se, sentiu-se impedida de esticar completamente
os braços pelas paredes do casco de caracol. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Sempre se soubera uma pessoa
introspectiva. Sempre previra que este dia chegaria. Abriu os olhos lentamente,
tentando enxergar a luz pelo material espesso. Olhou pra cima, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">pra baixo. Estava na direção de sua cabeça.
Foi-se resvalando, girando lentamente acariciada pela substância viscosa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Fora fazia frio. Mal a cabeça
apontou, sentiu o vento nas antenas: desconforto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Pediu para que lhe trouxessem a
comida e meteu-se na casca. Quando colocaram o pão com manteiga e o ca<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2857604419113867837" name="_GoBack"></a>fé com leite na entrada, devorou-os. Engordou. Não sentiu
mais fome. Ficou ali, nadando, dentro de si mesma. Mergulhou, achou brinquedos,
bolinhas de natal quebradas, batons, sutiãs. Vestiu-se, se <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">despiu, preferia assim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Depois deixou de escutar os barulhos
de fora. Quando gritavam, eram sons alheios, desconexos, estranhos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Será esse meu velho nome? – pensou.
O mundo já não mais existia. Em casa, era onde ela queria estar. A casa, agora,
era dela. Era ela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 13.0pt;">Valentina Guadalajara<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-80793076892584966782013-10-13T17:05:00.002-07:002013-10-13T17:05:50.166-07:00Branco<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2bA7WTbDTQ8gHMhG3iY3ZliKFWAgyeQuBrfIChRrvc1UW1V5rNhoRMMm_zb8MNeSu-0u6zzZWzgGVa-XLocJTjCj20bIq8ckSOYnlHBmxT0_ULHbB0sPfQGeoQP-A846GZ_GWmeFIOYI/s1600/Branco.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2bA7WTbDTQ8gHMhG3iY3ZliKFWAgyeQuBrfIChRrvc1UW1V5rNhoRMMm_zb8MNeSu-0u6zzZWzgGVa-XLocJTjCj20bIq8ckSOYnlHBmxT0_ULHbB0sPfQGeoQP-A846GZ_GWmeFIOYI/s320/Branco.png" width="222" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;">Olá, prezadx leitorx</span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;">Mudando de saco pra mala: esta é minha introdução no mundo da literatura, cuja obra é assinada pelo pseudônimo de </span><i style="background-color: white; border: none; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Valentina Guadalajara</i><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;">. Muito obrigada pela leitura deste conto que se chama <b>Branco</b>.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px;"><br /></span>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">BRANCO<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Jorge
era aquele homem que saía detrás do balcão da padaria às oito da noite, todos
os dias, menos aos domingos, que é o dia do Senhor. Sempre ia à missa e nunca
esquecia o dízimo. Sabia de cor alguns trechos do santo livro que eram lidos
pelo padre, e os repetia, mesmo perante a dúvida do mistério daquelas palavras.
Jorge tinha uma relação de submissão e adoração com as causas. Apesar disso, nunca
se questionava de onde vinham e nem no que resultavam as coisas do mundo. Para
ele, o antes e o depois eram conceitos abstratos, nem sequer deixavam vestígios
de sua influência. Jorge não podia entender, ele simplesmente não podia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Como
todos os dias, saiu do trabalho, chegou até a parada de ônibus e encontrou seu
amigo de sempre, Ramiro. Discutiram sobre futebol: Jorge do Grêmio, Ramiro do
Inter. Em poucas palavras, este convenceu o amigo de que o Inter era melhor. Então
porque Jorge não mudava de time? Ele era dessas pessoas que não conseguem alterar
o que já está sedimentado, entranhado. Suas cabeças estão cheias de labirintos
e, uma vez que uma ideia está instal<a href="" name="_GoBack"></a>ada, se mimetiza e se
esconde. Em tais circunstâncias, não se pode mais encontrá-la, apenas é
possível ouvir o seu eco vindo das profundezas da mente. Ela se faz presente,
mas não se expõe. Jorge às vezes tentava encontrar algum desses conceitos dissimulados
e derramar luz sobre eles, no entanto, tal qual arqueólogo inapto e fracassado,
desistia. Então, olhava para o interlocutor e abria um sorriso vazio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">De
vez em quando, cogitava uma solução para suas perturbações. Achava que se
tivesse uma família, esposa e filhos, seria um homem que leva adentro tudo
quanto se pode conter. Em uma posição singular, encarregado da manutenção de um
lar - situação em que a responsabilidade o encontraria sem mais -, teria um
motivo para ser mais perseverante. Entretanto, com meramente pensar nesse
rascunho de intenção, sentia medo e nojo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Ramiro
afirmou que o amigo estava mais branco hoje, e Jorge teve uma visão dele mesmo nu,
subindo aos céus, com uma auréola radiante pairando sobre sua cabeça. Olhou
para suas mãos enquanto contava as moedas da passagem e viu suas unhas sujas de
farinha. Perdeu a ilusão. Contudo uma imagem permaneceu, a de dois anjos
carreando-o. Essa representação converteu-se em um carrossel que girava como
pião.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Tomou
o ônibus e não mais ouvia os comentários de Ramiro, não mais sentia o incômodo,
que tantas vezes o destroçara, de perceber-se em contato físico com outrem. Estava
completamente submerso no seu universo onírico e cândido. Durante a viagem, diferentes
cenas com a mesma temática se sobrepunham às outras, cada vez mais rápido, e
mais rápido, e mais rápido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Com
sofreguidão desceu do ônibus, e, agoniado, saiu correndo. Suando, abriu a porta
de casa, a do roupeiro e a tampa da pequena caixa. Tomou a foto em suas mãos,
beijou-a desesperadamente, lambeu-a repetidas vezes. E com uma voz que vinha de
algum canto recôndito daquele caos ensurdecedor, exclamou por não suportar: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">-
Ah, como é lindo este anjinho!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">E
a mão alcançou o zíper das calças.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 13.0pt;">Valentina Guadalajara<o:p></o:p></span></b></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-75530861602430807232013-10-13T16:49:00.000-07:002013-10-13T17:01:05.419-07:0017.520 horas<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHDDG1pmv_RnnGG61kbcLG8zxaPZju98YXA17L_M5wpbvlaPsvTlHgX5868Pf9Tg9K2h9LjAwH3kjnSSXDH4ZwqO9lrr9_pFh3Vk5yCR9UMzTqjpa8H5aVULXOUjRwa7yyfm_smG1K6W0/s1600/17520.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHDDG1pmv_RnnGG61kbcLG8zxaPZju98YXA17L_M5wpbvlaPsvTlHgX5868Pf9Tg9K2h9LjAwH3kjnSSXDH4ZwqO9lrr9_pFh3Vk5yCR9UMzTqjpa8H5aVULXOUjRwa7yyfm_smG1K6W0/s320/17520.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Olá, prezadx leitorx<br />
<br />
Mudando de saco pra mala: esta é minha introdução no mundo da literatura, cuja obra é assinada pelo pseudônimo de <i>Valentina Guadalajara</i>. Muito obrigada pela leitura deste conto em espanhol que se chama <b>17.520 horas</b>.<br />
<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<b><span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: ES-AR; mso-bidi-font-size: 12.5pt;">17.520 horas<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Hay horas en que el pensamiento, tal cual un
ilusionista, se disfraza de hoja que baila con el viento. Aletea entre
diferentes percepciones de la realidad inmediata - impresiones, ruidos, olores;
sin embargo, permanece ahí, ensimismado, con el mismo ingenio escondido en el
fondo del sombrero de copa. A veces parece que ciertos razonamientos se visten
de ellos mismos para que parezcan ajenos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">“Esta mano parece más envejecida que la otra”…
“¡cuántas nubes!”… “se va a romper el ala, cómo tiembla”… “che, piloto,
¡¿llegamos esta semana?!”. Faltaban cincuenta minutos para aterrizar. Más el
tiempo de bajar del avión, pasar por inmigración, agarrar las valijas. Será tal
vez una hora y media, pero en realidad son ciento setenta y cinco mil
doscientas horas, y una hora y media más.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">El verano me hacía sentir libre, vivo. Hasta ese
momento, en esa época ninguna sensación era comparable a la de estar en la
playa, agua y cielo azul. Pero ella, ella, desde el primer instante fue para mí
mucho más que ése y cualquier otro verano abrasador. Estaba ahí, “¿una
brasileña rubia de ojos verdes?”. Tenía una risa como la Bossa Nova, tranquila
y festiva. Una sonrisa de dientes exhibicionistas. Medio flaquita, pero
apretable… y la piel blanca, papel al que yo como su pintor, quisiera dibujar.
Su voz era como una ola, y estar ante ella era estar atrapado en este
torbellino y quedarse desorientado, ofuscado, sumiso. Su presencia era tan
enorme y avasalladora que no cabía en ningún estereotipo, era como si fuera
necesario cerrar los ojos para verla.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="ES-AR" style="font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR; mso-bidi-font-family: Calibri;">-<span style="font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">¿Tenés
fuego?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12.5pt; mso-bidi-font-family: Calibri;">-<span style="font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><i><span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt;">Não tenho,
eu não fumo. ¿Argentino?<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="ES-AR" style="font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR; mso-bidi-font-family: Calibri;">-<span style="font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Sí,
argentino… y no, yo tampoco fumo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12.5pt; mso-bidi-font-family: Calibri;">-<span style="font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><i><span style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt;">Então porque
você pergunta?<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="ES-AR" style="font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR; mso-bidi-font-family: Calibri;">-<span style="font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Para
escuchar <i>você</i>, sentir más de <i>perto</i> tu voz, canción de terremoto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Me la gané. Estuvimos juntos nada más que siete días y
se iba a San Pablo. La llevé a la estación donde se tomaba el micro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="ES-AR" style="font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR; mso-bidi-font-family: Calibri;">-<span style="font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><i><span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Se você quiser, pode me visitar</span></i><span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">… – invitándome y a la vez incendiándome en portugués. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">No era
preciso que habláramos la misma lengua, teníamos nuestro portuñol particular,
idioma de deseo e inquietud. Y reíamos mucho. De mi parte, un acento argentino
lleno de desasosiego. De la suya, una melodía disonante que a mí me encantaba: <i>não</i>, <i>coração…</i>
pero mucho más <i>coraçãozinho</i>. Y cuando
no nos entendíamos, podíamos estar horas intentando descubrir lo que el otro
había dicho. Ése era nuestro deporte-sabrosura. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;"> La besé y le dije: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="ES-AR" style="font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR; mso-bidi-font-family: Calibri;">-<span style="font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Nos vemos en
San Pablo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Ella se rió,
mitad esfinge, mitad cenicienta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Tres días
después la volví a encontrar. Casi sin plata, una semana en Brasil. Con veintidós
años no se necesita mucho, la pasión no demanda dinero: tardes en parques,
conversaciones en los bancos de las plazas, y lo más valioso era el sol
poniéndose al final del día.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Después
cartas, muchas cartas. Ella escribía una por semana, yo cada quince días. Un
día, sin una explicación concreta, el
amanecer me asaltó con un desconsuelo terrible y desmedido, con dos preguntas
aterradoras y una conclusión brutal: ¿Cuándo volveré a encontrarla? ¡¿Cuándo
tendré plata para viajar de nuevo a Brasil?! Esta mujer me va a dejar. Ya no
puedo soportar la angustia de vivir esperando que cada carta venga con un
mensaje de despedida. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Nuestra
distancia era demasiada, ella era mucho para mí, el miedo y la debilidad me
vencieron. Yo no podía sostener esa relación. Lo único que encontré fue un
amparo infantil y cobarde. Dejé de escribir, desaparecí. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Una carta de
ella preocupada por mi ausencia y preguntando si me había pasado algo o si el
silencio significaba el fin de nuestra relación. Otra carta, mucho más triste,
un poco enojada. Y otra más de puro dolor y corazón roto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Esta mujer,
esta mujer. Soñaba con ella todas las noches. No podía creer que hubiera tenido
tanta suerte y al mismo tiempo todo lo contrario.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 12pt 18pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Dos años después me recibí. Cuatro años después, me
casé. La amé, desde los dedos de los pies hasta la punta de los pelos. Tuvimos
dos hijos, una casa, un perro, un autito viejo, muchas cenas en familia y un
jardín. Se terminaron las cuotas del auto, después las de la casa. El perro se
enfermó y murió sin que los chicos pudieran prepararse para su partida. El
jardín se fue secando poco a poco. Y lo último fue la familia aterrada en un
vacío de sentido. Yo cada vez más solo,
ella también. Era inevitable la separación. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Seguí con mi
vida, conociendo gente nueva, pero nadie se infiltraba profundamente en mí.
Pensé que era adolescente de vuelta, hasta me hice un Facebook. Pero claramente
no era un joven, a las tres y media de la mañana me quería ir de las fiestas,
y, en el día posterior, tenía resaca como nunca había tenido en mi vida. En mi
casa, una noche, de repente, mi inconsciente dominó mis movimientos y los dedos
escribieron: Silvia Oliveira dos Santos. Ahí estaba ella, se hizo un clic y la
agregué. No podía creerlo, “¡¿Por qué hice esto?!” “¡¿Qué me pasó?!” “¡¿Me
volví loco?!”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">La mañana
siguiente, salí de la cama prácticamente sin dormir. Entré al Facebook: nada.
Hoy sí, podía ser un adolescente, podía bailar toda la noche, podía estar
ansioso y perderme en mis anhelos en
cualquier conversación que durara más de dos minutos. Hoy yo tenía el relámpago
de la juventud en mis ojos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Volví a casa
y, apenas entré, prendí la computadora. Sí, ella me había agregado y estaba
conectada. Primero: hola, ¿cómo estás?, ¿cómo anda tu vida? Después de algunos
días: ¿con quién vivís?, ¿tenés hijos? Y de ahí en adelante: lo que habíamos
tenido juntos, cómo y por qué todo había terminado. Que yo la quería, y ella me quería. Que yo
nunca la había olvidado. Y ella tampoco. Que cuando conté en mi trabajo que me
iba a Brasil por una novia del pasado, me decían “ah, ¿Silvia?” y me di cuenta
que no había dejado de pensar en ella, ni hablar de ella durante estos años.
Que ella me buscó mucho por internet y nunca me encontró. Que yo pensé que ella
estaría casada, que ella pensó que yo estaba muerto. Ni muerto yo, ni nunca
casada ella. Ni yo había aprendido portugués, ni ella estudiado español. En
nuestras vidas nadie y el corazón despejado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Fueron
cuatro semanas y ya nos habíamos enterado del pasado del otro. Después de
conversaciones interminables por internet, noches de poco sueño y de muchas
ilusiones, ella me dijo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="ES-AR" style="font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR; mso-bidi-font-family: Calibri;">-<span style="font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><i><span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Se você quiser, pode me visitar</span></i><span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">… - nuevamente prendiéndome la chispa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">“Qué este avión no se caiga”, “qué no se atrase”. “No
tengo hambre”. “El baño está ocupado”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Más de ciento setenta y cinco mil horas y estoy
llegando. La veo, veinte años después, pero era como si fuera un <i>déjà vu</i> del día en que la vi esperándome
en la terminal de San Pablo. La miraba y sentía lo mismo. A cada paso, iba
saboreando el reencuentro. Reconocí sus dientes artistas, la piel-nieve un día
delineada por mí, su voz de mar salvaje, e íntimamente iba festejando la visión
de su actual cuerpo, mucho menos flaquita y mucho más apretable. Pero también
sentí un corazón, mi corazón y su corazón: un corazón.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="ES-AR" style="font-family: "Berlin Sans FB","sans-serif"; font-size: 12.5pt; mso-ansi-language: ES-AR;">Si hubiera muerto en aquel momento, habría llevado la
imagen más precisa de la felicidad jamás vista. Si me hubiera muerto en aquel
momento, no sería ahora este hombre contemplativo, adorador de su alma y su cuerpo desde hace diecisiete mil
quinientas veinte horas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<b><span lang="ES-AR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-ansi-language: ES-AR; mso-bidi-font-size: 12.5pt;">Valentina Guadalajara<o:p></o:p></span></b></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-88594442237052318202013-10-07T17:41:00.003-07:002013-10-07T17:41:49.636-07:00Fim do mundo<span style="background-color: #cfe2f3;"><span style="color: #222222; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: xx-small; letter-spacing: 0.29333335161209106px; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Ane Brasil escreve para a coluna </span><a href="http://www.blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/soy-contra.html" style="color: #2b5797; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small; letter-spacing: 0.29333335161209106px; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Soy Contra!</a></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOE33OcXUV7plHaDPByqv1W5YhoVr7xBrykbwaLQafN4TbOHnF8vZzfPMIfN2LnX7Cvo-EdosOjWCER7G0u4vdFyEMubZFnmknihAOSloYvkudI_hnQ6E0KKn5e34rKEr0h4nVaqpyNgY/s1600/branca+terrorista.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOE33OcXUV7plHaDPByqv1W5YhoVr7xBrykbwaLQafN4TbOHnF8vZzfPMIfN2LnX7Cvo-EdosOjWCER7G0u4vdFyEMubZFnmknihAOSloYvkudI_hnQ6E0KKn5e34rKEr0h4nVaqpyNgY/s320/branca+terrorista.jpg" width="226" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><i>“Mas nossos
filhos serão mutantes Queria tudo como era antes O céu nunca mais vai brilhar
Aqui dentro do abrigo nuclear”</i> - Replicantes</span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px; line-height: 16px;"><br /></span></div>
<span style="font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Então é isso , os homens vão se despedindo
lentamente da mãe terra e cedendo o domínio às baratas. Foi assim que
aconteceu. Por ironia do destino ou justiça poética os primeiros a serem
expulsos foram os filhos da grande águia da América do Norte. Foi divertido ver
pela TV a grande maçã ser comida pelas baratas... las cucarachas... (maçã,
baratas, entenderam a brincadeira? Não? É, eu sei que não teve graça. Mas como
diz o ditado, pimenta no c... alheio é refresco). Como eu dia dizendo, ‘tava
divertido. Ver pela TV os gringos apavorados, correndo feito baratas tontas
pelas ruas (baratas tontas... sacaram? É não teve graça de novo, sorry) e as
imagens do metrô? Lembram das imagens do metrô? Quem poderia esquecer aquela
mulher obesa sapateando sobre milhares de baratas pra defender sua coca-cola?!
Bem, eu nunca pensei que a coisa fosse adiante, mas foi. Quando apareceram as
imagens de Paris invadida pelas baratas eu chorei. Tá, sentimentalismo idiota,
pode ser. Mas pus Edit Piaf na vitrola e chorei. Igualité, Fraternité, Egalité,
et baraté. Merdé. Quando chegaram as primeiras imagens do Louvre coberto de
baratas... tive pena do cinegrafista que, desesperado ia gritando a cada obra coberta
pelas baratas. Aquelas filhas da puta, foram direto até a Vitória de Samotrácia...
Tomei os últimos 4 diazepans da caixa e continuei olhando, hipnotizada,
desesperada... depois foi a Monalisa. Quando as baratas cobriram a Monalisa eu
entendi tudo. Acabou. O último bastião do Ocidente, a obra prima de Da Vinci –
o cabra que inaugura a modernidade, que rende bolsa pra tanto mané defender
tese na Zoropa...</span></div>
<span style="background-color: white;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Eu soube ali que não teríamos escapatória.
Desliguei a TV e fui pra rua. De coturnos, que eu não sou trouxa, né? Aí o
bicho pegou. Todo mundo fugindo pra beira da praia, acreditavam que no mar elas
não sobreviveriam.... O que ninguém avisou pro povo é que no esgoto que é o
litoral do Rio Grande do Sul só barata mesmo pra sobreviver e se sentir bem.
Elas tomaram conta de Imbé, Atlântida, Torres, Tramandaí,... soube mais tarde
que foi muito engraçado, as madames de Atlântida se bronzeando entre as
baratas, houve algumas que morreram ali mesmo, síncope nervosa, chilique,
piripaque. Ataque de pelanca! E eu? Bom, nessa altura do campeonato o caos já
tinha se instalado... entrei num supermercado, de coturno, camuflagem e iniciei
um saque. Sim, fui eu que comecei o grande saque. Se me orgulho disso? Não sei
ao certo, mas eu sabia de uma coisa: Se eu vou morrer que seja esperneando.
Entrei no supermercado, baixei toda a prateleira de inseticidas mais comidas
enlatadas e bebidas destiladas.... SIM, EU TINHA UM PLANO! Saí dali e fui até
um depósito de gás, deixando atrás de mim uma nuvem de donas de casa
insandecidas, brigando por toalhas de banho e sacos de arroz dentro do
supermercado. Esvaziei 2 garrafas de uísque... (hum, nada com um 12 anos... e
cawboy, que uísque com gelo pra mim é xixi) Enchi de gasolina ah, há quanto
tempo eu não fazia um coquetel molotov... saudades dos loucos anos 80...
entretanto, agora não se tratava de piquete, era sobrevivência mesmo. Com ou
sem pregos? Hum, uns preguinhos não fazem mal dentro de um coquetel molotov...
sempre cai bem, um preguinho tá pro molotv como a cereja tá pro Martini...
Hehehe. Catei mais garrafas e em menos de 1 hora tinha 20 coquetéis molotvs...
Fui obrigada a esvaziar mais uma garrafa – desta vez de vodca – pra ter mais
coquetel... E aí o resto vocês viram pela TV... a sucessão de postos Esso que
foram pelos ares... gente, era coisa muito linda de se ver! Cablum. Ao todo
foram 15... aí me pegaram... deviam me agradecer, me condecorar, me oferecer
dinheiro e mancebos bronzeados em prova de gratidão... </span><span style="font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">o fogo purifica, se algum daqueles idiotas se
desse ao trabalho de verificar veriam que no perímetro das explosões não havia
nenhuma puta barata. Nenhuma barata puta. Não, os imbecis de farda não se deram
ao trabalho de verificar, me algemaram e me jogaram num camburão... putz e eles
me tiraram os isqueiros e os fósforos, me deixaram sem fogo. Filhos da puta. Aí
veio toda aquela palhaçada... jornalistas, psiquiatra, sociólogo, âncora de
telejornal... cada um falando uma besteira maior que a outra. Todos cobertos de
baratas. Vocês não viram?</span></div>
</span></span></span><o:p></o:p>Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-62792541358872112562013-09-19T10:07:00.001-07:002013-09-19T13:58:03.106-07:00Um beijo provoca... o ódio?<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: #cfe2f3;"><i>Vívian Andrade escreve para a coluna <a href="http://www.blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/polemicao.html" style="color: blue;" target="_blank">PolemiCÃO</a></i></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyWoznK4v8eGf7n1NEMNcFnNFTrentgAopFKd5j72g0zyCfDWB__o_RdbCfh-MTQvUx2Kc0MDrSl49Dv78o1Prrrso_fVRRs_Zl7IheKsA6z7_xX3PGSETv_PXTy1ds_YwjQO_PzXZIT4/s1600/FOTO+1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyWoznK4v8eGf7n1NEMNcFnNFTrentgAopFKd5j72g0zyCfDWB__o_RdbCfh-MTQvUx2Kc0MDrSl49Dv78o1Prrrso_fVRRs_Zl7IheKsA6z7_xX3PGSETv_PXTy1ds_YwjQO_PzXZIT4/s320/FOTO+1.png" width="300" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">
Um assunto delicado e talvez um
conflito entre a liberdade de expressão e a liberdade de culto. Somente talvez.
Mas, para mim, nada mais do que abuso de poder, homofobia, violência estatal e
intolerância religiosa.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">
Duas meninas se beijaram em
forma de protesto contra o pastor e deputado Marco Feliciano no evento
evangélico ‘Glorifica Litoral’, no domingo 15 de setembro de 2013, na cidade de
São Sebastião, interior de São Paulo. Eu estava presente e era uma das
protestantes. Eu estava lá naquele verdadeiro show de alienação e ódio.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFuVAZJUrLYrI2fL531BRaJHvyu02ojfYjU_MBWkPOcsNvuRWDtqmkLihin3YoI46FsRWiUfJ6n6mE4C6FqdPJ47d1tteoeYO5e_R8K4J3q-GzRZ92r6SCpCNUUCw-s3YG1DoLNePsFKM/s1600/FOTO+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFuVAZJUrLYrI2fL531BRaJHvyu02ojfYjU_MBWkPOcsNvuRWDtqmkLihin3YoI46FsRWiUfJ6n6mE4C6FqdPJ47d1tteoeYO5e_R8K4J3q-GzRZ92r6SCpCNUUCw-s3YG1DoLNePsFKM/s320/FOTO+2.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Estávamos
conscientes de que era perigoso, já que éramos um grupo pequeno no meio de dois
mil evangélicos. Sabíamos que fundamentalistas poderiam entender erroneamente que
fomos até ali para protestar contra a sua religião, e, por isso, sentíamos um misto de
medo, coragem e adrenalina.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Reunimo-nos
em uma praça e saímos marchando, apitando e gritando coisas do tipo “Fora
Feliciano” e “Doutor, eu não me engano: quem não tem cura é Feliciano”. O nosso
grupo de amigos acordou de irmos todos de sutiã, principalmente os meninos.
Escrevemos frases de protesto em nossos corpos e cartazes e, após dar uma volta
do lado de fora do espaço em que ocorria o evento, entramos. Começava o show de
uma cantora que, ao ver nossos cartazes de repudio a posturas homofóbicas e
contrários ao deputado fake de pastor, começou a dizer que o demônio estava
presente e estava provocando o povo de deus. Muitas outras indiretas
comparando-nos ao Tinhoso Coisa Ruim foram lançadas pela cantora. A polícia nos
abordou no meio da multidão e nos ameaçou com um artigo da constituição que
criminaliza a perturbação e vilipendio de culto religioso que poderia nos
colocar na prisão por até um ano. Pediram que baixássemos os cartazes, o que
todos nós consentimos para não sermos levados presos. Desta maneira, nossos
únicos objetos de protesto se converteram em nossas presenças e nossos corpos. Aguardamos
o final do show e a entrada do deputado Marco Feliciano para que pudéssemos
fazer o que viemos fazer: protestar contra suas posturas racistas, homofóbicas
e machistas. Mal o pastor começou a falar, duas meninas, menininhas, foram alçadas por amigos e se beijaram. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt8u4SC8ZGq6W-p-Tp8st3eA_nJ2YyV2vgXzIjpNWNIzRpeg6PYFOZ-RjAUvO568rZ9GkB1_UREJE-zhzTo2N-Eq8zbaNa5iKZOBmIpcpDu01k0miczZS7H_vqWP7l4Weq4zhFCZlBXWM/s1600/FOTO+5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt8u4SC8ZGq6W-p-Tp8st3eA_nJ2YyV2vgXzIjpNWNIzRpeg6PYFOZ-RjAUvO568rZ9GkB1_UREJE-zhzTo2N-Eq8zbaNa5iKZOBmIpcpDu01k0miczZS7H_vqWP7l4Weq4zhFCZlBXWM/s320/FOTO+5.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;">Joana Palhares, 18 anos, e Yunka Mihura, 20 anos. </span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
O pastor
chamou a polícia, ofendeu de diversas maneiras a nós, todos os protestantes, e
as meninas foram retiradas com truculência pela polícia. Elas foram agarradas
com violência, alçadas e levadas para trás do palco, onde foram agredidas com
tapas na cara. Enquanto isso, o pastor incitava palavras de ódio e a multidão
vibrava com o horror daquela agressão toda. Como se não bastasse, o pastor
ameaçou a imprensa para o caso de que o incidente fosse mais noticiado do que o
evento em si. Também sentenciou de que a verdadeira resposta viria das urnas,
quando elegerão a maior bancada evangélica jamais vista.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
As meninas
foram algemadas e levadas à delegacia, onde chegaram antes da meia-noite e só
saíram por volta das três horas da manhã, após deporem, passarem por exame de
corpo e delito, mas – óbvio e principalmente – era requerida a presença de um
advogado para a sua liberação.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Muitos
questionamentos vêm à minha mente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
- Com que
autoridade uma acusação é transformada em culpa sem a presença de um juiz?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
- Com que
poder o deputado manda suprimir a liberdade corporal de duas pessoas e é
atendido pelas forças de repressão do Estado (polícia)?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
- Se o crime
é perturbação de culto, quem decide se realmente se está perturbando?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
- Como um
beijo entre duas meninas perturba um ato religioso? Acaso o tal beijo impede os
participantes do evento de adorarem seu deus?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
- Por que um
beijo constitui perturbação? Seria a religião evangélica homofóbica para
incomodar-se tanto com um beijo gay?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
- E se a religião
evangélica é homofóbica, porque pertencer ou propagar ideias evangélicas não
constitui crime?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXR9TEt4rkvKUbIM7Fqw-N6bidAbge7dyf8MibxIodJjW20lp7T7X-Vp6l2kxmmI-M224XWNvjW4LAdEKMFcak9qHVMF8ChQDz-t-q4U-EPrMJB_Pahi64t1alqbTT7adMyqkZmPebkAA/s1600/FOTO+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXR9TEt4rkvKUbIM7Fqw-N6bidAbge7dyf8MibxIodJjW20lp7T7X-Vp6l2kxmmI-M224XWNvjW4LAdEKMFcak9qHVMF8ChQDz-t-q4U-EPrMJB_Pahi64t1alqbTT7adMyqkZmPebkAA/s320/FOTO+3.jpg" width="256" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
E mais uma vez volto à questão da lei, como no meu texto anterior <a href="http://blogmundoraimundo.blogspot.com.br/2013/08/onde-esta-o-crime-e-qual-relevancia-de.html" target="_blank">Onde está o crime e qual a relevância de sê-lo?</a>. Quem a lei defende? Quem controla a lei e a sua execução? Como podem as acusadas não terem o poder de recuperar a sua liberdade corporal, sendo que sua prisão é arbitrária, já que beijar pessoa em local público não constitui crime?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
É a alienação
do sujeito em relação ao seu próprio corpo e à sua liberdade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
À custa de
muita perseguição, damo-nos conta de que nosso corpo e nossa liberdade são o
que existe de mais fundamental. Quando outra instância tem tamanho poder sobre
as pessoas, não existe, para mim, outra interpretação que não seja a de que
somos todos escravos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Você não pode
escolher estar aparte das leis ou estar sujeito a outras leis, mesmo que viva isolado. Você não pode usufruir
dos benefícios do Estado (mesmo que viva dentro dele e pague tributos pelo que
consome) se não obedecer a todas as suas exigências. E mais: você não pode
discutir nem questionar a lei.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
No entanto, ao
mesmo tempo que o corpo e a liberdade corporal são fundamentais e o Estado
deixa bastante claro que é dono delas, o mesmo Estado tende a conter a vontade
de eliminação, de supressão do “sujeito” que perturba, já que sem o “sujeito”
(muitas aspas: favor repensar a definição de sujeito) o Estado perde seu poder.
Ao mesmo tempo que escraviza, doutrina, aliena e bitola; preserva de maneira
perversa aquilo que sobra de modo a estender seu poder a outros indivíduos que
vem adentrando o sistema.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Agora penso
sobre a comoção que causa o abuso declarado de poder – ou apenas aquilo que
identificamos como abuso – e a agressão ao corpo, o que simboliza. Estaríamos
viciados no sacrifício alheio? Estaríamos ávidos pela agressão para poder
identificar de onde vem esta força que nos aplasta? Por que permitimos os
abusos do poder na maioria dos casos, mas quando se trata do corpo, nos
revoltamos? Quem nos fez crer que o limite é este? Porque minha vida e minha
liberdade devem estar confinadas à minha pele e não na esfera de relações ao
meu redor? Quem nos aprisionou no corpo? São apenas reflexões.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBuiZoH4aEEJJRyv_UlAKzuE4FjxYKXrS1Em-SWKmDN8joq8i7l18VLG4WelDnRYwTigaBmniPNZAANc2cU5Vnh29wt9SFsZZXisYChNgIUj5T1pLy-zPwoBlwX1xNafGXM-Daihj-Rwc/s1600/FOTO+6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBuiZoH4aEEJJRyv_UlAKzuE4FjxYKXrS1Em-SWKmDN8joq8i7l18VLG4WelDnRYwTigaBmniPNZAANc2cU5Vnh29wt9SFsZZXisYChNgIUj5T1pLy-zPwoBlwX1xNafGXM-Daihj-Rwc/s320/FOTO+6.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="text-indent: 35.45pt;">Falando sobre
o que é apropriado ou não em um culto religioso: pode algo que está dentro da
lei ser considerado inapropriado e causar prisão? Quem se excede quando isso
acontece? A polícia? O deputado InFelicianus? A multidão que vibrava com o show
de horror e violência? Como pode um opressor se julgar oprimido dentro do seu
próprio espaço, que antes de tudo é espaço público? Ah, e financiado com
dinheiro público, prezado “eleitor” (aspas para repensar quem elege e quem é
eleito).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Evitei ler os
comentários no Facebook das páginas e das pessoas que compartilharam a notícia.
Não saberia por onde começar a argumentar e duvido que muitas pessoas estejam
dispostas a refletir. A religião é dogma, e como tal não segue uma lógica... é
fé, e a fé não se discute porque não há argumentos racionais, ou seja, não
existe lógica na fé. A fé é a ausência da lógica, é onde esta esbarra encontra um
abismo-limite devido à nossa impossibilidade de entender ou de explicar
fenômenos. Talvez a nossa necessidade (soberba) de explicar as coisas seja o
problema. Enfim, como dogma, como falta de lógica, a religião ensina às pessoas
que elas têm o direito de fazer afirmações que não tem sentido, e o pior: que elas não têm responsabilidade pelas asseverações que colocam no mundo. E se não tem
sentido, não há argumentação que o valha. Discutir com um religioso é discutir
com as paredes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Eu não gosto
das religiões nem da fé. Gostaria que pudéssemos viver com a dúvida, com os
ocos de sentido – milhões, bilhões – que constituem todos os infinitos: o
infinito macro (para fora) e o infinito micro (para dentro). Considero a fé uma
infantilidade, um déficit emocional; e estou disposta a discutir sobre isso.
Quem se sinta tocado, por favor, este espaço é para isso (embora este texto não se proponha a discutir religiosidade e ateísmo, e sim o protesto feito contra o deputado e presidente da comissão dos Direitos Humanos... e vá lá saber direito de quem).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Dentro
daquilo que penso como bom e correto está conviver com a dúvida. É uma condição
<i>sine qua non</i> para se respeitar o
outro, para que haja tolerância e boa convivência. A fé me parece uma
necessidade de buscar um valor fora, um valor individual, especial,
diferencial. E fico triste que alguém pense que o tem ou que seja possível
tê-lo. É como eu digo: não somos mais nem menos, apenas somos assim como todas
as coisas são, foram e serão.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
É tão triste
ver que tanto oprimidos quanto opressores mantém uma guerra ideológica que não
faz mais do que alimentar o mesmo sistema. Um apelo: no sistema estão previstos
estes embates, eles sempre existiram: revoltas, guerras, protestos, revoluções.
Acho importante lutar por um espaço onde não se é oprimido, mas também acho importante, de alguma forma, deixar de alimentar esses conflitos que são tão simplesmente suprimidos,
desvirtuados, descaracterizados, manipulados pela História e por aqueles que a
escrevem. Parece-me necessário lutar contra o opressão dentro do sistema, como também dedicar tempo a sair dessas amarras, escapar das leis e
das infrações. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Se o corpo e a
nossa liberdade corporal são primordiais, uma prisão indevida (sem falar no
ódio ao diferente praticado através da homofobia e da agressão física e moral
sofrida pelas meninas) não seria a maior afronta contra os direitos
individuais? Não seria esta prisão motivo de revolta de toda e qualquer pessoa,
independente de convicções religiosas ou não? Não seria um fato tão grave, mas
tão grave, que todo indivíduo deveria ver sua “autonomia” (estas aspas, hum, já
sabem) assustadoramente posta em risco?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Neste texto há
apenas algumas perguntas. Algumas. E não tem fim porque nada tem fim. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Quem quiser
(se é que é apenas uma questão de querer...) que continue.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRZP155eT1Wfmd6_sSpgcuRbMSwSPZqT6Rcxlz-O2cUzj89hVFx1ltTJX9cY979pVAw7hu8xFcWjOglmp3NnrQsqvmv-boJGEi7hz8jCdDv-FRKh-5jfjVH3gAxlSFWlCNWpJogBG_K8Q/s1600/FOTO+4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRZP155eT1Wfmd6_sSpgcuRbMSwSPZqT6Rcxlz-O2cUzj89hVFx1ltTJX9cY979pVAw7hu8xFcWjOglmp3NnrQsqvmv-boJGEi7hz8jCdDv-FRKh-5jfjVH3gAxlSFWlCNWpJogBG_K8Q/s640/FOTO+4.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Informações importantes
e adicionais:<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=eZxelF2Qvpo" target="_blank">Vídeo da prisão indevida</a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O observador da religiosidade: <a href="http://observadordareligiosidade.blogspot.com.br/2013/09/o-glorifica-litoral-e-o-beijo-de-joana.html" target="_blank">Glorifica Litoral e o beijo de Joana</a> </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Globo: <a href="http://oglobo.globo.com/pais/especialistas-afirmam-que-nao-ha-crime-em-beijo-gay-em-culto-9996569?" target="_blank">Especialistas afirmam que não há crime em beijo gay em culto</a> </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tv IG e vídeo do SBT: <a href="http://tvig.ig.com.br/noticias/brasil/feliciano-manda-prender-mulheres-que-se-beijavam-em-evento-gospel-5238b76932154c2c8e00001e.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter&utm_campaign=social" target="_blank">Feliciano manda prender mulheres que se beijaram em evento gospel</a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Posicionamento da Ordem dos Advogados Brasileiros no JusBrasil: <a href="http://oab-rj.jusbrasil.com.br/noticias/100684381/feliciano-manda-prender-gays-apos-beijo" target="_blank">Feliciano manda prender gays após beijo</a> </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Revista Forum: <a href="http://revistaforum.com.br/blog/2013/09/jovens-que-se-beijaram-poderiam-ter-dado-voz-de-prisao-a-feliciano-por-abuso-de-autoridade/" target="_blank">Jovens que se beijaram poderiam ter dado voz de prisão a Feliciano por abuso de autoridade</a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pragmatismo Político: <a href="http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/09/jovem-expulsa-culto-pedido-feliciano-deram-tres-tapas-cara.html" target="_blank">Jovem expulsa de culto a pedido de Feliciano: "Me deram três tapas na cara"</a> </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Blog do BG: <a href="http://blogdobg.com.br/preso-feliciano-presidente-grupo-gay-apos-detencao-jovens-beijaram/" target="_blank">'Quem ter que ser preso é Feliciano', diz presidente de grupo gay após detenção de jovens que se beijaram</a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Solidariedade de Daniela Mercury: <a href="http://m.ego.globo.com/famosos/noticia/2013/09/daniela-mercury-beija-namorada-em-foto-e-proibido-beijar-no-brasil.html" target="_blank">Daniela Marcury beija mulher em foto: 'É proibido beijar no Brasil, é?'</a><span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #898f9c; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #898f9c; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
Mídia internacional (TN é uma grande canal de televisão da
Argentina): <a href="http://m.tn.com.ar/internacional/brasil-polemico-diputado-ordeno-el-arresto-de-chicas-por-besarse-en-un-culto_411658" target="_blank">Diputado ordenó arresto de chicas por besarse en un culto</a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mídia internacional (Yahoo Argentina): <a href="http://es-us.noticias.yahoo.com/detienen-mujeres-besaban-pedido-diputado-evangelista-003100581.html" target="_blank">Detienen a dos mujeres que se besaban por pedido de diputado evangelista</a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Facebook da <a href="https://www.facebook.com/joanappalhares?fref=ts" target="_blank">Joana Palhares</a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Facebook da <a href="https://www.facebook.com/yunka92" target="_blank">Yunka Mihura</a> </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com40tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-88737649013378872462013-09-16T19:20:00.001-07:002013-09-16T19:20:13.669-07:00Um causo gauchesco numa noite de novembro<span style="background-color: #cfe2f3;"><span style="color: #222222; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: xx-small; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Ane Brasil escreve para a coluna </span><a href="http://www.blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/soy-contra.html" style="color: #2b5797; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Soy Contra!</a></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Estávamos todos acampados. Quanto tempo de peleia já? Quincas
até barba na cara já tinha, Domingos estava magro, Eleutério puxando de uma
perna por conta de uma pranchada bem dada por um imperial. Compadre Leôncio
estranhou, quando deram ordem pra entrega das cartucheira. Ala pucha, então vão
deixar soldado com arma mas sem munição? De onde partiu essa ideia mal
arrumada? Ninguém respondeu. Levaram as cartucheiras, algumas armas também. Ali
permanecemos, em campo aberto, sonhando com a liberdade prometida, curando a
saudade das mulheres e filhos com alguma cachaça. Tudo parecia normal, não
fosse compadre Leôncio olhando pra mim por baixo do chapéu, aquele olhar dele
encafifado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Vem cá, guri, me diz: quanto tempo tu tá na peleia?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Cheguei não sei faz quanto tempo, acho que no tempo de duas
ou três invernadas...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- E tu já é homem?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- ora... que pergunta, besta, sou homem...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- tô perguntando se tu já te deitou com mulher, piá.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Baixei a cabeça. Compadre Leôncio tinha adivinhado. Saí
novinho da fazenda para lutar com os farrapos. Tentar a liberdade pra mim e
pras minhas irmãs... Não, eu ainda não havia me deitado com mulher.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Pues, guri, não é vergonha. Tu é guri bom, guri forte, há
de arranjar pra ti uma que se encante. Pega
esse cavalo e galopa pra bem longe daqui. AGORA.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Compadre Leôncio não era meu compadre e nem tinha batizado
filho de nenhum homem ali, mas todos o chamavam por compadre. Bom cavalariano,
excelente ferreiro e conhecedor de todos os caminhos era compadre Leôncio
responsável por ter salvado algumas vidas do nosso destacamento. Cada um
contava uma história a respeito dele. Uns diziam que tinha matado a mulher e os
filhos num acesso de loucura, outros diziam que a mulher tinha sido morta pela
sinhá no tronco, outros diziam que ele tinha matado meia dúzia de índio numa
escaramuça, mas o certo é que todos gostavam de compadre Leôncio, homem
honrado, justo, cumpridor da palavra. Não era dado a demonstrações de
sentimento. Ser chamado em particular por compadre Leôncio era quase uma
distinção. Mas aquela ordem era uma ordem pra deserção. Era uma ordem pra
desonrar meu juramento de lanceiro, pra renegar minha condição de homem, de
guerreiro... era pra renunciar à liberdade. Eu não entendi, também não ousei
retrucar, mas compadre Leôncio parecia ler na alma das pessoas. Ali, naquela
noite escura ele leu a cara de um guri assustado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- É isso, guri, tu vai desertar pra salvá tua vida. Quem fica
aqui essa noite vai morrer e tu, guri,
eu lembro como se fosse ontem, eu pessoalmente te tirei debaixo do braço da tua
irmã Rosa e prometi pra ela que te devolvia inteiro. Sou homem de palavra.
Agora vai.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se por um lado desertar era uma desonra, por outro lado
também não ousava contrariar o compadre Leôncio, aquele general sem divisas,
aquele estrategista sem estudo, aquele irmão de todos nós nas escaramuças. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="" name="_GoBack"></a></span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(Talvez essa história tenha
acontecido, talvez não, talvez, talvez... nunca contaram a História dos homens
de Porongos)</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnmO5HWzDlWW-OkHA0snYtKToEDUoGi9lDl-9PVtXgucke0ZdjTpLf2L9nUINPilwlcAaIEatCeGSKEp1DbM6GB_Da8iYAistyuJ9wMPSWaJ0Wk5EXNTCUNRSnLBYZ4mSBan0Y9Xajxgw/s1600/20setembro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnmO5HWzDlWW-OkHA0snYtKToEDUoGi9lDl-9PVtXgucke0ZdjTpLf2L9nUINPilwlcAaIEatCeGSKEp1DbM6GB_Da8iYAistyuJ9wMPSWaJ0Wk5EXNTCUNRSnLBYZ4mSBan0Y9Xajxgw/s320/20setembro.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-53260802894898028822013-09-07T18:59:00.001-07:002013-09-07T19:31:42.327-07:00Who the fuck is Matthias Wähner?<div>
<br /></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 22px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"> </span><i style="background-color: #cfe2f3; border: none; color: #222222; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Samy escreve para a coluna <a href="http://blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/sem-titulo.html" style="color: #2b5797; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Sem Título</a></i><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7WJB380mtikiDfcAwR1BotqL6Z_on8YEZ_k0P7rtdw-_gt5PJHpmubd3PHEXUZ2cIVWdLGjjP-9f4_cqZITiNoqSZmn9yR5_5HoDgK43rRsnOgQYTgAqBOEBYE9hogf7rU0wycWoPp6Y/s1600/matthias.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7WJB380mtikiDfcAwR1BotqL6Z_on8YEZ_k0P7rtdw-_gt5PJHpmubd3PHEXUZ2cIVWdLGjjP-9f4_cqZITiNoqSZmn9yR5_5HoDgK43rRsnOgQYTgAqBOEBYE9hogf7rU0wycWoPp6Y/s320/matthias.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span class="numdef"><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%; padding: 0cm;">A definição mais aceita do termo “fotojornalismo” costuma
ser “r</span></span><span class="textodef"><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%; padding: 0cm;">egistro fotográfico feito pelo jornalista
para ilustrar, comprovar ou dar veracidade a textos de reportagens”.</span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Contudo, a definição acima poderia muito bem
ser uma pergunta. Afinal, o fotojornalismo pode mesmo ser definido dessa forma?
Não para Matthias Wähner, artista alemão que curte uma traquinagem. Digo,
artista alemão nascido em Berlim, em 1953, formado em </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Arte,
História da Arte, Filosofia e Pedagogia da Arte pela </span><span lang="DE" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ludwig-Maximilians-Universität München.</span><span lang="DE" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">As obras</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> de Matthias – tanto a fotográfica
quanto a audiovisual e a acadêmica - são uma forma irônica de criticar o
fotojornalismo. Seu trabalho mais conhecido é a série <i>Mann ohne Eigenschaften</i> (1994). Esse título, traduzido para o
português como <i>O homem sem qualidades,</i>
é a apropriação do nome de um livro de Robert Musil. Em tal série, <span style="background: white;">Wähner insere sua figura, por meio da manipulação
digital, em fotografias históricas do século XX as quais foram divulgadas na
mídia.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmXoJDoOfPmvSAYC-6Uj3ihqvl36fSiq31j3RIm0_XsAsSSsdGbmXHzdWe3Ms-jNVrCe5b4NlHaaPdIAON8VKPsRyK5ytiaL0IM6yVxGSVtWcA1PJNdMWEkbaFEhsLYWQAZoQNVGkpJ6g/s1600/matthias2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><img border="0" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmXoJDoOfPmvSAYC-6Uj3ihqvl36fSiq31j3RIm0_XsAsSSsdGbmXHzdWe3Ms-jNVrCe5b4NlHaaPdIAON8VKPsRyK5ytiaL0IM6yVxGSVtWcA1PJNdMWEkbaFEhsLYWQAZoQNVGkpJ6g/s320/matthias2.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um exemplo é o retrato
da Família Real <span style="background: white;">no dia do funeral de Wallis, Duquesa de Windsor, o qual ocorreu na capela de São
Jorge, no Castelo de Windsor, em 29 de abril de 1986. Na fotografia, vemos </span>à
esquerda, Príncipe Charles e Princesa Diana; no meio, Matthias; à direita,
Rainha Elizabeth e <span style="background: white;">Philip, Duque de Edimburgo.
Tal imagem, à primeira vista, não causa nenhum tipo de estranhamento, sobretudo
porque Wähner está vestido a caráter – traje, aliás, que ele usa em todas as
suas montagens – e não se percebe nenhum erro de proporção.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O
artista também se insere ao lado de
outras personalidades famosas e ironiza diferentes situações:</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP7RCEEbNffRZ0JXAI-HohGWPQ2JLtZMPSgdMxUkVh9VGHAsta6CRu23014Lof5U4j_ZQgMfsab_UxQvgEl3-g1NzESjVWa1onrw5vQDyMod-uFyBYYifvyGTdPNW1TpSNgubPXrUqT9Q/s1600/matthias3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP7RCEEbNffRZ0JXAI-HohGWPQ2JLtZMPSgdMxUkVh9VGHAsta6CRu23014Lof5U4j_ZQgMfsab_UxQvgEl3-g1NzESjVWa1onrw5vQDyMod-uFyBYYifvyGTdPNW1TpSNgubPXrUqT9Q/s1600/matthias3.jpg" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Matthias finge ser o quinto integrante dos Beatles;</span></span><br />
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3tfMHmHYBhO3afnNkH9RP8M-jFjvkSWPkttzxLtz7UPQbbeUfQwt_JlfhM5q9RFmf0DdhUrdSoyVLn2BH_hgISHw3Fur3BM6zwF-tFKUUxjF0bVWAhizs29wTTLp7zylGMCu8D5M3ijk/s1600/matthias4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><img border="0" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3tfMHmHYBhO3afnNkH9RP8M-jFjvkSWPkttzxLtz7UPQbbeUfQwt_JlfhM5q9RFmf0DdhUrdSoyVLn2BH_hgISHw3Fur3BM6zwF-tFKUUxjF0bVWAhizs29wTTLp7zylGMCu8D5M3ijk/s320/matthias4.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Observa, à esquerda, o corpo de Che Guevara, morto em 1967;</span></span><br />
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-luMf_yT3-TxZ-SqerhG2m6UjprKuVRU9W-MC9OOh8htaBIF10vJ60oCtn1mSd4ib4HbE4Lb-lUKpDvVNnQzQKJ5j6j6JdOjPbagiaEq2pso252fOkgTOoTV50XS_vTLDmATfBHuswDM/s1600/matthias5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><img border="0" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-luMf_yT3-TxZ-SqerhG2m6UjprKuVRU9W-MC9OOh8htaBIF10vJ60oCtn1mSd4ib4HbE4Lb-lUKpDvVNnQzQKJ5j6j6JdOjPbagiaEq2pso252fOkgTOoTV50XS_vTLDmATfBHuswDM/s320/matthias5.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Passeia de mãos dadas com Brigitte
Bardot</span><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">;</span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIFAcD9SGvJJory4tn6rA615xGhDZ4q-WQL2uzmpY2VKCtiK_Zn7LqSEJJtJwYOdb_52JTKayrlLpOr1p0ofc9VoXEv60s5YTz2NZzS0SJaU8fDrJ3XEOJHdt1nr2Gk107HJiVRZihBWU/s1600/matthias6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><img border="0" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIFAcD9SGvJJory4tn6rA615xGhDZ4q-WQL2uzmpY2VKCtiK_Zn7LqSEJJtJwYOdb_52JTKayrlLpOr1p0ofc9VoXEv60s5YTz2NZzS0SJaU8fDrJ3XEOJHdt1nr2Gk107HJiVRZihBWU/s320/matthias6.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ajoelha-se ao lado de Willy Brandt<span class="apple-converted-space">,</span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> diante do Memorial aos
Heróis do Gueto de Varsóvia, em 1970;<span class="apple-converted-space"><span style="background: white;"> <o:p></o:p></span></span></span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIa14O4mtZmNKv__nsOIedmVTMAZih6vzc-qNMEUcoDcjNnkp4o5ywAmkAU6-zc6ODMfldvOj-RtRIGjsf8bngcOHmfpjva3Grajj68APRUYcZ6Xpu1RdysyM4ETx5xcMmS98JFK-J4Jg/s1600/matthias7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIa14O4mtZmNKv__nsOIedmVTMAZih6vzc-qNMEUcoDcjNnkp4o5ywAmkAU6-zc6ODMfldvOj-RtRIGjsf8bngcOHmfpjva3Grajj68APRUYcZ6Xpu1RdysyM4ETx5xcMmS98JFK-J4Jg/s320/matthias7.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span class="apple-converted-space"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Aparece junto com o astronauta </span></span><span style="background: white; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Neil Armstrong<i>;</i></span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background: white; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><i><br /></i></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGps72MWgL1k0xXIeLWU5eUDZgaTvhngPmlLuNLN3gombjkaUCENwg_olNIl5tDUJjA5df6th2MlJgEdwYeY3_9_Q-sf1X9iFgKVftOf_gqItZgpl3k54wUM8mAwoRU_nTKmyY3yUOzdI/s1600/matthias8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><img border="0" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGps72MWgL1k0xXIeLWU5eUDZgaTvhngPmlLuNLN3gombjkaUCENwg_olNIl5tDUJjA5df6th2MlJgEdwYeY3_9_Q-sf1X9iFgKVftOf_gqItZgpl3k54wUM8mAwoRU_nTKmyY3yUOzdI/s320/matthias8.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background: white; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Abana para a multidão junto com </span><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">John</span><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> F. Kennedy;<o:p></o:p></span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_iVJqeBWJZkS3J651HUoZPxv8n1AEMihPQttdKWC2SD0Iy43lQSk5WancLQ73d4Z7kxJPpTqtiOB_yildieQFUQ_3tbI9nfx3fxH-aPrEowNlWGl7EU5NodoqZCPGC8aUdqSC1WaQaTs/s1600/matthias9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_iVJqeBWJZkS3J651HUoZPxv8n1AEMihPQttdKWC2SD0Iy43lQSk5WancLQ73d4Z7kxJPpTqtiOB_yildieQFUQ_3tbI9nfx3fxH-aPrEowNlWGl7EU5NodoqZCPGC8aUdqSC1WaQaTs/s1600/matthias9.jpg" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E vejam que maravilha, posa
para foto ao lado de Superman.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Se antes os dirigentes soviéticos faziam
desaparecer presenças incômodas das fotografias, Wähner faz o oposto: ele
é uma espécie de intruso banal que participa da cena, que aparece onde não foi
chamado. O </span><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">trabalho de Matthias é uma crítica
à mídia e à credibilidade que lhe é concedida. Além da presença do elemento
irônico, a série <i>Mann ohne Eigenschaften</i>
visa criar um jogo entre o real e o ficcional.</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Joan Fontcuberta </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">publicou,</span><span lang="ES-TRAD" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> em
1997,</span><span lang="ES-TRAD" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">o livro </span><i><span lang="ES-TRAD" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">El beso de Judas. Fotografía y Verdad</span></i><span lang="ES-TRAD" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">, no qual ele
afirma que </span><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">a fotografia, sem exceção, é uma
ficção que se apresenta como verdadeira. É necessário que o observador perceba
que, ao contrário do que diz o senso comum, a fotografia mente sempre, mente
por instinto e mente porque sua natureza não lhe permite fazer outra coisa.</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> É exatamente isso que Wähner demonstra em seu
trabalho. </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">As </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">fotografias
em tons de preto e branco complementam o artifício documental que valoriza mais
a função temporal da imagem. As imagens ironizam a pretensão documental da
fotografia. Através desse jogo manipulativo, questões referentes à verdade e à
alteração de fotografias documentais em prol da arte são levantadas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">E para quem pensa que a
manipulação fotográfica se disseminou somente após a era digital, assista ao
curta <i>A lenda do fotógrafo oficial</i>, presente no filme <i>Amintiri din
epoca de aur </i>(<i>Contos da Era Dourada</i>, </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">2009).<b><o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">*
Encontrei somente uma parte legendada em inglês no <a href="http://vimeo.com/41054072" target="_blank">Vimeo</a> ou inteiro e sem
legendas no <a href="http://www.youtube.com/watch?v=zw7nRegOjDE" target="_blank">Youtube</a>.</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-46250237782275352552013-08-23T18:43:00.003-07:002013-08-23T18:43:59.376-07:00Benjamin Button: refletindo os tempos da vida<span style="background-color: #cfe2f3;"><span style="color: #222222; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: xx-small; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Ingrid escreve para a coluna </span><a href="http://blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/desacomodacao.html" style="color: #2b5797; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Desacomodação</a>.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikm0A7XtgpuxwQ6EneDelnYQoVuTYeW-MmNfO30IZpr_G6jrfS5QLRXDG3iveh4FT6gb5uPaFqREmbvQJBlyRH_Y-SqL8A25ASxa8XneXwXwEzhdAZjHm_9cMHrFl2M1Uky40r6lIt910/s1600/o_curioso_caso_de_benjamin_button_41.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikm0A7XtgpuxwQ6EneDelnYQoVuTYeW-MmNfO30IZpr_G6jrfS5QLRXDG3iveh4FT6gb5uPaFqREmbvQJBlyRH_Y-SqL8A25ASxa8XneXwXwEzhdAZjHm_9cMHrFl2M1Uky40r6lIt910/s320/o_curioso_caso_de_benjamin_button_41.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Esse final de semana assisti um filme
meio batido já, mas que havia passado diversas vezes na minha mão, e, por
alguma interrupção, acabava não vendo. Cheguei ao ponto de locar e devolver sem
ter visto. Dessa vez assisti pelo estímulo de alguém especial no campo das
“sensibilidades” da vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sem querer futriquei nas coisas velhas
do meu pai e encontrei este filme.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Admito não ter assistido muitos filmes
nos últimos tempos, coisa que gostava de fazer e não sei por qual razão fui
secundarizando e parando. Sempre preferi filmes fora da rota norte-americana.
Sem atores do “the Oscar goes to”... mas enfim, dessa vez foi o Brad. Meu amigo
Brad Pitt. Desde que era criança eu já era encantada com ele. Sinal de que o
homem envelheceu e continua no top do meu imaginário. Ainda que muita gente já
tenha falado sobre este filme com muito debate e muitas críticas, resolvi falar
no Benjamin Button. Sabia que era um conto, mas também nunca li. O que me
prendeu para escrever sobre o filme foi a ideia (dessa vez não foi o meu amigo
Brad). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Logo que o filme estava no topo da
onda, a ideia do envelhecimento não me comovia da forma como comove hoje. Acho
que isso me acordou. Beirava os 30 com aquela ideia de adolescente de que
trinta anos era a metade da vida e que seria uma adulta. Os vinte e poucos
ainda nos faz sentir meio adolescente eu acho. Ter feito trinta me despertou
para coisas incríveis, mas também veio junto a ideia de ir deixando algumas
coisas da juventude. Uma pessoa de 60 anos lendo isso vai achar que eu sou uma
exagerada. Mas façamos o exercício da sensação que tiveram ao ultrapassar
marcas. Os 30 é uma. Talvez os 40 outra. Os 50 muito mais. E daí por diante só
vivendo para saber que sensação dará. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em outro momento escrevi sobre a
exigência da mídia e do mundo do consumo sobre a dura carga que recebemos
diariamente de que não podemos envelhecer. Homens carregam menos esta carga. Mas
as mulheres cotidianamente são cobradas de que não podem envelhecer. E que
riqueza de coisas poderiam ser ditas nessa linha de raciocínio sobre o filme!
Comecei a ter rugas, cabelos brancos, coisas chatas deste tipo. A pele já
começa a ficar mais molenga. E junto de tudo isto a culpa por estar
envelhecendo, pegando sol, indo à luta e correndo riscos. Mas a culpa da culpa
do envelhecimento não é do próprio indivíduo. É sem dúvida nenhuma, da cultura
que estamos que nos diz que o enrugado é feio. Que o velho é obsoleto. Que
estamos perdendo prazo de validade. Mais do que a estética. A essência. Quantos
de nós efetivamente se dispõe a valorizar o poço de sabedoria que carrega uma
pessoa mais velha? Geralmente só depois que nós mesmos começamos a envelhecer e
olhe lá. Não estamos sendo criados nem educados para conhecer a história de
quem vive há mais tempo que nós. Em muitos casos não estamos sendo sequer
orientados ao respeito nas relações com quem é mais velho. Pelo contrário,
diariamente vivemos a intolerância aos que chegaram primeiro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Uma parte que me chamou muito a
atenção foi quando a Daisy já mais velha que o Benjamin, transa com ele pela
última vez, já com o corpo mais envelhecido e morrendo de vergonha enquanto ele
ficava ainda mais jovem. E, no entanto, o filme faz com que sintamos agonia por
aquele que está rejuvenescendo enquanto o fluxo da vida é envelhecer. O passar
do tempo de Benjamin me provocou angústia, pois ficar mais jovem acabou não
importando, muito pelo contrário, era um relógio ao contrário muito triste em
que o que de fato não se queria passar era pela morte. A morte tão mal
trabalhada em nossa cultura branca ocidental. Mas mais do que isto. Enquanto
Benjamin ficava criança, ia esquecendo sua história. De seu passado. Exatamente
como acontece quando estamos bem velhinhos. Quando estamos totalmente
vulneráveis à confiança de alguém que nos cuide. Chorei muito na cena <st1:personname productid="em que Daisy" w:st="on">em que Daisy</st1:personname> segura o bebê
no colo tão indefeso. E logo depois Benjamin morre. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A metáfora da eterna necessidade de
que precisamos do “outro” na vida. E até na morte. De que é impossível conceber
sermos humanos e sermos sós. Porém, o
conto promove uma repensada para a morte, mas muito mais do que isto, repensa a
vida. Sim, já me peguei pensando que sou muito velha para aprender algumas
coisas, por exemplo, que exijam algum talento artístico ou físico que não tenha
sido estimulada antes. Depois de mais velha, a personagem nadadora finalmente
conseguiu atravessar o Canal da Mancha. Exemplo banal: futebol, aprendi aos 25
achando que não aprenderia mais porque não me ensinaram no colégio e porque não
era brincadeira de rua de menina, e, portanto, não peguei a “manha” quando
criança. E há muito pouco tempo disse que nunca aprenderia a tocar violão
porque não tenho coordenação motora e já era meu tempo para esse tipo de coisa.
O filme do Benjamin Button me deu um “sacolejo” com uma força tal, que acho que
se eu quisesse aprender a pular de para-quedas (mas quisesse muito), eu iria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E com isso, pensei que enquanto
estiver viva quero me desafiar a aprender exatamente tudo aquilo que der
vontade e que não sei. Porque do contrário, a vida se passará só na repetição.
Quantas e quantas vezes escutei meu pai dizendo que não faria mais tal coisa
porque estava velho. E diariamente enfiamos na cabeça que estamos velhos demais
para alguma coisa. Baseando-se sempre no humano “prodígio” de que talentoso
nasce assim ou que para saber fazer algo tem que ser muito bom, ou iluminado,
ou predestinado, acabamos não desafiando a nós mesmos. Tampouco injetando
adrenalina, ou hormônios de felicidade. Quantas e quantas pessoas conseguiram
se alfabetizar depois dos 50 anos no Brasil? E que mundo novo colorido
descobriram ao interpretar o mistério lindo das letras? Isso é fantástico. Quantas
e quantas outras só puderam fazer o Ensino Médio ou um curso superior já depois
dos 40? 50? Quanta vida lá fora. Me emociono de lembrar da viagem feita à
Venezuela em 2007, onde conheci uma universidade popular em que os alunos
noturnos eram pessoas mais velhas, trabalhadores e trabalhadoras contando
encantadas da concretização de cursarem Direito, o curso dos seus sonhos, já em
idade bastante madura. Lindo demais. Minha tia-avó, uma pessoa muito especial
que carrego na minha alma, passou a vida inteira esperando pelo meu tio para ir
a algum lugar. Com 60 ou mais, aprendeu a dirigir. Comoção na família. Morria
de medo. Não subia ladeira de jeito nenhum. Teve algumas aulas de direção com o
próprio neto. Hoje com 76 ela vai onde quiser dentro da cidade. E a
possibilidade singela da locomoção que para muitos é banal, abriu-se a ela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Daisy em diversos momentos, ao se
punir por não poder mais dançar ballet, sua paixão, acabava policiando-se e
repetindo: “jamais sinta autopiedade de novo”. E acho que esse foi um grande
aprendizado. Das coisas que fazíamos e não podemos mais fazer. Das coisas que
nunca fizemos e não sabemos sequer que
somos capazes. Resumindo: chorei como criança, como adulta e como velha. Que
bom poder envelhecer. É um alívio imaginar que ficaremos enrugados, velhos, até
mesmo com dificuldades de locomoção, de memória, com limitações. Mas que
tenhamos tentado e estejamos acima de tudo, vivos para recomeçar tudo de novo a
qualquer tempo que desejarmos.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-81050503768808929432013-08-21T18:13:00.000-07:002013-08-21T18:13:22.033-07:00A day in the life<i style="background-color: #cfe2f3; border: none; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 21px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Helena escreve para a coluna <span style="color: #073763; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><a href="http://blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/from-hell.html" style="color: #2b5797; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">From Hell</a> </span></span></i><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit60Rv7PQnwPEUzghuynl9yaS1Y5WUj7SJ7eLNZH80N5uHWBRLD3xbgsdn5LHkmVjpHcmarqHt0X8O3pkDN0T7hm4612_PUld2CT88Mw9ADpyM1Sx6xhvaEm9qHHLPL1ZaDNIz6VTrY_0/s1600/adayinthelife.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit60Rv7PQnwPEUzghuynl9yaS1Y5WUj7SJ7eLNZH80N5uHWBRLD3xbgsdn5LHkmVjpHcmarqHt0X8O3pkDN0T7hm4612_PUld2CT88Mw9ADpyM1Sx6xhvaEm9qHHLPL1ZaDNIz6VTrY_0/s320/adayinthelife.jpg" width="320" /></a></div>
<i style="background-color: #cfe2f3; border: none; color: #222222; font-size: 12px; line-height: 21px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="color: #073763; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></span></i>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Brian morava numa bolha de
plástico e criava porcos. Tia Iara já se convencera de que nada mudaria a vida
daquele rapaz. Era aquele eterno acorda-levanta-dá comida aos porcos-sai da
bolha-lava a cara-volta pra bolha-dá atenção aos porcos-conversa com os
porcos-sai da bolha- entra na bolha (pausa pro narrador esquizofrênico respirar)-
limpa as fezes dos porcos-come-conversa com os porcos-dorme. Tia Iara lamentava
tamanha devoção aos bichos. Aos porcos, as batatas, digo, os louros. Brian
vivia pros porcos, ainda que os porcos vivessem em prol próprio. Brian era
ingênuo, coitado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Vai pra rua tomar um ar,
rapazote!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Brian não queria e não
podia. Rua pra quê, se não podia sair da bolha? Tomar um ar? Só podia ser
piada. Até que a bolha era legal. E os porcos, bem, eles não eram os porcos de
Orwell: eram educados e obedientes. Jamais defecavam fora do curral. Não
matavam as amigas e vizinhas galinhas. Nem latiam. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um dia o porco Cipreste, o
mais velho do bando, acordou injuriado, ainda que não fosse imprudente
francamente. Resolveu ler o horóscopo para tentar controlar a angústia. Afinal,
não seria de bom tom preocupar Brian, visto que era um grande e, ao mesmo
tempo, frágil companheiro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Gêmeos,
29 de agosto de 2005:<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Everywhere there's lots of piggies</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
<span style="background: white;">Living piggy lives</span><br />
<span style="background: white;">You can see them out for dinner<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<span style="background: white;">With their piggy wives</span><br />
<span style="background: white;">Clutching forks and knives to eat their bacon.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Do outro
lado do mundo, as coisas obedeciam a ordem natural do agridoce cotidiano. Eric
aparava a barba. Julia coava o café. Roland se preparava para pegar o ônibus.
Caetano voltava pra casa. Jordana esqueceu de desligar o forno e explodiu o
quarteirão inteiro. Stanley redigia o discurso de formatura da turma de
doutorandos em reprodução assistida das abelhas. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Foi nesse
mesmo dia em que Brian descobriu o amor. O fatídico 29 de agosto de 2005. O
Velho Major e o porco Cipreste nunca mais receberam milho na boca. Tiveram que
entoar um canto de rebelião e de revolta e, sem obter sucesso, pularam a cerca.
A bolha estourou, Brian morreu por falta de ar: não se sabe se por emoção ou por
puro descontrole. Estupefato. Não morreu de amor, só as prostitutas de José
Alencar conseguiriam tal feito. Pelo menos é o que constava no atestado de
óbito: “falência múltipla dos pulmões”. O coração estava intacto. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
impostora era uma porca disfarçada de gente. Queria o curral só pra si.
Espantou os outros porcos, matou o pobre Brian tirando-lhe todo ar. Não apelou
pro coração, seria golpe baixo. Até os porcos sabem ser éticos, ela alegaria
tardiamente. Tirou o ar dos pulmões, roubou-lhe o que mais lhe faltava. Tia
Iara fez as malas e foi morar em Yukon.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Jasmine, a
porquinha astuta,<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2857604419113867837" name="_GoBack"></a> agora reina em paz e soberana na
fazenda de Brian. Não tem milho, não tem amigos, só tem terras e sujeira. E
bacon em abundância.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Será que
ainda tem cerveja na geladeira?<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Do outro
lado do mundo, eu ganhava na loteria.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">The end<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nota do
autor: nenhum animal foi prejudicado durante a produção desta história.</span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<i style="background-color: #cfe2f3; border: none; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 21px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="color: #073763; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-11675019715234888192013-08-20T15:28:00.001-07:002013-08-20T15:28:12.910-07:00As manifestações e os partidos<span style="background-color: #cfe2f3;"><span style="color: #222222; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: xx-small; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Leandro escreve para a coluna </span><a href="http://blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/o-rei-esta-nu.html" style="color: #2b5797; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O Rei Está Nu</a></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIkRlRmrIgqAxEuwVzwaMDEAG0FtK-ayXX-XsIVvT6gr6ff_c0_Fdp8qz_IsUeC5HkBn4LY5t0kBBZ8h-5QGgEKKGaKd_RGhdgpEw5H6p7SV0FVOPqXTddXn5AuC9CnoAb8mXaK6WUxBo/s1600/imagem1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIkRlRmrIgqAxEuwVzwaMDEAG0FtK-ayXX-XsIVvT6gr6ff_c0_Fdp8qz_IsUeC5HkBn4LY5t0kBBZ8h-5QGgEKKGaKd_RGhdgpEw5H6p7SV0FVOPqXTddXn5AuC9CnoAb8mXaK6WUxBo/s320/imagem1.png" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">As manifestações que tomaram conta do país em junho
têm nos permitido diversos debates e reflexões políticas, não apenas a cerca de
sua legitimidade ou eficácia quanto aos diferentes métodos de transformação
social, mas principalmente quanto ao papel que exercem os representantes
políticos, partidos, sindicatos e demais organizações burocráticas. O recente
manifesto do PSTU, onde o partido critica abertamente a atuação de grupos mais
radicais que optam por ações diretas contra o capital e as instituições, como
os chamados "Black Blocs" (aqui: </span><a href="http://www.pstu.org.br/node/19855" target="_blank"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;">http://www.pstu.org.br/node/19855</span></a><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">)</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">, nos
apresenta de forma muito clara as contradições que surgem nas esquerdas. Faz-se
necessário nesse momento, portanto, buscar compreender esses diferentes
discursos, interesses e possíveis oportunismos que surgem na arena política,
evitando análises ingênuas, simplistas e superficiais. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas não é exatamente sobre os protestos e seus
possíveis rumos que eu gostaria de abordar nesse momento. Gostaria de me ater basicamente
ao posicionamento das esquerdas partidárias diante dos protestos, e promover
uma crítica a sua forma de ação e relacionamento com as massas,
independentemente de suas distintas orientações ideológicas. O eixo da minha
análise é o papel que exerce o Partido na concepção dessas esquerdas,
considerado para os alguns segmentos marxistas a "vanguarda
revolucionária", que terá por função guiar e orientar as massas (segundo
eles alienadas, desprovidas de um direcionamento claro) tendo como fim a tomada
do poder para, daí em diante, promover o que chamam de
"socialismo". <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">"A verdadeira revolução é a ação das massas,
não a de pequenos grupos." diz o PSTU em nota, quando critica a ação dos
grupos anarquistas. Mas o que seriam os partidos de esquerda hoje, a pretensa
"elite intelectual", além de pequenos grupos muito distantes de um
relacionamento concreto com os grupos sociais que supostamente defendem? Que
papel tem exercido essas elites ao longo da história do movimento operário no
Brasil e no mundo e da luta pelo socialismo, se não o da cooptação e a traição
à classe operária? E mais: que tipo de ação exercem hoje e quais benefícios
essas ações tem trazido para a suposta revolução que pretendem? Tais segmentos
da esquerda partidária, como o PSTU, ignoram o papel do indivíduo enquanto ator
político atuante para tomá-lo apenas como integrante das massas, passivo diante
de fatores políticos e econômicos externos, diante das decisões de suas
lideranças. Ignora ainda que todas as manifestações ocorridas no país recentemente
decorrem justamente da ação inicial dos pequenos grupos, que tomaram a
dianteira das manifestações pelo passe livre, desencadeando uma onda de
protestos por todo o país. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os partidos políticos tem se tornado, ao longo das
últimas décadas, instituições cada vez mais distanciadas dos seus reais
propósitos enquanto instrumentos da classe trabalhadora para sua emancipação .
O que se vê hoje nas ruas, nos protestos que têm ocorrido no Brasil e por todo
o mundo, não é uma juventude despolitizada ou desprovida de ideologia , como
afirmam alguns segmentos esquerdistas, mas uma total crise de representatividade
e de falta de confiança nas instituições burocráticas. O jovem que levanta sua
bandeira "sem partido" nas manifestações não é o jovem que necessita
maior conhecimento e compreensão da importância do papel dos partidos para a organização
da classe trabalhadora, mas sim o jovem que não se vê representado por estes
partidos. Daí decorre a necessidade de se repensar e promover novas formas de
atuação e organização, que superem os instrumentos arcaicos de organização. Faz-se
mais do que necessário que as esquerdas repensem os próprios conceitos de
"organização" e "representação", que em suas concepções
manifestam pretensões políticas de modo geral autoritárias e superadas
historicamente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwohiOZ_VRgXbD7tEmJEjJvzsc3MLGSYTGLIeS3TXjDca5QU1lACrFWqHDXoYNzHfTRzpL536ob8XaBXt1QpYCqv3kPXTBDZfE17EAJDtphX2VRKGMoIXgPdUiRa2GOiDmmcbB1VgzSJQ/s1600/charge2009-cargos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwohiOZ_VRgXbD7tEmJEjJvzsc3MLGSYTGLIeS3TXjDca5QU1lACrFWqHDXoYNzHfTRzpL536ob8XaBXt1QpYCqv3kPXTBDZfE17EAJDtphX2VRKGMoIXgPdUiRa2GOiDmmcbB1VgzSJQ/s1600/charge2009-cargos.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Quando o PSTU e demais partidos de esquerda ecoam
tais discursos contra “</span><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">a falta de um programa
revolucionário” e as </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">ações anticapitalistas isoladas faz um verdadeiro
desserviço à própria revolução que supostamente defende. Afinal, o que seria a
revolução socialista se não uma afronta ao próprio Estado, às instituições
burguesas de repressão e ao capital? Em que medida se faz necessário
conhecimento acadêmico e programa de governo para possuir consciência de classe
e agir concretamente? Ao invés de unirem-se às massas e buscarem compreender
seus anseios e diferentes formas de organização, o PSTU afirma um
posicionamento cada vez mais distanciado das lutas populares, dos grupos que
ousam empreender táticas que fogem ao alcance de suas cartilhas. E pior:
legitimam a própria repressão policial nas manifestações, quando atribuem aos
“Black Blocs” a responsabilidade pela atuação violenta da PM que, segundo eles,
seria apenas uma resposta à violência dos anarquistas. A mediocridade é tão
grande que acabam por assimilar esse discurso conservador, pacífico e ordeiro
das classes dominantes, em nome da defesa de uma suposta “</span><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">radicalização da democracia” – que democracia? Não se trata
de discutir aqui a eficácia de tais métodos de ataques a bancos e lojas, mas
sim a legitimidade dessas ações enquanto ação simbólica de resistência
anticapitalista. Os “Black Blocs” não constituem grupos organizados e
desprovidos de ideologia ou programa revolucionário, como sugere a nota do
PSTU, representam apenas formas de atuação e resistência.</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O Partido é concebido por estes sob os moldes de
uma religião: hierárquica, autoritária e, portanto, antidemocrática, na medida
em que o papel da militância resume-se a acatar as ordens de seus dirigentes.
Seus programas, independentemente de seu viés teórico e ideológico, não
constituem uma afronta à ordem do capital e estão desprovidos de qualquer real pretensão
de transformação social, limitando-se a velhos reformismos. Os mais
"radicais" da esquerda partidária defendem a apropriação pelo Estado
dos bancos e grandes empresas, para a promoção de suas reformas. Mas não
pretendem a emancipação dos trabalhadores, não consideram a atuação efetiva e
fundamental das massas, que em suas concepções não é nada além de instrumento
de manobra, que deverá ser politizada e guiada de acordo com seus propósitos. A
"revolução" que pretendem não é a revolução dos trabalhadores e dos
grupos sociais oprimidos, mas sim a revolução de uma minoria de intelectuais.
Ela não será feita nas ruas, nas lutas de resistência cotidiana, mas sim em
seus gabinetes, nas suas velhas instituições falidas, onde a burocracia
hierarquizada impede a presença e atuação efetiva dos reais interessados na
revolução.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um artifício bastante recorrente na esquerda
partidária é a analogia de toda e qualquer crítica a política partidária às
ideologias fascistas e aos regimes totalitários, relacionando a abolição dos
partidos nas ditaduras à luta do povo contra toda e qualquer instituição
burocrática. Nada mais anti-marxista do que tal posicionamento, que tende a
desconsiderar a possibilidade da autonomia do povo na medida em que propõe a
política partidária como única alternativa viável.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É necessário buscar novas formas de atuação e
relacionamento com as classes populares. É preciso pensar formas de
auto-organização, que não se limite aos partidos e sindicatos e que não se subordine
a qualquer forma de oportunismo político. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A discussão de viés partidário não interessa aos
trabalhadores, na medida em que personifica questões estruturais complexas e
mina a própria luta de classes, reduzindo-a a uma mera briga de partidos.
Portanto não ajuda a avançar o debate. É prec<a href="" name="_GoBack"></a>iso superar tais
discursos rasos e reducionistas.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não falo aqui em produzir cartilhas ou receitas de
bolo para a revolução, mas acredito piamente na autonomia dos trabalhadores e
de todas as camadas sociais oprimidas, em sua capacidade de se organizar e
atuar diretamente na esfera política sem ser cooptado por interesses externos,
sem necessitar de lideranças e quaisquer instituições burocráticas. A revolução
não surge de forma espontânea do dia pra noite, ela não é imediata. Mas se
constrói nas ações cotidianas de resistência a toda e qualquer forma de
opressão, seja ela privada ou Estatal. À revolução não interessa a mera troca
de governos ou sistemas políticos que mantenham a mesma estrutura social, a
mesma divisão entre comandantes e comandados, exploradores e explorados. À
revolução só interessa uma verdadeira mudança de paradigmas que destrua as
velhas instituições e promova, de fato, uma revolução do povo, pelo povo e para
o povo.</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-53797136476868947832013-08-19T18:31:00.002-07:002013-08-19T18:31:49.156-07:00O Zé e a carne de pescoço<span style="background-color: #cfe2f3;"><span style="color: #222222; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: xx-small; line-height: 18px;">Ane Brasil escreve para a coluna </span><a href="http://www.blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/soy-contra.html" style="color: #2b5797; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Soy Contra!</a></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 9pt;">
</div>
<div style="line-height: 19.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">Moravam numa mesma casa 5 manés: o Rafa, o Marcelo, o Rodrigo, o
Alexandre e o Zé.</span></div>
<div style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">Um belo dia, Rafa, Marcelo, Rodrigo e Alexandre chegaram do trabalho e
resolveram fazer uma galinhada. chegou mais gente, todo mundo comeu e se
fartou... e alguém lembrou do Zé.</span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><div style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">Deixaram um pouquinho pro Zé, mas, nesse pouquinho, só tinha carne de
pescoço.</span></div>
<div style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">Ao chegar, exausto e esfomeado, Zé comeu toda a carne de pescoço que havia. E
comia com volúpia.</span></div>
<div style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">- Tem mais?</span></div>
<div style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">- Tem mais não, véi, ‘cabô!</span></div>
<div style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">Passaram-se algumas semanas, nova galinhada... e a história se repetiu: pro Zé,
só a carne de pescoço restou.</span></div>
<div style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">Novamente, ao chegar, exaurido e faminto, Zé comeu toda a carne de pescoço que
lhe fora destinada. Elogiou o tempero.</span></div>
<div style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">- Só isso?</span></div>
<div style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">- É, ‘cabô, tem mais não, véi!</span></div>
<div style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">Dali um mês, Zé conseguiu uma folga e calhou de ser, justamente, no dia da tal
galinhada. Então Zé soube que na galinhada ia coxinha, peito, sobrecoxa,
asinha... e carne de pescoço, naturalmente.</span></div>
<div style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">Quando Zé serviu no prato duas sobrecoxas...</span></div>
<div style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">- Pô, a gente até trouxe mais carne de pescoço pra ti!</span></div>
<div style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">- Carne de pescoço?</span></div>
<div style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">- É, tu não gosta de carne de pescoço?</span></div>
<div style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">- Não, só comi porque era o que tinha e eu 'tava com fome.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 25.59375px;"><br /></span></div>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">(Essa história se aplica ao conteúdo da TV aberta, ao que você vê nas vitrines,
ao que toca nas rádios.... e ao que mais você julgar adequado. A história não é
minha, ouvi de não sei quem, num sei onde, não </span><a href="" name="_GoBack" style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;"></a><span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;">sei
quando...)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDzLm50mfO8Kp0zZEibHbWF0uxUkkqYc6Z_vevPcPMh6C05XMrNYfQRrEJvphCK3q0mCiv4IhfOjisaOBQmmJ2VzG-aSOittzPToTRQxmz-g3nX8HTFsVMDVwE1h4q4SPuBjy3mxTUSbE/s1600/barraco_teve.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="322" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDzLm50mfO8Kp0zZEibHbWF0uxUkkqYc6Z_vevPcPMh6C05XMrNYfQRrEJvphCK3q0mCiv4IhfOjisaOBQmmJ2VzG-aSOittzPToTRQxmz-g3nX8HTFsVMDVwE1h4q4SPuBjy3mxTUSbE/s400/barraco_teve.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 19.2pt;"><br /></span></div>
</span></span>Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-84519351028842413122013-08-17T19:10:00.001-07:002013-08-31T11:46:22.471-07:00Antes de cometer suicídio, leia Enrique Vila-Matas<i style="background-color: #cfe2f3; border: none; color: #222222; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Samy escreve para a coluna <a href="http://blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/sem-titulo.html" style="color: #2b5797; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Sem Título</a></i><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimeXH5yLo0shfIJknYI1CIEl-yOXzln419D1ZV0k4mPCuSJ4_kPAhUlR5SMGbw5YMqc_vw-ttHfTs2SQZBVtK7LQhJSyimHYTGQ_vRpkMFG23ZWBrv820Wz9AUPb5vQ-vz4HCHdlC3tLA/s1600/suicidios_exemplares_not.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimeXH5yLo0shfIJknYI1CIEl-yOXzln419D1ZV0k4mPCuSJ4_kPAhUlR5SMGbw5YMqc_vw-ttHfTs2SQZBVtK7LQhJSyimHYTGQ_vRpkMFG23ZWBrv820Wz9AUPb5vQ-vz4HCHdlC3tLA/s320/suicidios_exemplares_not.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="line-height: 18pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Afinal, a vida vale ou não vale a pena ser vivida? Essa é a
questão central – e continuamente revisitada - da filosofia de Albert Camus. Em
um período turbulento em decorrência da Segunda Guerra Mundial, tal autor se
propôs a definir o absurdo. No livro<span class="apple-converted-space"> </span><i>O
mito de Sísifo</i><span class="apple-converted-space"> </span>(1942),
afirmou que um homem que se mata acaba por admitir que foi superado pela vida
ou que não a entendeu, sobretudo porque em um mundo que não pode ser explicado,
o homem tende a se sentir como um estrangeiro. O sentimento do absurdo a respeito
da vida foi definido por ele como “a estranheza do mundo; o mal estar perante a
crueldade do homem; a incalculável queda diante da imagem daquilo que somos; a
náusea”.</span><o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 18pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Cito Camus por um motivo específico: pretendo falar de um livro de
Enrique Vila-Matas. À primeira vista, para quem conhece o trabalho desse
escritor catalão, tal aproximação pode soar estranha. Todavia,<span class="apple-converted-space"> </span><i>Suicídios exemplares</i><span class="apple-converted-space"> </span>(1991) é um livro de contos com foco
em dois temas:<span class="apple-converted-space"> </span></span><span lang="PT" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">vida e negação.<span class="apple-converted-space"> </span></span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A</span><span lang="PT" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">s 12 histórias escritas por<span class="apple-converted-space"> </span></span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Vila-Matas<span class="apple-converted-space"> </span></span><span lang="PT" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">giram em torno da possibilidade do suicídio. Fala-se em possibilidade
porque nenhuma das personagens chega a executar tal ato. A narrativa é
entremeada por uma sutil ironia e por uma leve amargura existencialista. O
autor não enfatiza a morte; pelo contrário, ele ressalta como suas personagens
sobrevivem dia após dia. Bem como Camus, Vila-Matas não vê o suicídio como uma
resposta para o absurdo da vida. Reafirma, em cada um de seus contos, que se
deve viver e, por conseguinte, revoltar-se.</span><o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 18pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O acaso, nessa obra vila-matasiana, também é tema presente. No
conto “O colecionador de tempestades”, a personagem, obcecada pelo suicídio,
programa-o de forma engenhosa e perfeccionista, mas minutos antes de executar
sua vontade, imprevistamente, morre em conseqüência de problemas cardíacos.
Neste momento, a ironia, o ridículo e o absurdo se ligam intimamente.<span class="apple-converted-space"> </span></span><span lang="PT" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Em “A noite da íris negra”, um casal viaja a uma ilha com um extenso
histórico de suicídios. No decorrer da narrativa, descobrem a existência de uma
sociedade secreta cujos membros compactuam com a ideia de fazer da morte uma
obra independente do acaso.<span class="apple-converted-space"> </span></span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">No
conto “Rosa Schwazer volta à vida”, a personagem, descontente com sua
existência, percebe e sente o absurdo, tornando-se obstinada pela ideia de se
matar: “cometer haraquiri, envenenar-se, atirar-se na frente de um carro”.
Entretanto, acaba sempre protelando o inevitável. “Em busca do parceiro
eletrizante” narra a história de um ator infame que sai à procura de um
parceiro para formar uma dupla cômica e, dessa forma, voltar a fazer sucesso.
Porém, descobre que seu parceiro ideal morreu. Assim, visando formar a dupla no
além, pensa em se matar.<span class="apple-converted-space"> </span></span><o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 18pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Esses contos remetem às reflexões de Friedrich Nietzsche. Para
tal autor, não existindo nenhum direito que permita a um homem tirar a morte de
outro, o pensamento a respeito do suicídio se torna um consolo, pois para
Nietzsche, é pertinente morrer orgulhosamente quando não é mais possível viver
orgulhosamente. Ou seja, por amor à vida deveria se morrer livre e
conscientemente, sem depender do acaso.</span><o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 18pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Nas demais histórias, todas as personagens são facilmente
comparáveis às pessoas do nosso cotidiano. Todos vivem em meio ao absurdo e se
deixam possuir, uma hora ou outra, pela fantasia de se matar, seja atraindo
raios, tomando estricnina, jogando-se no vazio ou definhando por saudade. Ainda
assim,<span class="apple-converted-space"> </span><i>Suicídios exemplares</i><span class="apple-converted-space"> </span>é um livro que exalta a vida e o
suicídio não é visto como um signo de derrota, mas como uma possibilidade de
controle do homem sobre a sua própria existência.</span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-63932196121978387542013-08-16T18:26:00.005-07:002013-09-19T11:39:15.206-07:00Onde está o crime e qual a relevância de sê-lo?<i style="background-color: #cfe2f3; border: none; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 21px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Vívian Andrade escreve para a coluna <span style="color: #073763; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><a href="http://blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/polemicao.html" style="color: #2b5797; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">PolemiCÃO</a> </span></span></i><br />
<i style="background-color: #cfe2f3; border: none; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 21px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="color: #073763; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span></span></i>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5CPTjzoq3sQlWbvBJN4ROOaSJqLgzq8QQDWO_iAHiMQE_2ChFv-BcP3OmiwN_g-qT2fUnRRG_ev501FLaE3tkbsYSvLNTBxKEAKVNKh-30AyBe7VaeeOI_UQRVQx0Ggyi2qcWBBviR4c/s1600/Foto+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5CPTjzoq3sQlWbvBJN4ROOaSJqLgzq8QQDWO_iAHiMQE_2ChFv-BcP3OmiwN_g-qT2fUnRRG_ev501FLaE3tkbsYSvLNTBxKEAKVNKh-30AyBe7VaeeOI_UQRVQx0Ggyi2qcWBBviR4c/s400/Foto+1.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-indent: 35.45pt;">A foto é da polêmica
na Marcha das Vadias do Rio de Janeiro. Para quem não sabe, nesta marcha, um casal
quebrou imagens de santos, e um deles introduziu um crucifixo no ânus. Isso deu
pano pra manga nas redes sociais e fora delas também.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik2XNzs1UQUY_e2v42hnrHhx22TmdxpW497LT82Y1oG0J4xcypLMsDCug0rOAP_5wT2_O_dT9utLL3UMP0XyiG-E9JH2G8Yk4KxgqmhgW9MvyEQkCkrT5TeA6-EI33-nIyViEcz902cyE/s1600/Foto+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik2XNzs1UQUY_e2v42hnrHhx22TmdxpW497LT82Y1oG0J4xcypLMsDCug0rOAP_5wT2_O_dT9utLL3UMP0XyiG-E9JH2G8Yk4KxgqmhgW9MvyEQkCkrT5TeA6-EI33-nIyViEcz902cyE/s400/Foto+3.jpg" width="266" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKXn-BSUKyYfmruGWK5x6zKwXj4oj3PDUR3kC7pcoM0pdXJJdymiyc9M6X_UgCmnlHhT-Fz5t6xgcjWUKY4HgbzDoVJMQtlmCBIjfcb-5hUy1jqzTh5s2Kq0J1mYdxEjj1rVJXZn4N_3Q/s1600/Foto+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKXn-BSUKyYfmruGWK5x6zKwXj4oj3PDUR3kC7pcoM0pdXJJdymiyc9M6X_UgCmnlHhT-Fz5t6xgcjWUKY4HgbzDoVJMQtlmCBIjfcb-5hUy1jqzTh5s2Kq0J1mYdxEjj1rVJXZn4N_3Q/s400/Foto+2.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-indent: 35.45pt;">Discuti
amplamente sobre o acontecido, posicionando-me a favor do protesto e
salientando uma questão que me parece clave: a responsabilidade individual de
fazer parte – por livre e espontânea vontade - de um grupo que prega o ódio a
certas minorias e busca cercear direitos de outras pessoas baseado em normas da
sua religião (e a sua religião é apenas uma dentre as milhares que há e que já
houve). Ou seja, se você vê que o grupo ao qual pertence faz mal a algumas
pessoas e ainda assim você participa dele, você tem responsabilidade pelo mal
que o grupo causa, ainda que não seja você o responsável direto. E se é assim,
você, antes de recriminar tal performance, deveria deixar de participar deste
grupo e ainda pedir desculpas às pessoas das minorias que foram prejudicadas
por você, mesmo que indiretamente. É aquela frase muito batida ultimamente (e
faz falta batê-la mais, pelo visto):</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: #f79646; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-themecolor: accent6;">Não confunda a reação do oprimido
com a violência do opressor.<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmwdX1wv87MNTKGVN-RghmFZIkuTvi_FMm5B4M8R_ddVR0zxLC7rcqnvTLTDfcAEp26FGo6HsXX-newEtZ8xGMhB-U-V7KTfkO1EVgkbYAMJoGV1BJet4UcCdKBSe4vmBTiSg0o_cc1Dk/s1600/Foto+4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmwdX1wv87MNTKGVN-RghmFZIkuTvi_FMm5B4M8R_ddVR0zxLC7rcqnvTLTDfcAEp26FGo6HsXX-newEtZ8xGMhB-U-V7KTfkO1EVgkbYAMJoGV1BJet4UcCdKBSe4vmBTiSg0o_cc1Dk/s400/Foto+4.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No entanto
não venho a expor minha justificativa aos meus argumentos favoráveis ao acontecimento
em questão. Desta vez, venho trazer à tona uma reflexão mais abstrata e mais
complexa, pois percebi em muitos posts e blogs a alegação de que a tal
performance era um crime. Pessoas, inclusive, sabiam o número dos artigos onde
se enquadrava... pessoas que talvez não saibam o número de mais de dois ou três
artigos da constituição, pessoas talvez que nem sejam tão religiosas. Reparei
como o argumento da ‘lei’ e do ‘crime’ é indiscutível para a maioria delas.
Quando tentei relativizar estes conceitos, alguns me acusaram de mau-caratismo
e de desonestidade. Portanto venho dividir com você o que estive matutando
acerca do crime, da lei e da Justiça.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A expressão
‘guerra justa’ ou injusta é uma expressão que se ouve por aí (no hino do estado
onde nasci, RS, existe a parte “nesta ímpia e injusta guerra”). Isto me fez
refletir sobre</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: right;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Por que, não raro, a ‘Justiça’ está dentro do campo semântico de
‘Guerra’?<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Parece uma
espécie de sem-sentido relacionar guerra à justiça, por dois motivos, na minha
opinião:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">1 – Chega-se a uma guerra porque não houve justiça
anteriormente. A guerra, então, seria o cúmulo da injustiça.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">2 - Em uma guerra, não ganha quem tem razão, senão o mais
forte.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Alguns dizem
que o esporte seria uma sublimação do desejo de guerra (de matar, humilhar,
subjugar, exterminar o outro). Sendo assim ‘Guerra’ estaria dentro do campo
semântico de ‘Esporte’. Há um desejo (embora se saiba que nem sempre sucede) de
que o esporte tenha um resultado justo, de que se faça justiça, muitas vezes a
justiça que não pode/pôde ser feita na vida real (pensemos em dois países que
estejam em guerra jogando um contra o outro). Neste caso, poderíamos desejar
que ganhasse o jogo aquele time ou aquela equipe que sentimos que tem a razão
no conflito fora do esporte, o que coloca a vitória não só no campo da Justiça,
como também no do ‘ter razão’.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A Razão, a
Verdade - segundo o que eu entendo de Foucault – seriam uma outra dimensão da
realidade, ou seja, um filtro através do qual eu vejo e catalogo toda e
qualquer informação. Ao escutar o que uma pessoa diz, ao reparar em algum
fenômeno, ao decidir que decisões tomarei no próximo dia: tudo isso e todo o
mais passa pelo filtro da Razão. Desta maneira, nos parece imprescindível e
lógico, em qualquer situação, julgar de maneira imparcial (é justo), escutar as
diferentes vozes (é verdadeiro e justo), considerar até onde vai a verdade
(enquadrá-la em padrões), levar em conta o que implica e quais as consequências
de dizê-la, escrevê-la, cogitá-la, etc. (testar no mundo real). Uma vez que
determinamos tudo isso, esta informação (que não deixa de ser o ponto de vista
de alguém, portanto relativíssimo), criamos certas crenças a respeito de um
assunto ou pessoa que se assemelha ao conceito de deus: um conceito que se
chegou através de certas averiguações, incontestável, passível de explicação, válido para todos em
qualquer lugar ou tempo. Já que se sabe que em geral não se morre por ideias e
sim por dogmas - essa Verdade, essa Razão, esse deus -, lutaremos para
defendê-los com unhas e dentes. E como a este deus se chegou por meio da
reflexão – há um método, o resultado encontrado está documentado - este deus é
científico. Eis então um dos fatos/deuses científicos: o crime.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A Justiça é
apenas uma ideia. A Justiça não é possível. Aquilo que buscamos que se realize
e chamamos assim não passa de um arremedo de um ideal. É somente uma tentativa
de conformar a sede de justiça do maior número de indivíduos possíveis. O Poder
Judiciário toma decisões que sejam, de alguma maneira, interpretadas como
justas. Veja bem, não que sejam justas, mas sim que pareçam justas. Quanto a
isso, nós, que não temos o poder de decidir sobre a justiça (e por que não?),
dizemos “ok, com este tipo de ação eu sinto que se fez justiça” ou “sinto algo
que faz menção ou presta homenagem ao conceito perfeito (e por isso existente
apenas no mundo das ideias) e ideológico de Justiça”, “ok, me dou por
satisfeita por essa encenação, com estes símbolos que têm a função de
representar a Justiça”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se realmente
tivéssemos interesse em decidir o que é justo, teríamos de avaliar a que
sistemas de valores todas as partes envolvidas estão expostas: quantos deles
permeiam as ações na hora de sentir-se saciadx de Justiça; que posição se toma
(que sistemas ignoro e quais não) na hora de tomar uma decisão dita razoável; que
sistemas de valores devem ser levados em consideração para cada decisão acerca
de um mesmo caso e como escolhê-los; quem terá autoridade para fazer com que sua
palavra seja mais válida, etc. Não é a lei que faz justiça, e tampouco é o
crime a falta dela. Não é porque é crime que é necessariamente mau, e não é
porque foi punido ou há uma punição prescrita que a Justiça se realizou.
Curiosamente, inclusive, existe em direito algo como um perdão judicial para no
caso de que alguém venha a cometer um crime, mas que este já seja uma pena para
aquelx que cometeu (pense no caso de umx bebê que morre asfixiadx por haver
sido esquecidx dentro do carro pelos pais). Este conceito se chama Extinção de
Punibilidade (Art. 107, IX, do Código Penal). É raro, mas existe. Sendo assim,
parece que fazer justiça vai muito além do que vigiar(-se) e punir. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Para mim, o
fato de dizer “é crime” significa que tal ação - segundo um manual -é
considerada como algo prejudicial e há uma punição para quem a fizer. Nada
mais. E dizer que a performance na Marcha das Vadias é um crime não acrescenta
em nada a discussão, que pode ser muito rica se não for encerrada dentro da
nossa necessidade de encarcerá-la em nossas infinitas classificações prontas,
ineficazes e falhas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Observando
como as pessoas se engalfinhavam nas discussões do tema, percebi que a Justiça
mais do que nunca se assemelha a uma guerra: é a procura de um deus que se chama
Verdade, com o qual eu posso aniquilar meu inimigo e possa justificar seu
submetimento através da Razão, coisa contra a qual ninguém poderia argumentar,
visto que a Razão se converteu no mesmo que a Verdade (e encontrar uma ou a
outra converteu-se em prioridade... e, quem sabe, “a” prioridade). Parece-me que preferimos seguir forçando um
resultado ilusoriamente positivo através de testes com os nossos conceitos
perfeitos aplicados a uma realidade imperfeita de seres imperfeitos. Que
desperdício tentar encontrar a Verdade, quando poderíamos ir muito mais além!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sempre tudo é
muito, muito, muito mais complexo do que se imagina. E se Foucault estava certo
e vivemos na sociedade da vigilância; questionar, profanar, inverter e reverter
conceitos deveria ser crime. Opa, já é.(Galileu Galilei mandou perguntar qual é
mesmo o número do(s) Artigo(s) que criminaliza contestar a tradição).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Através das
leis e das normas, vejo, sobretudo, o intuito de defender o poder e o capital.
Além disso, há implicações muito prejudiciais: através de um sistema muito
habilidoso, nós, pessoas sem poder e sem dinheiro, somos afastados da
possibilidade e do acesso a decidir o que é justo (alienação). E sendo a
Justiça tão importante, sendo a Justiça uma das caras da realidade - boa e
correta, sendo o sistema judicial capaz de retirar todos os direitos de uma
pessoa, inclusive o seu bem mais preciso: sua liberdade... como pode o Poder
Judiciário, as leis, as penas acontecerem sem que tenhamos participação? Como
poderia eu deixar a cargo de outrem a Verdade? Como posso eu, quando me sentir
prejudicado ou for acusado de prejudicar, estar alheio ao que me é justo? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Quem não estiver de acordo, por favor,
debatamo-lo. Mi casa es su casa.</span></div>
<i style="background-color: #cfe2f3; border: none; color: #222222; font-size: 12px; line-height: 21px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="color: #073763; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</span></span></i><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm_IJCCwGzYvAxp_mX5gGO5e5FWLfzeAofi025YJr4g4-4PI7qdqQyNJPWVpO9sKEY6yYF_yklHF_Juvx4HkU5A4mJOTMrhMJms_npYIbSPbxB_cnssuVXow9udGTYB6Om023IA2j6I6o/s1600/Foto+5.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm_IJCCwGzYvAxp_mX5gGO5e5FWLfzeAofi025YJr4g4-4PI7qdqQyNJPWVpO9sKEY6yYF_yklHF_Juvx4HkU5A4mJOTMrhMJms_npYIbSPbxB_cnssuVXow9udGTYB6Om023IA2j6I6o/s400/Foto+5.png" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-81631125000424360942013-08-05T18:30:00.001-07:002013-08-05T18:30:43.396-07:00ONDE ESTÁ O AMARILDO, PORRA?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cfe2f3;"><span style="color: #222222; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: xx-small; line-height: 18px; text-align: start;">Ane Brasil escreve para a coluna </span><a href="http://www.blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/soy-contra.html" style="color: #2b5797; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: start; vertical-align: baseline;">Soy Contra!</a></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgusPfT2rj9RmAW6IaLuAPseQ33ExOJIBTQGJGZXca9bIwB7SA32BmBwn3E3scUZ9uXftiY5tVMtMOgYwQQ7DOeTbFrDl39ptSl7Fr-lO_V-yhGldU0nZ5TvOMyzqeRNJSKGGQ1FoTvm8M/s1600/amarildo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgusPfT2rj9RmAW6IaLuAPseQ33ExOJIBTQGJGZXca9bIwB7SA32BmBwn3E3scUZ9uXftiY5tVMtMOgYwQQ7DOeTbFrDl39ptSl7Fr-lO_V-yhGldU0nZ5TvOMyzqeRNJSKGGQ1FoTvm8M/s320/amarildo.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> ONDE ESTÁ O AMARILDO? CADÊ O AMARILDO? São perguntas que estão povoando as redes
sociais nas últimas semanas. Não sei quem escreveu que o caso Amarildo se
conecta ao caso Rubens Paiva por que ambos entraram vivos em um estabelecimento
das forças de segurança do Estado (Rubens Paiva no DOPS e Amarildo na UPP) e
nunca mais foram vistos... mas Rubens Paiva, parlamentar, homem público foi vítima de um Estado de exceção enquanto
Amarildo, preto, pobre, paisano, foi vítima de um Estado onde a exceção é a
regra. Embora Amarildo seja uma exceção. Quantos outros entraram e não saíram
de unidades de segurança? Quantos foram mortos em “autos de resistência” neste
ano no Brasil? Você sabe? Pois eu não sei, teria que recorrer a São Google pra
te responder... Acontece que cada um desses sujeitos – não os chamarei de
cidadãos, pois tiveram a sua cidadania negada desde sempre – tem nome,
sobrenome, uma mãe, uma história, amigos... </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E por que não sabemos quem são? Ora, porque as suas mortes são parte do nosso quotidiano
urbano, porque nos foram descritos como ladrões, malfeitores, marginais... por que
não houve uma voz dissonante pra nos dizer o contrário disso. E por que diabos
com Amarildo foi diferente?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Porque Amarildo não foi só uma vítima, porque Amarildo foi a
gota d’água de um Rio de jaNEURAS onde a polícia se tornou uma facção criminosa
a serviço do Estado. Porque Amarildo foi vitimado num momento em que a grande
impressa não é mais a única detentora da verdade, agora temos um wi-fi na mão e
uma ideia na cabeça... podemos perfeitamente nos comunicar com Rio, Beirute,
Angola, Damasco... sem sairmos do sofá. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Amarildo não é um desaparecido político, é um desaparecido
da política de segurança do Rio de Janeiro, é um desaparecido do sistema
político econômico no qual vivemos, segundo o qual todo o pardo é suspeito,
todo o preto é culpado e todo o pobre é ladrão. Há um rumor de que o corpo de
Amarildo teria sido transportado num caminhão de lixo para um aterro sanitário.
Não há certeza para isso. As ‘otoridadis’ políticas e policiais do RJ vêm tendo
um comportamento vergonhoso nesse caso todo, inventando a cada momento uma
desculpa mais esfarrapada que a outra. A população da Rocinha vem acompanhando,
com dor, com tristeza e com raiva a tudo isso... mas não acompanha calada não,
ela vem se manifestando, vem descendo do morro para o asfalto a fim de manifestar
sua dor, sua ira e esfregando na cara do poder o seu protagonismo político
diante de tudo isso. Não, nunca mais a Rocinha será curral eleitoral, nunca
mais será rebanho. A revolta pode até não ser produtiva, mas, com certeza destruirá
algumas velhas práticas. </span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E agora, a cereja do bolo: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/nacional/noticia/2013/01/05/homem-que-filmou-crime-praticado-por-pms-e-morto-em-sao-paulo-390992.php" target="_blank">http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/nacional/noticia/2013/01/05/homem-que-filmou-crime-praticado-por-pms-e-morto-em-sao-paulo-390992.php</a></span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2857604419113867837" name="_GoBack"></a></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-53445570227514340592013-08-02T18:14:00.002-07:002013-08-02T18:14:56.126-07:00Carta-presente do passado<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cfe2f3;"><span style="color: #222222; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: xx-small; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: start; vertical-align: baseline;">Ingrid escreve para a coluna </span><a href="http://blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/desacomodacao.html" style="color: #2b5797; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: start; vertical-align: baseline;">Desacomodação</a></span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
Esta leitura pode ser para uma(um) neta(o), caso minha filha decida ter. Pode ser para outra criança/jovem que não seja nada minha. Pode ser para quem quiser ler. Mas esta carta vem do passado. Vem de 2013. Alguém que nasceu em 1982. Viveu as lembranças dos anos 90. E dos anos 10. E foram nestes historicamente poucos 30 anos de memória, que vi muita coisa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Neste passado presente, queria contar algumas coisas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O intuito deste exercício é um só: pedir a vocês que não naturalizem nada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nem tudo é natural. Estranhem tudo. Questionem tudo. Queiram saber de onde saiu. Queiram saber por que é assim. Remontem as histórias das coisas para entender o mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A própria natureza chegou um dia a ser natural. Mas em 2013 já posso afirmar que até a natureza já não é mais tão natural assim. Comemos frutos que já foram tão modificados e já não sabemos como ele seria sem tantos químicos agregados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A água também chegou a ser natural. Já não é mais. Toda água potável que sai da torneira é uma mutação de nosso próprio descarte. Seja do que vem do esgoto, seja do que vem do lixo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na natureza e na vida social. Estranhem.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY6bsOYjT9tTxrUkLcN-3mta7jsl_4pKWmVL8vhMGt7Ma2t3TnMAm_83gJQCpTCq8JIwFq7l6ZZYfGBK2OllPLrCOYzuehtrmPSC99dK2VYKcDWZl-xETf6C7IDhAIfQmR3O_ZVyA-vzw/s1600/joaninha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY6bsOYjT9tTxrUkLcN-3mta7jsl_4pKWmVL8vhMGt7Ma2t3TnMAm_83gJQCpTCq8JIwFq7l6ZZYfGBK2OllPLrCOYzuehtrmPSC99dK2VYKcDWZl-xETf6C7IDhAIfQmR3O_ZVyA-vzw/s400/joaninha.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estranhem a intolerância doméstica. Estranhem que as pessoas estejam cada vez mais longe umas das outras. E, no entanto, pela internet são as pessoas que mais se amam no mundo. Estranhem a ausência do afeto. Estranhem que as pessoas pouco se tocam. Estranhem que em determinadas profissões é estritamente proibido o toque. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não naturalizem que as relações mecânicas sejam comuns. Não pensem que é normal um ser humano ser substituído por uma máquina. Estranhem. Um caixa eletrônico, no meu tempo, tirou emprego de muitos seres humanos. Foi uma briga só. Mas já nos acostumamos bem. Estranhem que no tempo de vocês uma máquina cheia de recursos concorrerá por substituir a minha profissão. Estranhem que aprendam por máquinas. Há quem diga que um professor é insubstituível. Será? Tomara. Entendam porque muitos discursam em favor das máquinas, pois são mais potentes que um ser humano. Claro! Estranhem o fato de sermos ensinados que os seres humanos não podem errar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As pessoas erram. Isso é natural. O natural não é a intolerância ao que erra. Estranhem tudo que for repetição do meu tempo. Nas relações humanas, estranhem hábitos e costumes que passam de pais para filhos e, no entanto, desde já não andam funcionando. Não naturalizem o que é novo, nem o que é velho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estranhem como funciona o sistema monetário. Descubram o que acontece quando cifras passam de uma multinacional para outra. Ou quando duas se juntam. Estranhem se até lá só existir uma única loja no mundo que venda desde sapato, passando por cebolas até carros. Estranhem poucos que são donos de tudo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não naturalizem que o sistema capitalista destrua a natureza e nada podemos fazer. Percebam que nascemos bebês e a única coisa que sabíamos fazer sem que nos ensinássemos, era chorar e mamar. O resto nós aprendemos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E tudo que aprendemos, podemos aprender diferente. Podemos estranhar, podemos passar a não achar natural. Podemos perceber que o mundo é gerido por gente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estranhem quando ensinarem vocês a não confiarem nas pessoas. A não gostar de gente. Não é natural. Nunca foi. É artificial. Estranhem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Índios cuidavam de todas as crianças não importava se fossem seus filhos ou não. Em 2013 ainda existem. Alguns poucos tentam manter algo da sua cultura. A grande maioria precisa vender produtos feitos na China para sobreviver e alimentar-se. Estranhem!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não naturalizem que o ser humano é um ser egoísta. Ele se torna. Isso se a grande maioria ensiná-lo a ser assim. Não pensem que nos 30 anos que tenho de memória de vida foi sempre assim, todo mundo aprendendo a detestar todo mundo. Cheguei a pegar um tempo em que a coisa não era tão feia. Mas está ficando pior. Cada vez pior.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estranhem a competição. Tem espaço para todo mundo. Mais importante que isso, o mundo produz comida para todo o mundo! Estranhem que algumas pessoas seguirão passando fome no mundo porque precisam estranhar um modo de vida de que quem não tem dinheiro não come. Até lá, não sei se usarão dinheiro, ou apenas uma tarjeta que possui dinheiro imaginário.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estranhem o dinheiro imaginário. Afastem-se dele para analisá-lo. De onde sai. Eu sei que precisarão comer e usar o plástico mágico. Mas não o naturalizem. Porque enquanto naturalizarem de tal forma consentida, quem estuda para manter tudo como está ou para deixar tudo pior, estará aperfeiçoando novas formas de ganhar mais dinheiro ainda em cima do dinheiro de vocês.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Questionem tudo. Questionem a vida. Questionem a Guerra. A indústria de armas. A indústria da Guerra. Porque certamente, eu estou em 2013 e até as gerações de vocês, muitos lugares estarão em disputa. Sabe quem ganha no vídeo-game? Quem tem mais arma, mais munição. Um dia, em sala de aula, em 2013, eu disse que aqui no Brasil ainda não estávamos vivendo o que vive o Oriente Médio, porque o petróleo ainda manda na economia. Mas não faltam muitas gerações para a riqueza migrar para a água potável.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Onde tem maior concentração de água potável no mundo? Em 2013, não imaginamos um ambiente de guerra militar declarada no Brasil. Imaginamos apenas protestos. Mas estranhem! Muitas guerras acontecem sem as pessoas saberem. Não vivi isso, mas na Ditadura Militar no Brasil, teve quem nem soubesse do que estava acontecendo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estranhem a TV. A TV aberta, a TV fechada. Estranhem a forma como as novelas induzem as famílias a se comportarem. Ao comportamento das mulheres. Das crianças.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na cultura, cuidado! Não naturalizem o que o rádio impor a ouvir. Se aparecer um estilo musical novo, não desqualifiquem, entendam de onde veio e o que significa. E se criarem coisas novas, não se abatam com o conservadorismo de gente que terá minha idade. Porque a guitarra foi um instrumento elétrico que mais chocou o mundo, mais irritou a camada conservadora da sociedade, quando na realidade foi a abertura de grandes processos de gente que não se contentava com imposições. Com consentimentos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não é natural que muitas pessoas tenham propriedades privadas incontáveis. Perguntem de onde saiu tudo isso. Terras, quantos hectares de terra um único CPF é capaz de ter? Não é, não foi e nunca será natural. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Respeitem as pessoas. Questionem com solidariedade. Nem todo questionamento precisa ser truculento. Escutem as pessoas. Pergunte a história delas. Pode ser o parente mais próximo. Suas histórias de vida ressignificarão também a de um núcleo familiar inteiro. Entendam seus comportamentos. Porque o ser humano é o único animal capaz de retomar sua história. Nas aldeias indígenas, os mais velhos eram os mais respeitados. Porque carregavam a aldeia de história. Em 2013, maltratamos velhinhos. Marginalizamos sabedoria. Ignoramos a história. Assim a matamos. E deixamos que os outros construam nosso futuro ao não enxergarmos nossa história.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Questionem suas certezas. Eu vivo questionando as minhas. Porque muitas vezes pensamos ter certeza das coisas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este termo “desnaturalização”, foi muito utilizado por uma amiga na universidade. Eu espero que ela fique velhinha junto comigo e possamos reescrever muita história.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto a necessidade constante de “desnaturalizar” as coisas, as relações, as ações, tudo. Porque enquanto tem coisas em 2013 que são lindas, tem outras que não são. E s coisas lindas contemplamos, dividimos, solidarizamos, afagamos, abraçamos, partilhamos, sorrimos!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 2013 ainda temos flores coloridas para contemplar. Ainda existem pássaros que não apenas pombos nos locais mais poluídos das cidades. Temos árvores. Nos lugares onde o capital não devastou, temos árvores! Não sei quantas teremos na geração de vocês. Mas onde houver alguma, sentem embaixo dela. Lua iluminando um gigantesco mar! Sintam o cheiro da terra. O cheiro de uma flor. A cor de uma flor. O poder do sorriso. Flores te fazem sorrir. Seja menino, seja menina. Não naturalizem que só meninas podem ter o prazer de ver a cor de uma flor. Uma borboleta colorida te faz prestar atenção em seu voo. Espero que conheçam as tantas borboletas que têm no Brasil. Será que ainda existirão joaninhas? Elas são fantásticas! Um inseto pequeno que dá alegria. Acreditem. Encontrei uma, certa vez na praia. Um lugar que jamais imaginaria encontrar uma joaninha. E ela me fez sorrir. Devolvi-a para o meio do mato, pois achei que morreria na areia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não tenham medo. Chamarão as pessoas curiosas e questionadoras, por uma eternidade, de chatas. Abstraiam... pois os chatos também sabem sentir satisfação, amor, prazer. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entre o que houver de novo, e o que conhecerem de velho, desnaturalizem e conheçam melhor. Porque não sei que tipo de carta poderão escrever para a geração dos netos de seus netos, para quem optar ter filhos. Mas que as palavras sigam sendo para sempre, sobretudo, endereçadas aos seres humanos capazes de se colocarem no lugar dos outros enquanto a ordem mundial seguir chamando-se de “Dona Injustiça”. Seja no tempo que for.</div>
</span> Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-24288467975676084172013-07-31T18:17:00.000-07:002013-07-31T18:17:05.035-07:00Sem música eu nada seria (ou os álbuns que fizeram minha história)<div class="MsoNormal">
<i style="background-color: #cfe2f3; border: none; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 21px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Helena escreve para a coluna <span style="color: #073763; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><a href="http://blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/from-hell.html" style="color: #2b5797; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">From Hell</a> </span></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i style="background-color: #cfe2f3; border: none; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 21px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="color: #073763; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 107%;">“We don't see things as they are, we
see them as we are.”</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> (Anais Nin)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQNm1ZWZdTysZmb49Tq02BOL5BaPC66BmlBGP8lpuVJKP4qAevJ5UHiv5myntVK1-OPRU-eCFRg1iAf0LdTyuzNv5kg-KZNg_YcHuVLdvlYe8Fli6aP6jfLxlXuCevGJIF8hy4jGqM27M/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQNm1ZWZdTysZmb49Tq02BOL5BaPC66BmlBGP8lpuVJKP4qAevJ5UHiv5myntVK1-OPRU-eCFRg1iAf0LdTyuzNv5kg-KZNg_YcHuVLdvlYe8Fli6aP6jfLxlXuCevGJIF8hy4jGqM27M/s400/1.jpg" width="400" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ser humano é ser movido a
paixões. Pelo menos no meu próprio dicionário egocêntrico pessoal, tal
definição é a que consta e é a que melhor se aplica à vida real. Minha maior
paixão é o ser humano por si só. Depois dele, vem a música produzida por ele.
Sem música eu nada seria – o título deste post já é um spoiler after all, I’m
afraid. Sem mais delongas, dentro desse infinitamente belo coletivo que engloba
o substantivo “música”, não escondo minha predileção pelo que alguém algum dia
colocou num grande saco denominado “rock ‘n roll”. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nesses tempos (curtos) de
ócio que são chamadas “férias”, redescobri muitas bandas que há muito tempo não
ouvia. E, naqueles bons e velhos momentos em que o brilhante site do “iutubiu”
te redireciona pra outras dimensões, me perdi numa Twilight Zone sem volta.
Tentei então, a título de utilidade pública e inspirada pelo post da minha
estimada Samy, elencar alguns álbuns que fizeram parte da minha vida e
abrilhantaram meus dias. Foi uma difícil escolha e muita coisa ficará de fora.
Tentei sair do meu óbvio, ainda que seja uma tarefa pra lá de difícil. Aí vai
uma lista à la Helena, dos 20 álbuns que marcaram minha vida. E a perguntinha
fica pra vocês, BLOG espectadores: que álbuns figuram na tua vitrola, faça
chuva, faça sol? <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">PS: comecei a listar os álbuns
sob o critério de “história pessoal”. No fim, resolvi nem rever, muito menos
repensar a lista. Porque MUITAS injustiças foram cometidas: AINDA BEM!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">PS do PS: Tirem os puristas
e os preconceituosos da sala!!!!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">1.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Cyndi Lauper – True Colors<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqYNrnOxlsZn3QZuLrsvSz31blEwQfuyQA5sggrGW7U6mvx7BLkVclP3Sqjx73Jq8Pd8BCrqWMW1luLVwStrCS44CYAO2N2JIH91isOsi5K6UPQ8lj2k7cTp8ZtW4Ih2_sZ2ZbFKc5iVI/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqYNrnOxlsZn3QZuLrsvSz31blEwQfuyQA5sggrGW7U6mvx7BLkVclP3Sqjx73Jq8Pd8BCrqWMW1luLVwStrCS44CYAO2N2JIH91isOsi5K6UPQ8lj2k7cTp8ZtW4Ih2_sZ2ZbFKc5iVI/s1600/2.jpg" /></a></span></b></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_2"
o:spid="_x0000_i1044" type="#_x0000_t75" alt="https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQquqvSZLRmM14QGH_wXej7fv_kX52giqQ1M4fqbU60XyjTEg7h"
style='width:156.75pt;height:152.25pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image003.jpg"
o:title="ANd9GcQquqvSZLRmM14QGH_wXej7fv_kX52giqQ1M4fqbU60XyjTEg7h"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sou
mais Cyndi Lauper do que Madonna. Ponto. <i>True
Colors</i> foi o primeiro vinil que adquiri na minha vida. Lembro como se fosse
ontem: estávamos eu e a família Pinto em algum desses hipermercados Vale dos
Sinos afora e meu pai parou pra olhar os Lps. Ele me olhou e perguntou qual que
eu queria. A primeira escolha foi “John Lennon – The Collection”. Peguei,
olhei, devolvi. Papai Pinto já tinha ele, porque eu iria querer um igual? De
relance, vi aquela capa laranja com aquela moçoila pra lá de exótica seminua,
deitada numa praia. Meus olhinhos de noite serena brilharam. Sim, meu primeiro
álbum EVER foi comprado porque eu gostei das possibilidades de cores e pela excentricidade
que aquela capa me passava. Eu conhecia um pouco de Cyndi Lauper, talvez pelo
tema dos saudosos “Goonies”. Num desses fortuitos casos em que a capa é tão boa
quanto o conteúdo, sou apaixonada por <i>True
Colors</i> até hoje. “Change of Heart”, a faixa que abre o álbum figura dentre
as minhas favoritas. Ainda há o belíssimo cover de Marvin Gaye, “What’s going
on” e a belíssima “Calm inside the storm”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">À Cyndi
Lauper, todo meu amor e respeito. Por ter me mostrado, desde muito nova, minhas
“true colors”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=y9SuMS9LDPI"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=y9SuMS9LDPI</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">2.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Madonna – Like a prayer<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG5sAM8_ZH3qi9Yrdd3GH2MhFgf0s5BZqbJD2sMRNIbhrhPWZfXVEwisbn-L9R-MQXCrx3TISDzxztZFiUVoMN2qTt_-vAMKPc9udOZM4EoBZTzYXSb-gBXMreJYZWhGC4scftEv3G05g/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG5sAM8_ZH3qi9Yrdd3GH2MhFgf0s5BZqbJD2sMRNIbhrhPWZfXVEwisbn-L9R-MQXCrx3TISDzxztZFiUVoMN2qTt_-vAMKPc9udOZM4EoBZTzYXSb-gBXMreJYZWhGC4scftEv3G05g/s1600/3.jpg" /></a></span></b></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_3"
o:spid="_x0000_i1043" type="#_x0000_t75" alt="http://images.coveralia.com/audio/m/Madonna-Like_a_Prayer-Frontal.jpg"
style='width:146.25pt;height:145.5pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image005.jpg"
o:title="Madonna-Like_a_Prayer-Frontal"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Bem
antes de ser estigmatizada como a “moça dos Beatles” – é assim que meu vizinho
de 15 anos me chama quando me cumprimenta – eu era conhecida nos arredores como
a “menina da Madonna”. Ainda que a Cyndi tenha me tocado na infância, ela abriu
portas pra minha maior paixão de infância: a eterna diva do Pop Madonna. Não
nego a importância da diva na minha trajetória, porém reconheço que ela é um
daqueles tristes casos que envelhecer não é sinônimo de melhorar. O show dela
em Porto Alegre ano passado me fez confirmar isso. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Like a prayer</span></i><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> é
definitivamente meu álbum favorito, Madonna na sua melhor fase pós-Sean Penn,
destilando veneno e tentando se reconstruir. Quem não dançar loucamente ao som
de “Like a Prayer”, não se identificar com “Express Yourself” e não chorar com “Love
Song”, não sabe o que está perdendo. Essa última canção aí conta com a
participação de Prince e, ainda que pouco conhecida e divulgada, é a minha
favorita aqui.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Uma
mulher que disse a todas nós, meninas-mulheres, “second best is never enough,
you do much better baby on your own” merece meu respeito. Mesmo que tenha,
infelizmente, ao meu ver, se perdido no tempo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">PS:
“Till death do us part” é uma belíssima homenagem ao ex Sean Penn e aos
términos que assolam nossas vidas. Preste atenção na letra com muito carinho.
;)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=ut9JukwH1DU"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=ut9JukwH1DU</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">3.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Rolling Stones – Some Girls<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixKWxsNtoob3YSmGAQzT_qHp4BZB9KK5XPKkqKqelokULMMC53lr0BB4Ur4KyTtAWsD8hGzK3JCpWJmN-ahurryrmM_8gkh3Mi4ef9Rx2-mQ8nedpyDzEL2xrzOS-NQkvypZmvaYorh2E/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixKWxsNtoob3YSmGAQzT_qHp4BZB9KK5XPKkqKqelokULMMC53lr0BB4Ur4KyTtAWsD8hGzK3JCpWJmN-ahurryrmM_8gkh3Mi4ef9Rx2-mQ8nedpyDzEL2xrzOS-NQkvypZmvaYorh2E/s1600/4.jpg" /></a></span></b></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_4"
o:spid="_x0000_i1042" type="#_x0000_t75" alt="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/a/a5/SomeGirls78.jpg/220px-SomeGirls78.jpg"
style='width:136.5pt;height:136.5pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image007.jpg"
o:title="220px-SomeGirls78"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Now
we’re talking, baby. Rolling Stones é sinônimo de ROQUENROU pra mim: puro,
simples, papo reto. Em 50 anos de carreira, com tanta coisa belíssima
produzida, <i>Some Girls</i> é ainda o meu
all-time favorite. Não teria como ser diferente. Aqui temos a trupe no final
dos anos 70 produzindo rock de qualidade com hits que até hoje aquecem os
corações. “Miss you”, “Some Girls” e “Respectable” são alguns exemplos. A minha
favorita fica com “Beast of burden”, afinal ninguém quer ser um fardo na vida
de ninguém ;)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=tBBV-0sU1PA"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=tBBV-0sU1PA</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">4.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">The Strokes – Is this it?<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_5"
o:spid="_x0000_i1041" type="#_x0000_t75" alt="http://photo.sing365.com/music/picture.nsf/The-Strokes-Is-This-It-Cover/48256C71003578A248256AC0000DE19A/$file/is.jpg"
style='width:172.5pt;height:172.5pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image009.jpg"
o:title="is"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwyh2V1cGCtYm9rCjQihgSnehydHJxczRx4FuPRtFnDCXe9G8khfXVDEyGBK9w7Ayc9Hla0MwhT03emel3Gb0egusdJQ1FlTUuCiwOqBMlbfrPQnWiXyBTN_M-qUa2MTzfrdvPsJl5ZEI/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwyh2V1cGCtYm9rCjQihgSnehydHJxczRx4FuPRtFnDCXe9G8khfXVDEyGBK9w7Ayc9Hla0MwhT03emel3Gb0egusdJQ1FlTUuCiwOqBMlbfrPQnWiXyBTN_M-qUa2MTzfrdvPsJl5ZEI/s1600/5.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Aos
chatos de plantão, reitero: eu AMO Strokes. E repito mais três vezes: AMO, AMO,
AMO. A melhor forma de explicar a minha afinidade com o primeiro álbum dos
Strokes é bem simples: é um dos únicos que eu posso simplesmente dar “play” e
depois “repeat”, de frente pra trás, de trás pra frente, sem enjoar por um
segundo. Os Strokes vieram como uma salvação para os meus ouvidos no início dos
anos 2000. Foi um cd que eu comprei “no escuro”: pouco conhecia e sabia deles,
porém, comprei e viciei. É rock sujo, como eu gosto de chamar. E infinitamente
belo. A voz de Julian adicionadas às letras ácidas e nada doces tornam meus
dias mais coloridos. E não, se tu só conhece “Last Night”, não te perdoo! Vai
ouvir o álbum AGORA!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=9IhQ74uVpvg"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=9IhQ74uVpvg</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">5.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Faith no More – Angel Dust<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="tab-stops: 177.75pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_6"
o:spid="_x0000_i1040" type="#_x0000_t75" alt="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSJLqe83huPwy2P9JulbEVWfA9etJ-0Gx4-p-Npq-KsiyZggkA0cg"
style='width:168.75pt;height:168.75pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image011.jpg"
o:title="ANd9GcSJLqe83huPwy2P9JulbEVWfA9etJ-0Gx4-p-Npq-KsiyZggkA0cg"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_HmsSJWQL6LS0JSSw3_McVDTAo7POihFJcYgm4aWFuKz7gq7efh3acfvMomYhhBuWxY1hWh_27_67eHcRGOngvXJhCEZstxMLtmCM80Nus1ic_7RwPkeoVndPy3LS9bJtGamk0Ar5604/s1600/6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_HmsSJWQL6LS0JSSw3_McVDTAo7POihFJcYgm4aWFuKz7gq7efh3acfvMomYhhBuWxY1hWh_27_67eHcRGOngvXJhCEZstxMLtmCM80Nus1ic_7RwPkeoVndPy3LS9bJtGamk0Ar5604/s1600/6.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ah,
o Faith no More <3 Ah, o Mike Patton. Mike é um dos caras mais geniais que
figuram por aí nesse mundo musical. Com inúmeros projetos e bandas, ele é capaz
de fazer todo e qualquer tipo de som e NUNCA perder o bom gosto. Palmas!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Voltando
ao Faith em sim, essa é uma banda que eu sempre gostei. <i>Angel Dust</i> é muito mais do que “incluindo o sucesso I’m easy, tema
da novela Mulheres de Areia”, como diz na capa do meu. É o álbum glorioso que
traz “Midlife Crisis”, “Be aggressive”, “Small Victory” e “Rv”, a minha
favorita. Ainda, conta com os belíssimos covers de “Easy” – sim, essa mesmo, a da
novela da Rutinha – e de “Midnight Cowboy”, música com a qual eles abriram o
espetacular show aqui em Porto Alegre em 2009.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=hiyvw5AD-C8"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=hiyvw5AD-C8</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">6.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">The Beatles – Abbey Road<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_7"
o:spid="_x0000_i1039" type="#_x0000_t75" alt="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/4/42/Beatles_-_Abbey_Road.jpg/220px-Beatles_-_Abbey_Road.jpg"
style='width:165pt;height:165pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image012.jpg"
o:title="220px-Beatles_-_Abbey_Road"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP0fh1dfvkcpVopdFADHSXNo_LrjwN8y4pFh79dtUEmLzYl-nbr6_xgeeSuCTexRZO4hNSRbK1sn8i6ZVkMCs7ngZUhKNt8IoI2LuSxiUBcXPM-Q-vkoe17BspJg5HWLCcL-rLSEScqNs/s1600/7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP0fh1dfvkcpVopdFADHSXNo_LrjwN8y4pFh79dtUEmLzYl-nbr6_xgeeSuCTexRZO4hNSRbK1sn8i6ZVkMCs7ngZUhKNt8IoI2LuSxiUBcXPM-Q-vkoe17BspJg5HWLCcL-rLSEScqNs/s1600/7.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Agora
chegou o momento mais complicado. Os Beatles obviamente teriam que aparecer
nessa listinha, porque, enfim, quem me conhece, sabe. Eu amo todos os álbuns
dos Beatles, logo, escolher o (meu) melhor é tarefa dificílima. Porém, ao longo
dos últimos anos, <i>Abbey Road</i> tem
figurado como o favorito mesmo. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pra
você que foi pra Londres e tirou fotinho atravessando a faixa sem saber o que
este álbum representa tanto em termos de Beatles como de música, meus pêsames. A
parte boa é que nunca é tarde para se redimir e se perder ao som dessa
obra-prima. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Abbey Road</span></i><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> é
o último álbum gravado pelos Beatles, talvez por isso seja tão especial e
carregado de significação para mim. “You never give me your Money”, “Golden Slumbers”,
a imbatível “Something” e a trilogia final composta por “Carry that Weight”, “The
end” e “Her majesty” é de fazer o olhinho brilhar e chorar de cantinho... E a
oportunidade de ouvir/ver uma banda majestosa saindo de campo com classe,
elegância e uma sutileza indescritível.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=gQ0_bCKn1HY"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=gQ0_bCKn1HY</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">7.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Queens of the Stone Age – Songs for the
deaf<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="text-align: justify;">
<!--[if gte vml 1]><v:shape
id="Imagem_x0020_8" o:spid="_x0000_i1038" type="#_x0000_t75" alt="http://userserve-ak.last.fm/serve/_/59975609/Songs+for+the+Deaf.png"
style='width:161.25pt;height:161.25pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image013.png"
o:title="Songs+for+the+Deaf"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD6PhBj0EYwHpJUSmvUs4qmIvoqVZfNM9rwQL-xI47tlCO8rGMj8LI2aQN6hE5j7LBwvxEbrtQDXBF-hLJjTPx6flgJUj46g_sCRlXJTZzHjKPyT5_dTEja0pqCf21ceZGEef9oNAX2tw/s1600/8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD6PhBj0EYwHpJUSmvUs4qmIvoqVZfNM9rwQL-xI47tlCO8rGMj8LI2aQN6hE5j7LBwvxEbrtQDXBF-hLJjTPx6flgJUj46g_sCRlXJTZzHjKPyT5_dTEja0pqCf21ceZGEef9oNAX2tw/s1600/8.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Rock
pauleira! </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">J</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
QOTSA figura no topo do topo da minha lista. <i>Songs for the deaf</i>, o terceiro álbum da banda, já ganhou meu
coração pelo título. Canções para os surdos... Gente, que coisa mais linda...
Sem contar que temos aqui a participação de Dave Grohl na bateria. “No one
knows” por si só já dá o tom do que a esse álbum se propõe. “<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">You Think I Ain't Worth a Dollar, But I
Feel Like a Millionaire” é uma das minhas favoritas. Preste atenção nas belíssimas
“The sky is falling” e “Gonna leave you”. My advice: escute em alto e bom tom!<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=rVV_3Z1mp_c"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=rVV_3Z1mp_c</span></a><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">8.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Nirvana – Nervermind<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_9"
o:spid="_x0000_i1037" type="#_x0000_t75" alt="http://sacvs.files.wordpress.com/2013/07/nirvana_nevermind.jpg"
style='width:177.75pt;height:177.75pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image015.jpg"
o:title="nirvana_nevermind"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFrDMGIRdCFGuBianfNg9N38sY796Ma8N9bhkysiiXjmC6JN3vwpeye_o5JMajcW1y2MWywTBAUbs1hUSoCNUAtgQHTrw172jkbu-ILXYX5ZHCvtO1FwAZzrX0kF5XJskMIyzp6fC-c8w/s1600/9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFrDMGIRdCFGuBianfNg9N38sY796Ma8N9bhkysiiXjmC6JN3vwpeye_o5JMajcW1y2MWywTBAUbs1hUSoCNUAtgQHTrw172jkbu-ILXYX5ZHCvtO1FwAZzrX0kF5XJskMIyzp6fC-c8w/s1600/9.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Falando
em Dave Grohl, aqui estamos nós com um dos álbuns que mudou minha vida, todo um
cenário musical e tornou-se ícone do meio grunge. O trio formado pelo saudoso
Cobain, Novoselic e Grohl, juntamente com todas aquelas bandas que fizeram
barulho no início dos anos 90 (Alice in Chains, Soundgarden, L7, Pearl Jam,
Stone Temple Pilots) reacenderam o interesse de muita gente pelo bom e velho (e
barulhento) rock and roll. Produzido por Butch Vig, <i>Nevermind</i> tem como carro-chefe a barulhenta e grudenta “Smells like
teen spirit”. Não esqueçamos das belíssimas “In bloom”, “Lithium” e “Drain you”.
Escute <i>Nervermind </i>e deixe se
contaminar por essa balhureira espetacular. E lembre-se, “with the lights out,
it’s less dangerous”. ;)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=olLrLsPsSZk"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=olLrLsPsSZk</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">9.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Rage Against the Machine - The battle
of Los Angeles<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRMRmV34YusOU9ApqIFWmsA0A3QNGpuNdtyv_P7bHmVYICk_qZSYGt7PUMNo7DyNBJD45JKT0CJ5NUgFQ0gudI18PSQjCBd0pm5Ilb_UAySfEUL5MTmOqBf8l-i4ACcSaPIcE4Hj3bW38/s1600/11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRMRmV34YusOU9ApqIFWmsA0A3QNGpuNdtyv_P7bHmVYICk_qZSYGt7PUMNo7DyNBJD45JKT0CJ5NUgFQ0gudI18PSQjCBd0pm5Ilb_UAySfEUL5MTmOqBf8l-i4ACcSaPIcE4Hj3bW38/s1600/11.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">RATM
é protesto. É barulho, é indignação. Quem conhece o viés da banda, sabe bem do
que estou falando. <i>The battle of Los
Angeles</i> é anti-Bush. É ensurdecedor e é polêmico. E figura na lista dos 500
melhores álbuns de rock da revista Rolling Stones. Se ainda não te convenci a
escutar, ok. Então assista aos clips de “Sleep now in the fire” e “Testify”,
ambos dirigidos pelo documentarista Michael Moore. Talvez tu mude de ideia. Ah,
escute “Born of a broken man”, minha favorita desses reis do rap metal.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=M0PW873qcPg"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=M0PW873qcPg</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">10.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Black
Crowes – The Southern harmony and musical companion<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<!--[if gte vml 1]><v:shape
id="Imagem_x0020_22" o:spid="_x0000_i1035" type="#_x0000_t75" alt="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRdVj7rd03JUca6CKGqYL8fRnVu8aUlbTABy-F5mH2eU3MVujZtyA"
style='width:168.75pt;height:168pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image019.jpg"
o:title="ANd9GcRdVj7rd03JUca6CKGqYL8fRnVu8aUlbTABy-F5mH2eU3MVujZtyA"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeVSYHWhut0cZxpF_-3f1ZKjrRMKHkz3oGcatykMbR0SnbvML4cNeSjbj7R8ngq-ESCBwIyrsOuXuq_0aYmmjoF5uLoyWlJl8UUxzDR0Dh_Voy6pB21emY9YkIz6gXpDh6IbxG2qSOG-Y/s1600/12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeVSYHWhut0cZxpF_-3f1ZKjrRMKHkz3oGcatykMbR0SnbvML4cNeSjbj7R8ngq-ESCBwIyrsOuXuq_0aYmmjoF5uLoyWlJl8UUxzDR0Dh_Voy6pB21emY9YkIz6gXpDh6IbxG2qSOG-Y/s1600/12.jpg" /></a></span></b></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
wikipedia os define como uma banda de “blues rock”. Eu os defino como
“sensacionais”. “Bad luck blue eyes goodbye”, juntamente com “My morning song”
e “Remedy” embalam essa festa conduzida pelos irmãos Robinson.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=_SviO_flRwI"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=_SviO_flRwI</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">11.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Os Mutantes
– Mutantes<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_11"
o:spid="_x0000_i1034" type="#_x0000_t75" alt="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSrLXFQXU7uealo9LKIs8iJCiJEkRF56-3szDdRiil06yLf6pEy"
style='width:168pt;height:168pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image020.jpg"
o:title="ANd9GcSrLXFQXU7uealo9LKIs8iJCiJEkRF56-3szDdRiil06yLf6pEy"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5XfOMeLjukLaG65zz7GB65j5ma09PJLWN-5tHIpUGsFp0gzGmH9agpkfaHmhRadDq7dzUzzvRJhYFU0pN-X3rIyZ_yDHYWit2gCdSJgorGYv2NaD-IdS67Xlr09MrnH9nNAF_eDA8Zbg/s1600/13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5XfOMeLjukLaG65zz7GB65j5ma09PJLWN-5tHIpUGsFp0gzGmH9agpkfaHmhRadDq7dzUzzvRJhYFU0pN-X3rIyZ_yDHYWit2gCdSJgorGYv2NaD-IdS67Xlr09MrnH9nNAF_eDA8Zbg/s1600/13.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Minha
veia musical é muito mais internacional do que brasileira: culpe a vida, culpe
minha família, culpe meu gosto pessoal. Contudo, juntamente com Chico Buarque, Os
Mutantes representam minha maior afinidade com a música produzida na pátria
amada, Brasil. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O
álbum de nome homônimo me foi apresentado quando criança e foi paixão à
primeira ouvida. Uma escolha bem difícil também, visto que também amo
“Technicolor”. As faixas “2001”, fruto da parceria com o igualmente doido Tom
Zé e “Não vá se perder por aí” são as favoritas. “Fuga No 2” também merece seus
louros. Entre nessa viagem lisérgica sem medo. Só “não se iluda com um beijo,
com uma frase ou um olhar”. ;)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=I_tp4fdO-YU"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=I_tp4fdO-YU</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">12.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Red
Hot Chili Peppers – Blood, Sugar, Sex, Magik<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhztMjLG0ort4zHJvhYyHnkrbIT62tf2XCKa3RWpT0R2MUayXQnVQvKzOsdBPgihWWutAxtVr3H2f1GKOd7I5uYHf00NPYSTtTIBEPlR80hCNL5zVixisXrsl36eSPMjsiDg2lbkt2u_ZY/s1600/14.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhztMjLG0ort4zHJvhYyHnkrbIT62tf2XCKa3RWpT0R2MUayXQnVQvKzOsdBPgihWWutAxtVr3H2f1GKOd7I5uYHf00NPYSTtTIBEPlR80hCNL5zVixisXrsl36eSPMjsiDg2lbkt2u_ZY/s1600/14.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_12"
o:spid="_x0000_i1033" type="#_x0000_t75" alt="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/5/5e/RHCP-BSSM.jpg/220px-RHCP-BSSM.jpg"
style='width:165pt;height:165pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image021.jpg"
o:title="220px-RHCP-BSSM"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">RHCP
é diversão. É funk rock. É barulho bom. É uma banda sensacional no ápice da sua
criação musical. A faixa-título é a minha favorita, seguidas de “Suck my kiss”,
“If you have to ask” e a lindinha “Could have lied”. O baixo de Flea e a voz de
Kiedis – uma das mais bonitas do rock – merecem atenção.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=Zbr2F89AzvI"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=Zbr2F89AzvI</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">13.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">The
Clash - London Calling<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_13"
o:spid="_x0000_i1032" type="#_x0000_t75" alt="https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTg0KygHt5XOD-q4GODtf3W4Hu5-f213EOzg9a8MDE1VcQTCKBX7A"
style='width:168.75pt;height:168.75pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image022.jpg"
o:title="ANd9GcTg0KygHt5XOD-q4GODtf3W4Hu5-f213EOzg9a8MDE1VcQTCKBX7A"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgtflcVNgVoIfh65UN8Pfa2zroLZX8VGk55ObsW0jvInzAmD27Ed9sFE5efcgvhhqeOzWgUd3_m-qBvVkh2VPZTj5oAQwUN_GG1cnd1B2jQs8XYFinv0pygd2_S6E0W99cOZ7sUj75Ldg/s1600/15.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgtflcVNgVoIfh65UN8Pfa2zroLZX8VGk55ObsW0jvInzAmD27Ed9sFE5efcgvhhqeOzWgUd3_m-qBvVkh2VPZTj5oAQwUN_GG1cnd1B2jQs8XYFinv0pygd2_S6E0W99cOZ7sUj75Ldg/s1600/15.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mais
um da lista do “barulho bom”. Um salve ao punk rock e a tudo de bom que ele
representa: protesto, indignação e grito. “London Calling” é também muito
famoso pela capa icônica, inspirada na capa do álbum debut do rei do rock,
Elvis Presley. Musicalmente falando, temos aqui uma salada de fruta de sons e
estilos. As batidas divertidíssimas de “Spanish bombs” e de “Jimmy Jazz” não
perdem pra clássica “London calling” por um segundo. É uma celebração ao rock e
à rebeldia. Difícil passar despercebido.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=RteJxZMkuWQ"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=RteJxZMkuWQ</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">14.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> Traveling
Wilburys - Volume 1<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_14"
o:spid="_x0000_i1031" type="#_x0000_t75" alt="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQSu6MTdLQQ11BfXWibzzi3bTLSrGO4V7nZLs68oNzhxv9wFOSLzA"
style='width:168.75pt;height:168.75pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image023.jpg"
o:title="ANd9GcQSu6MTdLQQ11BfXWibzzi3bTLSrGO4V7nZLs68oNzhxv9wFOSLzA"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAar4rrkVdYPaWamniAI34XLcuY4qBPGpnlCNzmjxCUd9qoEaYHRM4KT3vTD4i5_eJN9t8_zlglBSTO1lKLp7PKgBmFO4yPQZYr1kiZ7BjfcSRYUkYzhtmEB6kkBruWnRhSgZKsvtlCjA/s1600/16.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAar4rrkVdYPaWamniAI34XLcuY4qBPGpnlCNzmjxCUd9qoEaYHRM4KT3vTD4i5_eJN9t8_zlglBSTO1lKLp7PKgBmFO4yPQZYr1kiZ7BjfcSRYUkYzhtmEB6kkBruWnRhSgZKsvtlCjA/s1600/16.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O
que acontece quando cinco gênios da música se unem? A resposta é este álbum, fruto
da união de Bob Dylan, Jeff Lyne, Tom Petty, Roy Orbinson e George Harrison,
parceria que renderia ainda mais dois outros igualmente lindos álbuns – Vol 2 e
Vol 3, respectivamente. “Handle with care”, “Last night” e “End of the line”
são os grandes hits. “Congratulations”, liderada pela sutileza de Bob Dylan,
define bem ao que essa trupe se propôs. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=obe6YhTHd-k"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=obe6YhTHd-k</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">15.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Lauryn
Hill- The miseducation of Lauryn Hill<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2KSsSc6dKWK338Vi5arsiDUEYEVjRKygveOC6Wy6nKbuKrHRJLxyNxYnmAUFqHsV6YGe83UyjBXpYKZim5yf4PokvmhjRocn4x4sy8pbEryZ_dFKFN7HDT0TLjwVXRN9-Gjsv6WH7u1Q/s1600/17.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2KSsSc6dKWK338Vi5arsiDUEYEVjRKygveOC6Wy6nKbuKrHRJLxyNxYnmAUFqHsV6YGe83UyjBXpYKZim5yf4PokvmhjRocn4x4sy8pbEryZ_dFKFN7HDT0TLjwVXRN9-Gjsv6WH7u1Q/s1600/17.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_15"
o:spid="_x0000_i1030" type="#_x0000_t75" alt="http://userserve-ak.last.fm/serve/_/20072737/The+Miseducation+of+Lauryn+Hil+Lauryn.jpg"
style='width:157.5pt;height:157.5pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image024.jpg"
o:title="The+Miseducation+of+Lauryn+Hil+Lauryn"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Lauryn
Hill e sua antiga banda, Fugees, são as “excentricidades” da minha vida
musical. Com isso, quero apenas dizer que nunca fui muito fã de hip hop e
afins. Porém, para toda regra temos as exceções. Ainda bem. Classificar e
categorizar é próprio do ser humano, digamos assim. Mas não nos apeguemos a
isso, cada um com seu estilo e preferências. E, por favor, Lauryn é uma das
vozes femininas mais bonitas nesse cenário musical, independente do que eu
gosto e do que mais me toca. “The miseducation” é um dos álbuns mais cheio de
vida, de amor, de paixão e de vida que ouvi até então. Vamos das batidas
típicas de Lauryn, com “Lost Ones” e a clássica “Doo Woop” (o clip é
fantástico) às baladas carregadas de emoção “Ex-Factor” e “Nothing even
matters”. É a celebração de uma vida. Lauryn, eu te invejo. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=3mw_CSQWR6c"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=3mw_CSQWR6c</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">16.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Cake
- Fashion Nugget<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_16"
o:spid="_x0000_i1029" type="#_x0000_t75" alt="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/d/da/Cake_Fashion_Nugget.jpg/220px-Cake_Fashion_Nugget.jpg"
style='width:165pt;height:164.25pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image026.jpg"
o:title="220px-Cake_Fashion_Nugget"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh30hReoXVgci8RfK7b8N6CBiknCUvTsn4_SnJ1wP158shOBh3ekkreJ3xY7jiVQQHoAUgur9rQJ_mZfSapXl2Jkd5pGOZplduWhUcZ1w4_834m1IojxuS-z7M8if1h9liU229gT64977M/s1600/18.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh30hReoXVgci8RfK7b8N6CBiknCUvTsn4_SnJ1wP158shOBh3ekkreJ3xY7jiVQQHoAUgur9rQJ_mZfSapXl2Jkd5pGOZplduWhUcZ1w4_834m1IojxuS-z7M8if1h9liU229gT64977M/s1600/18.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ah,
a banda mais subestimada de todos os tempos. Cake é divino. Muito conhecida por
seus covers e novas roupagens de “I will survive”, “Perhaps”, ambas neste
álbum, e “Guitar Man”, esses caras também estão aí para mostrar que têm sua
própria voz. <i>Fashion Nugget</i> veio ao
mundo para provar isso. “Frank Sinatra” e “The distance” são bons exemplos da
musicalidade dos rapazes. Escute mais Cake e desfrute de uma simplicidade sem
igual. (Simplicidade é algo bom, tá?)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=NZZlQAOLXjA&list=PLE577C8D6501B9F05"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=NZZlQAOLXjA&list=PLE577C8D6501B9F05</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">17.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Pink
Floyd – The Dark side of the moon<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_17"
o:spid="_x0000_i1028" type="#_x0000_t75" alt="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/3/3b/Dark_Side_of_the_Moon.png/220px-Dark_Side_of_the_Moon.png"
style='width:165pt;height:165pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image027.png"
o:title="220px-Dark_Side_of_the_Moon"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoDEVxfvAVrp2VdZ5a1XqtsflI-aED-ZpkOxMA9c_BJt1tRowGcyNYmXZx9SmsUMdjntrBZJlDvIUzSv7uu6BkGy0S2BOPXpI64f3mubwc2nONDIFsj_GbbcMDvF5_lqm6x72Ynvtbpks/s1600/19.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoDEVxfvAVrp2VdZ5a1XqtsflI-aED-ZpkOxMA9c_BJt1tRowGcyNYmXZx9SmsUMdjntrBZJlDvIUzSv7uu6BkGy0S2BOPXpI64f3mubwc2nONDIFsj_GbbcMDvF5_lqm6x72Ynvtbpks/s1600/19.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Agora
a porca torceu o rabo! Pink Floyd gravou obra-prima atrás de obra-prima, logo,
a dificuldade aqui também foi em grande escala. Porém, optei pelo meu óbvio,
mais uma vez. T.S Elliot em seu belo ensaio “What is a classic” reforçaria a
maior qualidade de um clássico: a atemporalidade. Ainda que ele se referisse
primordialmente às obras literárias, arte é arte e permita-me o sacrilégio de
colocar tudo no mesmo belíssimo saco. <i>The
dark side of the moon</i> é, possivelmente, um dos maiores clássicos do rock. E
não poderia ser diferente: escute “Time” – minha favorita, “The greatest gig in
the sky”, “Money” e “Brain Damage” e fique indiferente a tudo isso. Duvido. Sem
contar a capa, uma das mais lindas e significativas da minha vida e que carrego
“impressa” no braço até o fim dos dias. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=ezGCNGtxuQc"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=ezGCNGtxuQc</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">18.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Pearl
Jam – Ten<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_18"
o:spid="_x0000_i1027" type="#_x0000_t75" alt="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRCgl8p7ie-5Uu4HjKsJnz2jkNTOyYKwtYCpp6VORBhD-5QiKom4g"
style='width:168.75pt;height:168pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image028.jpg"
o:title="ANd9GcRCgl8p7ie-5Uu4HjKsJnz2jkNTOyYKwtYCpp6VORBhD-5QiKom4g"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGhAoP1RgY0qrtevg1X_XbwGkAdAq6bnYw2JKBY0HcNzQZ0iUl9pARyjUI8KUZUy9cVthGYi-Cgp0QrmPEr_VLuNBo33EC3X8_nv7FV5LFWAnDipK2RWl9DbuTwltxuwnyP6csUTP3UQc/s1600/20.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGhAoP1RgY0qrtevg1X_XbwGkAdAq6bnYw2JKBY0HcNzQZ0iUl9pARyjUI8KUZUy9cVthGYi-Cgp0QrmPEr_VLuNBo33EC3X8_nv7FV5LFWAnDipK2RWl9DbuTwltxuwnyP6csUTP3UQc/s1600/20.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ainda
que Pearl Jam tenha se renovado e melhorado ao longo desses 20 anos de carreira,
optei pelo seu álbum de estreia. Isso se deve ao fato de ter sido o primeiro
que entrou na minha vida e pelo momento de transição que ele denota. O mesmo
vale para o <i>Nevermind</i> anteriormente
citado. Aprecio tudo o que foi produzido pela trupe do Eddie Vedder. Porém, <i>Ten </i>me remete aos tempos de infância, de
assistir ao saudoso Tele-Ritmo na Tv Guaíba e de andar com camisas de flanela
se achando rebelde. Sem contar que temos “Black”, “Jeremy” e “Oceans” na mesma
sequência. E “Alive”, batida mas imbatível. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=dAPXRN556Ok"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=dAPXRN556Ok</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">19.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">The
Who – Quadrophenia<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_19"
o:spid="_x0000_i1026" type="#_x0000_t75" alt="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/8/8a/Quadrophenia_(album).jpg/220px-Quadrophenia_(album).jpg"
style='width:165pt;height:165pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image029.jpg"
o:title="220px-Quadrophenia_(album)"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfW-CJmLswneABml1n5OCTaI8nF_uLwIa3qd0ZikrFg57WDRNRuv9Km5D9676LxSCw7fMzGt6I0ECSG2UxnJ-fC77PkGV6ctL2SPMc1aJLk2SM9V9Yp-P9MEmm0_duA624eb7Zf28WuvI/s1600/21.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfW-CJmLswneABml1n5OCTaI8nF_uLwIa3qd0ZikrFg57WDRNRuv9Km5D9676LxSCw7fMzGt6I0ECSG2UxnJ-fC77PkGV6ctL2SPMc1aJLk2SM9V9Yp-P9MEmm0_duA624eb7Zf28WuvI/s1600/21.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Agora
estamos falando de uma das minhas maiores paixões. The Who é uma banda que
viveu e passou pelas diferentes fases do rock, sempre coerente e genial. <i>Quadrophenia</i> é tão bom que já me fez
chorar. E sem contar que temos aqui a minha música-tema “The real me” e ainda
fecha com chave de ouro com uma das músicas mais lindas de todos os tempos,
"Love, reign o’er me”. Sem mais, sem mais.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=n88t403veYI&list=PL5NVt3z4-OkAJ4a0bXCZKuMKrxYJnfjsr"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;">http://www.youtube.com/watch?v=n88t403veYI&list=PL5NVt3z4-OkAJ4a0bXCZKuMKrxYJnfjsr</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">20.<span style="font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Jamiroquai
– The return of the space cowboy<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_21"
o:spid="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" alt="http://me2day.phinf.naver.net/20100514_267/me2photo_1273849148432Ut8eQ_jpg/ngroovy_1273849146_53677_me2photo.jpg"
style='width:170.25pt;height:170.25pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VILA~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image030.jpg"
o:title="ngroovy_1273849146_53677_me2photo"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhphostgqK8jD1EB2Fqyn0c1fcjQ7Np7Peq_MCb8aDzPYtPAck92AhKlb9b5W-_ojfV3n0PbwJOiLGQE6hcWn4SQipiPhfK_GYeDMPbVA4gxW90gRe8zObq84UjUgBztUHbwDfe9ib5WZ4/s1600/22.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhphostgqK8jD1EB2Fqyn0c1fcjQ7Np7Peq_MCb8aDzPYtPAck92AhKlb9b5W-_ojfV3n0PbwJOiLGQE6hcWn4SQipiPhfK_GYeDMPbVA4gxW90gRe8zObq84UjUgBztUHbwDfe9ib5WZ4/s1600/22.jpg" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um
passeio pela Via Láctea. Sei lá, Jamiroquai é isso pra mim. Uma viagem para
outros mundos. “Stillness in time” é um dos carros-chefes, mas perde para a insuperável
“Half the man”, my all-time favorite em se tratando deles<a href="" name="_GoBack"></a>.
É uma das melhores bandas de todos os tempos. Uma batida meio jazz, meio funk,
meio viagem: magistral!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=NGt0RLbtduU"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">http://www.youtube.com/watch?v=NGt0RLbtduU</span></span></a><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-33853725641533227642013-07-27T15:52:00.000-07:002013-07-27T15:52:02.364-07:0010 filmes contemporâneos e simples, mas que valem a pena<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;"> </span><i style="background-color: #cfe2f3; border: none; color: #222222; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: start; vertical-align: baseline;">Samy escreve para a coluna <a href="http://blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/sem-titulo.html" style="color: #2b5797; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Sem Título</a></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><o:p><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXUKKUgKgW1DNB5t2Siu7DayHq3XC2DBI2h227daLtFE6T_hJyv_2lOJRCVKRkJ_4R2gKSJpAM1xotW3X4rrmjPgN1Z0Z51Qx4M4IQ5HVUlooGcIspOHx7HPKcRunVj5DPQzAMxDNicXg/s1600/cinema.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXUKKUgKgW1DNB5t2Siu7DayHq3XC2DBI2h227daLtFE6T_hJyv_2lOJRCVKRkJ_4R2gKSJpAM1xotW3X4rrmjPgN1Z0Z51Qx4M4IQ5HVUlooGcIspOHx7HPKcRunVj5DPQzAMxDNicXg/s320/cinema.jpg" width="320" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Os filmes que
pretendo indicar são simples, ou seja, neles não ocorrem explosões, tiroteios e
tampouco há sangue sendo jorrado para todos os lados (com exceção do primeiro
da lista, que veio para quebrar a regra). Não que eu desgoste dessas coisas,
pelo contrário, a meu ver não há nada melhor do que cinema western. No entanto,
prefiro quando a tais situações estão associados bons diálogos. Claro que não
estou aqui afirmando que vejo necessidade em colocar Juliette Binoche
conversando do começo ao fim do filme com um ator qualquer, como fez Abbas
Kiarostami em Cópia Fiel. Nem 08, nem 80. O que quero dizer é: paciência, nem
todos os diretores são como Sam
Peckinpah! Todavia, é possível se conformar rapidamente, pois muitos
contemporâneos estão trabalhando bem. Encontrei por acaso a maioria dos filmes
abaixo (apenas dois foram recomendados por amigos) e penso que eles têm uma
característica em comum: infelizmente, passariam despercebidos pela maioria se
não fossem indicados por alguém. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-indent: -18pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: white;"><b>1.Dear Wendy
(2004), Thomas Vinterberg</b></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">“Querida Wendy” </span></b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">narra a história de um</span><span style="background-color: white;"> jovem que compra, por acaso, uma arma de fogo.
Assim que ele descobre que a pistola não é de brinquedo, convence outros
garotos (os quais também são vítimas de exclusão social) a fundar um clube
secreto baseado nos princípios do pacifismo e da posse de armas. Contudo, seus
membros se deparam com uma situação limite e acabam optando por quebrar as
regras do clube. O roteiro é de Lars von Trier. Thomas Vinterberg é, em minha
opinião, ao lado de Michael Haneke, um dos melhores diretores da
contemporaneidade. Além disso, o filme ainda conta com uma ótima trilha sonora
e tem como música tema “Time of the season”, do The Zombies. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Trailer: </span></b><span lang="EN-US"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=93-DnhawI2k" target="_blank">http://www.youtube.com/watch?v=93-DnhawI2k</a></span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/93-DnhawI2k?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Assistir online:</span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"></span></b><a href="http://filmesonlinetocadoscinefilosvideos.blogspot.com.br/2013/05/querida-wendy-2005-direcao-thomas.html" target="_blank">http://filmesonlinetocadoscinefilosvideos.blogspot.com.br/2013/05/querida-wendy-2005-direcao-thomas.html</a><b><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 0px;">
<b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">2. El Perro (2004), Carlos Sorin</span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="background-color: white;">“O Cachorro”</span></b><span style="background-color: white;"> é um filme
interpretado por não atores. Juan Villegas é um homem que trabalhou por 20 anos
em um posto de gasolina. Após sua demissão, tenta sobreviver confeccionando
facas com cabos artesanais, mas não obtém sucesso. Ele realiza um pequeno
trabalho para uma senhora de idade e ela o paga com um cachorro de raça. A
partir desse momento, a vida de Juan muda. Os filmes argentinos e uruguaios são,
na maioria das vezes, realmente bons. Esse é um deles. O ponto forte é o olhar
(literalmente) de Juan Villegas. </span><b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Trailer: </span></b><span lang="EN-US"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=1hrLxXJIxBs" target="_blank">http://www.youtube.com/watch?v=1hrLxXJIxBs</a></span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://img.youtube.com/vi/_ZJ6vA7Dpx4/0.jpg"><param name="movie" value="http://youtube.googleapis.com/v/_ZJ6vA7Dpx4&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="http://youtube.googleapis.com/v/_ZJ6vA7Dpx4&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Assistir online:</span></b><span lang="EN-US" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> </span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://filmesonlinetocadoscinefilosvideos.blogspot.com.br/2013/07/o-cachorro-2004-direcao-carlos-sorin.html" target="_blank">http://filmesonlinetocadoscinefilosvideos.blogspot.com.br/2013/07/o-cachorro-2004-direcao-carlos-sorin.html</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 0px;">
<b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">3.Shortbus (2006),
John Cameron Mitchell</span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nova York, pós 11 de setembro de 2001, esse é o panorama no qual se
desenvolve a narrativa fílmica de <b>“Shortbus”.</b> As personagens que povoam
o enredo, ainda traumatizadas pelo ataque terrorista que marcou a história
daquela cidade, encontram-se em uma espécie de clube underground onde podem
aliviar as suas neuroses conversando, ouvindo músicas, assistindo a filmes,
bebendo, realizando desejos sexuais, etc. O clube, o qual possui o nome
homônimo ao título do filme, é gerenciado pela Drag Queen Justin Bond (esta
personagem representa a si mesma). Ela diz que no local tudo é permitido, “It's
just like the 60's. Only with less hope!”. O ambiente funciona como um
subterfúgio do mundo real, onde não é necessário dissimular desejos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Trailer:</span></b><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"> </span><span lang="EN-US"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=WSvrb9h2huc" target="_blank">http://www.youtube.com/watch?v=WSvrb9h2huc</a></span><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/WSvrb9h2huc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Assistir online:</span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"></span></b><a href="http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-shortbus-legendado-online.html" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;" target="_blank">http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-shortbus-legendado-online.html</a></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 0px;">
<b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">4.Transylvania
(2006), Tony Gatlif</span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Zingarina é uma italiana que se apaixona por um jovem músico de rua na
França. Ele a engravida e a abandona. Zingarina viaja com sua amiga até a
Transilvânia à procura do rapaz, que ao encontrá-la, termina o relacionamento.
Sem querer voltar para casa, a moça foge de sua amiga e esbarra em Tchangalo,
um mercador de ascendência turca, com quem começa a se relacionar. Esse é um
belo e exótico road-movie, que mostra um pouco da cultura cigana, das tradições
pagãs, etc. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Trailer: </span></b><span lang="EN-US"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=2yeguee1b-U" target="_blank">http://www.youtube.com/watch?v=2yeguee1b-U</a></span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/2yeguee1b-U?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Assistir online
(sem legendas):</span></b><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> </span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=qKqGv85Khf0" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;" target="_blank">http://www.youtube.com/watch?v=qKqGv85Khf0</a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/qKqGv85Khf0?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><o:p><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">5.</span></o:p></span></b><b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">O' Horten
(2007), Bent Hamer</span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Do mesmo diretor de Factotum (filme sobre o alter ego de Charles
Bukowski)<b> “Caro Sr. Horten” </b>narra a história de um metódico e tímido
maquinista que está prestes e a se aposentar. No seu último dia de trabalho,
Odd Horten acaba passando por uma situação inesperada, que o leva a repensar
sua vida. Focado em questões como a velhice e a solidão, esse é um dos poucos
filmes do diretor norueguês Bent Hamer disponíveis no Brasil. <b>“Caro Sr.
Horten” </b>e o filme logo abaixo são, em minha opinião, os melhores da lista.<b><o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Trailer: </span></b><span lang="EN-US"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=Lp-EAhJCnm8" target="_blank">http://www.youtube.com/watch?v=Lp-EAhJCnm8</a></span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/Lp-EAhJCnm8?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-indent: -18pt;"><span lang="EN-US" style="background-color: white;"><b style="line-height: 150%;">6.Love Comes Lately (2007), Jan Schütte</b></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">O roteiro de<b> “O Amor Chega Tarde” </b>é baseado nos contos do escritor
polonês Isaac Bashevis Singer.</span>
No filme, <span style="background: white; mso-bidi-font-weight: bold;">Max Kohn é
um escritor austríaco judeu de 80 anos de idade que vive em Nova York. Autor
bem sucedido, acredita que a forma certa de escrever seja, mesmo tendo acesso
às novas tecnologias, com sua antiga máquina de escrever. Convidado para dar
uma palestra nas proximidades de Hanover, Max começa a editar sua mais recente
história, perdendo-se entre realidade e ficção.<b><o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Trailer: </span></b><span lang="EN-US"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=l82_gOXAN48" target="_blank">http://www.youtube.com/watch?v=l82_gOXAN48</a></span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://img.youtube.com/vi/l82_gOXAN48/0.jpg"><param name="movie" value="http://youtube.googleapis.com/v/l82_gOXAN48&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="http://youtube.googleapis.com/v/l82_gOXAN48&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 0px;">
<b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">7.Patrick 1,5
(2008), Ella Lemhagen</span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">“Patrick, Idade
1,5” </span></b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">é um filme sueco baseado em uma peça
teatral de Michael Druker. Goran e Sven são um casal gay que luta para
conseguir adotar uma criança. Quando eles finalmente conseguem a liberação,
assinam os papéis e ficam à espera da chegada de Patrick. Entretanto, houve um
erro de digitação na idade do menino e eles recebem em casa um adolescente
homofóbico e com antecedentes criminais. Em meio a diversos conflitos, eles são
obrigados a conviver na mesma casa.<b> <o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Trailer: </span></b><span lang="EN-US"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=ag5jPiu-Keo" target="_blank">http://www.youtube.com/watch?v=ag5jPiu-Keo</a></span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/ag5jPiu-Keo?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Assistir online:</span></b><span lang="EN-US"> </span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=7dGPAcDojJo" target="_blank">http://www.youtube.com/watch?v=7dGPAcDojJo</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/7dGPAcDojJo?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><o:p><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> 8.</span></o:p></span></b><b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Avaze
gonjeshk-ha (2008), Majid Majidi</span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">“A canção dos pardais” </span></b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">trata da
história de Karim, um homem que trabalha em uma fazenda de avestruzes. Quando
um dos animais foge, Karim é demitido. Passando por dificuldades financeiras e
sem poder comprar um aparelho auditivo para a filha, ele começa a trabalhar
(por acaso) como motorista de mototaxi. <b>“A canção dos pardais” </b>desmonta
completamente a ideia de que filmes iranianos são cansativos e/ou entediantes.</span><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Trailer: </span></b><span lang="EN-US"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=JNgYEsKdCTI" target="_blank">http://www.youtube.com/watch?v=JNgYEsKdCTI</a></span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/JNgYEsKdCTI?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><o:p><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">9.</span></o:p></span></b><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 7pt; line-height: normal; text-indent: -18pt;"> </span><b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">The Good Heart
(2009), Dagur Kári</span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">“O Bom Coração” </span></b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">conta a história de Jacques e de Lucas, quando ambos se conhecem em um
quarto de hospital. O primeiro é dono de um bar e teve seu quinto ataque
cardíaco. O segundo, por sua vez, é um sem-teto que falhou ao tentar
suicídio. Visando manter seu legado vivo, Jacques faz de Lucas seu
herdeiro, que rapidamente aprende as regras do bar: sem novos clientes, sem
confraternizações e sem mulheres. Entretanto, as coisas mudam com a chegada da
jovem April. Esse filme é excelente (o final, sobretudo). Preciso acrescentar:
eu acho o trabalho de Paul Dano admirável! <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Trailer: </span></b><span lang="EN-US"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=futkk37-UMc" target="_blank">http://www.youtube.com/watch?v=futkk37-UMc</a></span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/futkk37-UMc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 0px;">
<b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">10.Dreiviertelmond
(2011), Christian Zübert</span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">“Three Quarter
Moon” </span></b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">(ainda sem título em português) é um filme que
fala sobre xenofobia. Hartmut Mackowiak é um senhor de idade teimoso e
mal-humorado que trabalha como taxista. Sua personalidade arruinou seu
casamento de 35 anos, além de prejudicar seu relacionamento com a filha adulta.
Certo dia, Hartmut pega no aeroporto duas passageiras turcas, mãe e filha. Elas
vão visitar a avó da menina, que ficará um tempo morando na casa dela enquanto
a mãe viaja. A avó, sozinha com a criança, acaba tendo um acidente vascular
cerebral e Hayat, sem falar uma palavra sequer em alemão, reencontra o taxista,
que passa a tomar conta dela, até conseguir entrar em contato com a mãe da
menina.<b> <o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Trailer: </span></b><span lang="EN-US"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=mjOJu_erZzg" target="_blank">http://www.youtube.com/watch?v=mjOJu_erZzg</a></span><span lang="EN-US" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://img.youtube.com/vi/mjOJu_erZzg/0.jpg"><param name="movie" value="http://youtube.googleapis.com/v/mjOJu_erZzg&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="http://youtube.googleapis.com/v/mjOJu_erZzg&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-32711944704229237392013-07-25T13:19:00.000-07:002013-07-25T15:47:49.210-07:00Presidenta ou presidente: o que usar?<i style="background-color: #cfe2f3; border: none; color: #222222; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 21px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Vívian Andrade escreve para a coluna <span style="color: #073763; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><a href="http://blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/polemicao.html" style="color: #2b5797; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">PolemiCÃO</a> </span></span></i><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcsQixaiyboeg_-XT5S-glKuWrF1pPXVnekTAUb1cQj1qJbisAUL09SRYuJ3fnILTHcOFO2pVD8FWNhsI106bXv7p1pwWDNSgJe71qRySy4iPRgmjaz05fcauHxK33lfL7wKRh7oolYA0/s1600/Dilma.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="156" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcsQixaiyboeg_-XT5S-glKuWrF1pPXVnekTAUb1cQj1qJbisAUL09SRYuJ3fnILTHcOFO2pVD8FWNhsI106bXv7p1pwWDNSgJe71qRySy4iPRgmjaz05fcauHxK33lfL7wKRh7oolYA0/s320/Dilma.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Aposto que
teve gente que abriu esse link esperando ler alguma normativa do que deve
fazer, ou buscando algum argumento que sustente a sua opinião. Aviso aos
navegantes: é proibido proibir. Leia, entenda e vá além.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Eu sou professora
de português e de espanhol e, para uma palestra especial há alguns anos, precisei
estudar muito História. Entre ler, ver filmes e documentários, pedi a alguns
colegas desta disciplina que me explicassem um pouco sobre como os acontecimentos
pelos quais eu estava interessada tinham sucedido. Percebi que eles não davam muita ênfase às
revoluções, tampouco aos revolucionários. Lembro que na época pensei “nossa,
esses caras tiram toda a emoção da história” e talvez tenha até recitado Drummond
mentalmente: “Que tristes são as coisas consideradas sem ênfase”. Com o passar
do tempo, fui reconhecendo na minha fala essa falta de, digamos, ornamento para
certos assuntos quando me referia àquilo que havia buscado compreender tão
profundamente, que acabara perdendo aquele brilho fofoquístico que tanto havia me
encantado inicialmente. Talvez a realidade e o íntimo das coisas não tenham
tanta graça quanto nós gostaríamos. Talvez a graça esteja justamente por baixo
da camada de adrenalina inaugural de certos temas. Ou ainda, quem sabe, tudo seja
muito mais monótono do que nossas tentativas interpretacionais de transformá-lo
em algo especial, com algum sentido lírico, épico ou dramático, inventado para
dissimular todas as nossas boas e más intenções. Mas isso é outro papo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Guarde a informação da ênfase no bolso e
observe outra questão.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Quem passou ultimamente por uma boa faculdade
de Letras (e a aproveitou) sabe: já não são reservados os antigos louros axs
professorxs - sobretudo axs de português – que humilhavam e/ou ridicularizavam x
alunx utilizando supostas normas - a gramática, por exemplo - como desculpa
esfarrapada para seu sadismo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Carlinha,
levante-se e conjugue em voz alta o verbo abolir no presente!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Eu abolo,
digo, eu abulo, abó, abu... abolir: eu abó, não, eu abu.... (risadinhas dos colegas)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- HAHAHAHA,
jamais poderias conjugar o verbo abolir no presente na primeira pessoa porque é
um verbo DEFECTIVO e não existe na primeira pessoa do singular! HAHAHAHAHAHA.
(Carlinha sentindo-se envergonhada e triste, com toda razão.)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Entretanto hoje
a situação é outra (?): o bom ou a boa professorx de português, literatura ou
de línguas estrangeiras tem diversos desejos para sua carreira, porém jamais se
parecer àquelx velhx professorx que obrigava xs alunxs a decorar regras e
regras sem sentido, x qual todos temiam, mas contra quem jamais fariam uma
reclamação formal. X profissional competente ou competenta de Letras sabe que o
pior que pode reproduzir é a opressão. A linguística nos revelou que a língua
pertence a quem fala e seu lugar é na boca do povo. Nós, pessoas que a falamos,
temos todo o direito de trocá-la, torcê-la, espremê-la, mordê-la, gritá-la,
vomitá-la, e tudo o mais que quisermos fazer com a língua (já que ela é
deliciosamente promíscua!). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sendo assim,
o que parece inadequado em uma situação (a palavra ‘pobrema’, por exemplo) é
adequado em outra, ou seja, <i>perde-se a
ênfase porque tudo é relativo</i>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Perdendo-se a ênfase e conferindo o direito
a todos de modificar o idioma, a pergunta “usar presidenta ou presidente?” assemelha-se
a uma pergunta como “usar mandioca ou aipim?”: ambas existem, se referem à
mesma coisa/pessoa, e são usadas por motivos diferentes.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pelo que
observo nas redes sociais, os motivos para usar <i>presidenta</i> ou <i>presidente</i> se
concentram em dois pontos de vista principais: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="color: #f79646; mso-themecolor: accent6;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">NÃO POOOOODE<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Porque existem
pessoas que acham que existem donxs ou chefxs do idioma. Um argumento usado é o de que o particípio
ativo do verbo ‘ser’ é ‘ente’ (veja explicação aqui <a href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=579207788769255&set=gm.567756723266195&type=1&relevant_count=1" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">https://www.facebook.com/photo.php?fbid=579207788769255&set=gm.567756723266195&type=1&relevant_count=1</span></a><span class="MsoHyperlink">)</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pergunto a
você que vai nesse barco:</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">1-<span style="font-size: 7pt;">
</span><!--[endif]-->Por que você acreditou nisso, se não sabia o que
é um particípio ativo?</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">2-<span style="font-size: 7pt;">
</span><!--[endif]-->Ah, sabia sim? Então o que é? (não vale procurar
no Google agora) </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> As pessoas
que participam do NÃO POOOOODE também alegam que esta é uma jogada do PT. Eu
acredito que pode trazer benefício sim ao governo da presidenta e ao seu
respectivo partido. No entanto eu estou cagando e andando para os sufixos que o
PT usa nas palavras. Digo mais: eu apoio o uso de presidenta e não sou petista.
E para fechar com esse negócio de partido: há coisas pelas quais o PT é
responsável que me importam bem mais do que a palavra presidenta. Juro. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E, semeando
pelo mundo um discurso elitista, vai essa galere do NÃO POOOOODE. Eles acham
que existe certo e errado na língua, que ela é imutável (linguística mandou
lembranças bem distantes), que há que se debater a entrada no idioma de certas
palavras, ou a licença de serem usadas. Não, leitor, não existe, jamais funcionaria e,
portanto, jamais existirá um órgão, associação, academia, agrupação, etc. que
seja capaz de controlar um idioma. Muito menos um indivíduo que tivesse
autoridade para dizer o que é correto e o que não é. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="color: #f79646; mso-themecolor: accent6;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">POOOOODE<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pode porque a
língua é de quem a fala, e se é nossa, as regras também são. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">POVO: Vamos abolir
gradativamente o pronome pessoal ‘vós’ e seus respectivos verbos e pronomes?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">POVO: Vamos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">POVO: Vamos
agora pegar um monte de palavras do inglês e trazer para o português? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">POVO: Vamos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">POVO: Vamos
inventar um sufixo marcadamente feminino para palavras terminadas em –ente? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">POVO: Vamos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Simples e sem
ênfase assim.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">P.S. Nem
todas as pessoas vão falar iguaizinhas, ajustadinhas, bonitinhas; pelo
contrário, sempre vai haver outros grupos que não cumprirão o acordo ou o cumprirão
parcialmente, ou até inventarão regras próprias. Essas diferenças dentro do
grupo de falantes de um mesmo idioma são normais, é a natureza do idioma ser
heterogênea.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Há outros do
grupo POOOOODE que defendem o uso por serem petistas, por serem feministas, por
acharem que assim é correto, etc. Há inclusive o linguista Marcos Bagno que
publicou em seu Facebook um post revelando que há muito havia dicionários que
já traziam a palavra ‘presidenta’:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9OYvy_R_L_38mis0uLa4t5z_dAtvEMZifiMDC-2_jRloPa-_w93jYFyIRJQ7IgTDiDjy5gA2oVDISIfDr1ReI3c94q50IU6756uBU7JGZpz4odl3yrAYiq_MdWbrLYtTyxYvlLW49GGU/s1600/bagno.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9OYvy_R_L_38mis0uLa4t5z_dAtvEMZifiMDC-2_jRloPa-_w93jYFyIRJQ7IgTDiDjy5gA2oVDISIfDr1ReI3c94q50IU6756uBU7JGZpz4odl3yrAYiq_MdWbrLYtTyxYvlLW49GGU/s400/bagno.jpg" width="400" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></o:p><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-indent: 35.45pt;">Você pode
usar ou não usar a palavra ‘presidenta’. Se usar, pode ter seus motivos. Se não
usar, pode tê-los também. Mas você não pode dizer que não existe, que é um
erro, que é feio, que NÃO POOOOODE. Porque a verdade é que sim POOOOODE, no
sentido de ter a possibilidade (e o direito) de. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não é porque
já estava no dicionário que eu tenho a chance de usar esta palavra. Os
dicionários são manuais que contêm informação acerca das palavras, não são leis.
Além disso, o dicionário está sempre atrasado em relação às mudanças na língua,
visto que as palavras só aparecem nele quando seu uso já está mais do que
sedimentado. E dicionários não mandam no que sai da minha boca nem da sua: eu
uso presidenta porque EU QUERO, ninguém pode me impedir, nem me julgar por usar
como eu quiser - e sem causar dano a ninguém - uma coisa que é minha também.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sendo assim,
senhorxs, escolham entre presidenta e presidente, discutam motivos para usar
uma ou outra, mas não queiram dar ênfase a uma delas tentando polemizá-la para
censurá-la. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2857604419113867837" name="_GoBack"></a>Agora você já sabe que cada um fala o que quer porque também
é dono <i>deçaporra</i>. Então entenda que na língua é assim: se a palavra colar,
colou.... se não, não. De resto é boa noite e boas apostas!</span></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-28504120493969025662013-07-23T16:12:00.001-07:002013-07-23T16:12:16.137-07:00Contando história...<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="background-color: #cfe2f3;"><span style="color: #222222; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: xx-small; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Leandro escreve para a coluna </span><a href="http://blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/o-rei-esta-nu.html" style="color: #2b5797; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O Rei está Nu</a></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg485JXtfImrlfLa_GJ2FvLR7z0ywL-bcNYExE_gYy9ddkSnuyRm3WP-CxyuCR0IdVQ5xLOL_J38A7oWTR2LgPl-Ru9BEzhlDpUwqVEZ-i-7n2zsCcpKFZ-95q2LM-D-JRpKYfm_ohuq2E/s1600/galeano.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg485JXtfImrlfLa_GJ2FvLR7z0ywL-bcNYExE_gYy9ddkSnuyRm3WP-CxyuCR0IdVQ5xLOL_J38A7oWTR2LgPl-Ru9BEzhlDpUwqVEZ-i-7n2zsCcpKFZ-95q2LM-D-JRpKYfm_ohuq2E/s320/galeano.jpg" width="278" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Descrever-se em poucas palavras é sempre um desafio. Não tenho a pretensão de encontrar boas definições ou ideias precisas em meio a tantas incertezas e dúvidas existenciais. Recorro então ao grande Raul que cantava <i>"eu prefiro ser essa metamorfose ambulante..."</i>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Procurarei nesse primeiro post falar um pouco sobre mim, sem, no entanto, me aprofundar em questões específicas. A ideia é fazer apenas uma breve apresentação, deixando para postagens futuras outras questões que pretendo levantar no blog.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Desde a infância me encantava admirar o céu, as estrelas e a beleza da noite de lua cheia. Um dia seria astronauta, eu pensava, e viajaria esse universo imenso. Foi nos livros de Carl Sagan que essa paixão pela astronomia aumentou ainda mais. Destaco seu fantástico livro <i>Pálido Ponto Azul</i>, uma grande dica para os leigos apaixonados por Astronomia e diversas questões humanas que o autor discute com bastante profundidade. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A adolescência é sempre um período difícil, marcado por conflitos e indecisões. Muitos a concebem como “a pior fase da vida”, pensamento do qual discordo. Penso o período da juventude enquanto momento de início da maturidade, marcado pela típica contestação do mundo às ordens impostas e a todas as regras às quais estamos inseridos. O “espírito” da juventude baseia-se em generalizações, naturalmente, mas diz muito sobre mim também nessa fase. Nesse momento surgem as inquietações, a vontade de sair na rua e mostrar pras pessoas que esse mundo é uma porcaria, de fato, mas que é preciso mudá-lo. Sair da inércia é uma necessidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Che Guevara dizia que <i>"ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética"</i>. Frase brilhante de alguém que "dizia o que pensava e fazia o que dizia", como diria Eduardo Galeano. Era preciso não apenas pensar o mundo e compreender a realidade, mas, sobretudo, aliar a teoria à prática visando à real transformação do mundo e à emancipação humana. Acredito piamente na capacidade do indivíduo de mudar a realidade, no poder de atuação e de transformação social que cada um possui. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Hoje estudo História, essa que é há muito tempo minha paixão. Gosto de viajar, ler, escutar música ou assistir a um bom show. Gosto da liberdade de se fazer um pouco de tudo o que se gosta. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>"Somos feitos de átomos, dizem os cientistas, mas um passarinho me contou que também somos feitos de histórias”</i>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Somos todos conjuntos de histórias. Eis também nossa capacidade de, o tempo inteiro, fazermos História.</span></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-71997745472613628242013-07-22T16:13:00.005-07:002013-07-22T18:37:26.826-07:00O palhaço e o papa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: #cfe2f3;"><span style="color: #222222; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: xx-small; line-height: 18px;">Ane Brasil escreve para a coluna </span><a href="http://www.blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/soy-contra.html" style="color: #2b5797; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Soy Contra!</a></span></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiTibT1ZxpdVE55IdOCus3MxWncGKE7gH_UslpGqHhYQg_KNZoxg5Nb8lwVpv_J9HVXF4XPM4BW5b7O-TYecrUPynAi3VEZk8AziJFTMViVSpz260fc4k36vdXV1JyBjnHIiyu-nYtdu0/s1600/o+papa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="283" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiTibT1ZxpdVE55IdOCus3MxWncGKE7gH_UslpGqHhYQg_KNZoxg5Nb8lwVpv_J9HVXF4XPM4BW5b7O-TYecrUPynAi3VEZk8AziJFTMViVSpz260fc4k36vdXV1JyBjnHIiyu-nYtdu0/s320/o+papa.jpg" width="320" /></a><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> A fonte é o
Brasil de Fato: a rede McDonald's será a rede oficial da visita do papa ao Brasil e desenvolverá até lanche
temático chamado “combo peregrino”. Piada pronta. Piada pronta de mau gosto. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Vamos aos fatos?
O tal papa Francisco se pretende progressista, fala em justiça social, em
protagonismo dos países da periferia... e a tal de Jornada Mundial da Juventude
tem como apoiador uma empresa que, sabidamente, vem explorando os jovens
trabalhadores... alguém aí viu uma contradição?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vamos à Lenda?
Reza a lenda fundadora do Cristianismo que, num dado momento, a divindade única
fecundou uma virgem que deu à luz um moleque de nome Jesus. Ele aprendeu a
beber, deixou o cabelo crescer e caiu na estrada com uns amigos, levando uma mensagem
de paz, amor, tolerância e respeito ao próximo. Foi um sujeito desapegado das
coisas materiais mas, foi também um sujeito que denunciava a injustiça social
na Judeia ocupada pelos romanos. Conta-se que, certa feita, uma galera gritava SEM VANDALISMO enquanto o
cabra metia o pé nas banquinhas dos
vendilhões do templo, botando pra <i>fudê </i>e denunciando o desrespeito daqueles que
profanavam com a sua ganância o templo sagrado de seu suposto Pai divino. Por
conta disso, ele pegou uma cana dura, um tal Pilatos lavou as mãos e o pregaram
num <i>sinal de mais</i>. Iconoclastias à parte, a mensagem do Novo Testamento é uma
mensagem humanista e progressista, não é à toa que meus amigos da Teologia da
Libertação sempre recorrem ao Novo Testamento e aos ensinamentos deste Jesus
libertário.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Voltemos, pois,
ao Rio dos anos 2000? O país vem sendo tomado por manifestações desde o mês de
abril. A Revolta do Busão em Natal, os protestos do MPL (Movimento pelo Passe Livre em São Paulo, no Rio, em Goiânia), o Bloco de Lutas pelo transporte público em Porto Alegre... enfim, o que
começou na indignação pela passagem do busão agregou mais gente, mais causas...
No Rio, tá rolando uma manifestação forte “ fora Cabral”: dia sim, dia não
a galera faz plantão na frente da casa do governador,
faz denúncias sobre a ação das milícias, a truculência da Polícia e... a tragédia que foi a quebra das vidraças de
uma boutique de luxo ... além disso, teve o caso do Amarildo que sumiu. Um sujeito humilde, morador da Rocinha,
foi convidado por PMs a ir até uma UPP. Lá se foi. Entrou na tal UPP, mas nunca
mais saiu. Na Maré, numa ação rebote, pessoas foram mortas: Ademir da Silva Lima, André Gomes de Souza,
Douglas Henrique de Oliveira, Eraldo
Santos da Silva, Fabrício Souza Gomes, Igor Oliveira da Silva, Jonatha Farias
da Silva, José Everton Silva de Oliveira, Lucas Daniel Alcântara Lima, Luiz
Felipe Aniceto de Almeida, Marcos Delefrate, Renato Alexandre Mello da Silva,
Roberto Alves Rodrigues, Valdinete Rodrigues Pereira... e ainda há corpos não
identificados.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E o papa vem ao
Brasil, sob as bênçãos do palhaço?! E quer andar em carro aberto... para quê?
Para justificar a ação truculenta da PM? Para satisfazer a sua vaidade? Ou
seria apenas mais uma ação de merchandising para o McDonald's, essa empresa cujo lanche infeliz engorda e adoece nossas
crianças? Essa empresa que massacra nossos jovens em seus primeiros empregos? Essa
empresa que humilha funcionárias grávidas, deixando-as sem receber salário por
5, 6, 8 meses para forçar que peçam demissão? Essa empresa tão abençoada me
parece mesmo ser muito adequada aos preceitos do tal cabeludo da Judeia!</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">P</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2857604419113867837" name="_GoBack" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">arabéns, Igreja Católica, vocês são ótimos em interpretação
de texto (ou seria em hipocrisia?)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não tá
acreditando que o McDonald's é <i>a treva</i>?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ok, dá uma
olhada nesses links então:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.brasildefato.com.br/node/10842" target="_blank">http://www.brasildefato.com.br/node/10842</a></span></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;"> </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;"><a href="http://www.brasildefato.com.br/node/10843" target="_blank">http://www.brasildefato.com.br/node/10843</a></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Charge via <a href="https://www.facebook.com/profile.php?id=100004624083260" target="_blank">Latuff Brasil</a></span></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2857604419113867837.post-56560676393071018722013-07-21T18:03:00.001-07:002013-07-21T18:39:37.229-07:00A vida social na rede social<div class="MsoNoSpacing">
<span style="background-color: #cfe2f3; font-size: x-small;"><span style="color: #222222; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Ávila Oliveira escreve para a coluna </span><a href="http://blogmundoraimundo.blogspot.com.br/p/o-topo-e-meu.html" style="color: #2b5797; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O Topo é meu!</a></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">E
mais uma vez Márcio ficara de fora da festa da turma. Ao questionar o motivo
pelo qual não havia sido convidado, Helen – a colega que senta-se na fileira à
sua frente – resmunga, categórica, ‘<i>Mas foi postado no grupo da turma!</i>’.
Reduzido a tal obviedade, Márcio não replicou. Além disso, não poderia
perguntar, naquele momento, como não soubera que haveria tal confraternização
de sua turma no salão de festas do Jéferson. <i>'Confraternização: alguém ainda
usa essa palavra?'</i> Melhor não perder tempo com isso agora, pois Matemática
sempre foi o seu calcanhar de aquiles,e o professor já iniciara a aula de
logaritmos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">‘<i>Até
semana que vem, galera’</i>: era o momento em que a voz do professor sobrepunha o
sinal estridente do intervalo. ‘<i>Por que tão longo? Alguém é surdo</i>?’ Márcio
espera, paciente, que seus colegas de classe saiam, organizadamente, em direção
ao pátio do cursinho. ‘<i>Quantas pessoas cabem nesta sala? Mais de 200 alunos?</i>’ –
às vezes esquecia que já era o seu
terceiro ano de vestibular e que não teria tempo suficiente para
familiarizar-se com tantos rostos. Talvez preferisse ficar na sala de aula estudando
durante o intervalo, mas era segunda-feira, e aquele seria o momento de rever
os amigos. Eram poucos, porém pareciam ter muitas histórias para contar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";"><i>‘Instagram?
Não uso. É preciso ter iphone para isso?</i>’. Realmente, estava difícil ter vida
social sem fazer uso da tecnologia. Perdia as festas da turma; não via as fotos
dos amigos; não entendia as piadas dos professores sobre vídeos postados.
‘<i>Postar</i>’: sempre foi bom em Português, o problema são esses verbos da
informática. ‘<i>Tenho que fazer um facebook!</i>’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">‘<i>Agora
vai ser gente’</i>, disse Joana. ‘<i>Finalmente, bicho do mato!</i>’, reforçou Jéferson.
Aquela decisão fora amplamente apoiada por seus amigos, e Márcio resolvera
ingressar nessa rede social: ‘<i>Dá para falar com todo mundo?</i>’. ‘<i>Até com a Dilma
Bolada, se tu quiseres!</i>’, soltou Helen, acompanhada por gargalhadas. Márcio não
entendeu, mas também riu. ‘<i>Vou fazer um facebook!</i>’: nenhuma de suas resoluções
- até então - gozavam de tanta aprovação. ‘<i>O professor já subiu</i>’, gritou Pedro,
correndo enquanto dava as últimas mordidas no cachorro-quente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">É
novamente segunda-feira. De seis amigos da turma, Márcio já ultrapassava a
conta de sessenta amigos no seu facebook. Uma semana e dezenas de vídeos
assistidos. Uma semana e muitas imagens visualizadas. Uma semana de facebook e
uma dezena de dúvidas. Uma semana e Márcio abandonara o facebook. Não poderia –
bem que tentara – entender aquilo tudo. ‘<i>Ah, não leva tudo tão a sério</i>’,
dissera Pedro na saída da aula. ‘<i>Ué, mas o perfil não é algo pessoal?</i>’,
retrucou Márcio. ‘<i>Sim, mas não é filosofia aquilo lá, brother</i>’. Não adiantou.
Márcio cancelou sua conta no facebook. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">Márcio
não entendia muitas coisas. Não entendia como seus contatos curtiam suas
postagens (enfim, entendera o vocábulo), mas não o cumprimentavam na saída da
aula. Também achava estranho que o colega gay (ao menos assim se assumia na
turma) se dizia católico em seu perfil. Pensou em adicionar o seu ex-professor
de sociologia, mas decepcionou-se ao ver postagens machistas em sua linha do
tempo. Tomou a resolução de abandonar a rede – dessa vez, sem ovação – ao ver
que um colega, sempre calado e sozinho na sala de aula, assumia posturas
agressivas e intransigentes nas postagens alheias (e com isso aprendeu mais um termo
da internet: ‘<i>troll</i>’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">Não
entendia muitas coisas. Fez uma lista dessas dúvidas, mas jogou fora juntamente
com o rascunho dos logaritmos. Talvez Márcio pudesse publicá-las, mas nos
comentários só receberia carinhas (<i>emoticons</i>, era essa a palavra certa) com a
língua de fora. Talvez Márcio não tivesse nascido para ter essa vida social.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieyvdqyzICvQq6Ociknn4_O_Mslt6dBK733cOW9yGj9-o-vMLbv3W1xcNsbQev8GZKOaRfKC1LA8VrZktSGW015fC1u2KXTZIo1dZip2A4aZMAfkUmOTC-H26GoE0EhEw6njbDNTLEwqs/s1600/postagem1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieyvdqyzICvQq6Ociknn4_O_Mslt6dBK733cOW9yGj9-o-vMLbv3W1xcNsbQev8GZKOaRfKC1LA8VrZktSGW015fC1u2KXTZIo1dZip2A4aZMAfkUmOTC-H26GoE0EhEw6njbDNTLEwqs/s320/postagem1.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";"><br /></span></div>
Mundo Raimundohttp://www.blogger.com/profile/14467867816417675509noreply@blogger.com4