Postado por: Mundo Raimundo quarta-feira, 10 de julho de 2013

Helena escreve para a coluna From Hell  


    Helena, but you can call me Hell. Na certidão e no coração, Helena Leite Pinto. Leite, da mãe; Pinto, do pai. (pun intended) Recém-adentrada no clube das Balzaquianas, achei que a vida (juntamente com os sonhos) tinha acabado quando os 20 e muitos findaram. Dei uns tapas na cara e voltei a ser eu mesma. E quem eu sou? Tough question, indeed. Sou um emaranhado de milhares de recortes de memórias e de propositais esquecimentos.
    
    Sou adepta da célebre frase do poeta inglês John Donne, “Nenhum homem é uma ilha”. Ainda que minha constante desesperança no futuro da humanidade me faça querer correr pro topo da montanha e buscar o nirvana, minha utopia e meu romantismo sobrepujam qualquer descrença. Sou professora, de alma e de coração. Por vocação. Cresci em meio aos livros, à música, ao cinema, à língua inglesa. Numa cidade de colonização alemã meio tacanha, infelizmente. A sorte foi a família pra lá de riponga que me gestou e educou.

    Os Beatles e o rock ‘n roll moldaram muitas das minhas escolhas, direta e indiretamente. Não virei musicista por respeito à música – cada macaco no seu galho. Atento alguns acordes no violão, mas culpo minha “canhotice” pela falta de jeito. Daí sempre surge algum engraçadinho pra lembrar dos Paul McCartneys da vida. Aff! Alguns acham minha voz bonita: é forte, imponente. Até arrisco umas cantorias no chuveiro, but again, tenho respeito pela música e pelo que ela faz por mim. Talvez eu ainda faça CDs narrando textos bíblicos como o Cid Moreira fez.

    Juntamente com a música e com a língua inglesa, tenho grande paixão pela literatura. Já li de tudo um pouco, mas tenho um grande apreço por escritores contemporâneos como Philip Roth, Paul Auster e Nick Hornby. Já li muito Freud e Erich Fromm: tenho-os como minhas leituras de cabeceira quando a cabeça não vai bem (:D) Encontrei nos estudos de psicanálise e de filosofia um aporte pra minhas loucuras e devaneios. Tenho na música a minha maior aliada. Nos poucos amigos e na família abençoada, um consolo. No coração, aquela utopia que me faz acordar todo dia e querer mudar o mundo.

    Não me orgulho, mas admito, com certa ressalva, que minha grande e maior paixão é o ser humano. Uma relação meio que gato e rato, céu e inferno. E deposito minha fé e minhas energias no exercício da docência do “livre pensar”. Para abrir as mentes é preciso disponibilizar inúmeras chaves e deixar a critério dos aprendizes quais que vão, de fato, desprender este cadeado.


    Jai guru deva om. Todo o resto é uma piada – incluindo este texto.

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